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12 de mai. de 2008

Linux x Windows ou Linux + Windows?

Sou um feliz usuário de Linux. Uso este sistema de 1998, a minha curiosidade e a confiabilidade do sistema me fizeram um Power User de sistemas Linux. Atualmente, posso dizer que apenas 20% das máquinas que uso no dia-a-dia possuem Windows. Essa estatística obviamente não inclui o meu trabalho, no qual meu Desktop Linux e mais dois servidores Linux convivem pacificamente com um parque de mais ou menos 80 máquinas rodando Windows.

Nunca fui um “fanboy”. Sempre fui eclético em quase tudo, e o Windows tem, sim, seus pontos positivos. Agora vou tentar expor alguns pontos positivos e negativos de ambos os sistemas.

Linux prós:

· Customizável até o núcleo do sistema (literalmente).
· Faz melhor uso do hardware.
· É modular e portável por natureza.
· Interface gráfica estável, expansível, modular e passível de ser simples (fluxbox) ou totalmente 3D com efeitos acelerados por hardware (Compiz Fusion).
· Se comunica perfeitamente bem com Windows pela rede.
· Muitos programas, a maioria bem feitos.
· Seguro.

Linux contras:

· Deve ser bem configurado para ter todos os prós.
· A configuração pode ser demorada.
· Muita pesquisa às vezes se faz necessária para utilizar um hardware simples.
· Alguns hardwares simplesmente não são suportados.
· Não tem a gama de programas que o Windows dispõe.

Windows prós:

· Fácil de usar.
· Fácil de configurar.
· Suporte extenso ao hardware (drivers).
· Extensa lista de programas.

Windows contras:

· Difícil de administrar.
· Arquitetura que o torna “bloated” ao longo do tempo (dlls perdidas, registro do sistema).
· Uso limitado dos recursos do sistema (gerenciamento de memória, CPU).
· Cresce exponencialmente em utilização do espaço em disco para o sistema.
· Cresce exponencialmente em necessidade de hardware para o sistema.

Basicamente, cada sistema tem seus pontos altos, mas qualquer um com mais curiosidade ou simplesmente com aquele senso de administrador de sistemas, se sente mais confortável usando um sistema que se adequa a suas necessidades, e faz um melhor uso de hardware antigo. Automaticamente, usam Linux. Passam dias, semanas, meses configurando seus sistemas, aperfeiçoando eles para seu uso, para depois literalmente “recostar na cadeira e relaxar”.

O usuário normal, avesso aos arquivos de configuração e com pavor de linha de comando, vai para o Windows. 45 minutos do zero até o sistema bootar instalado. 1 hora até ter a maioria dos programas instalados, um dia no máximo para ter tudo o que se precisa nele. E depois, de tempos em tempos, uma limpeza se torna necessária, uma eventual reinstalação (a velha formatação, termo empregado erroneamente), e diariamente, o velho e bom reboot, pois a máquina não está mais se comportando como era quando foi ligada. Isso quando não for necessário um pouco mais de memória, um pouco mais de processamento, uma placa melhor...

Para mim, usuário de ambos os sistemas, uma coisa é clara: o usuário de Linux consegue usar Windows, o contrário não acontece. O fato é que a dificuldade te ensina muito, e passar por uma instalação Linux te faz compreender melhor o computador como um todo. O Linux é Darwinista (http://www.meiobit.com/a_principal_vantagem_do_linux_e_ser_darwinista).

A evolução do Linux então, é assustadora. O hardware é cada vez melhor suportado e a constante evolução do Linux para desktops o torna visualmente atrativo se bem configurado. Exemplo é que meu EEE PC consegue rodar Compiz Fusion com efeitos semelhantes ou melhores do que o Windows Vista, que NUNCA vai rodar no EEE satisfatoriamente.

Em resumo, é uma questão de gosto, necessidade, e capacidade do usuário.