Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

19 de nov. de 2008

Pendrives falsos

O assunto não é novidade. Desde que descobriram que se poderia facilmente adulterar o software interno de um chip de memória flash para reportar um tamanho maior do que o real (físico) do mesmo chip, existe esse golpe.

Então seu lindo pendrive, que deveria poder armazenar uma quantidade absurda de informação pode não ser o que parece. Relatos indicam que pendrives de 512MB estão sendo vendidos como se fossem de 2, 4, 8 ou 16GB. Como qualquer pessoa próxima da tecnologia, eventualmente alguém próximo a mim acabou caindo no golpe.







O golpe é bem articulado, mesmo que você "teste" o pendrive, provavelmente só vai se dar conta quando alguns arquivos surgirem corrompidos, desaparecerem ou ficarem inacessíveis. Com pendrives maiores, é praticamente impossível testar a capacidade deles, por falta de tempo, ou mesmo paciência.

Claro que se você compra uma marca famosa, com logo holográfico, por um preço razoável, em uma loja famosa ou mesmo em sites de compras online nem tão famosos (o ebay é o maior nicho destas falsificações) mas com o cuidado de pesquisar a capacidade, modelo, embalagem, tudo no site oficial do fabricante, você não corre tantos riscos.

Tudo que sei é que este modelo específico está aí para ser EVITADO. Ao contrário dos seus "16G" impresso na carcaça, este encerra apenas 4GB (o que é uma sorte, considerando que poderia ter apenas 512MB). O teste não poderia ser mais simples, um script que copia imagens de 10MB (um arquivo BMP) sequencialmente no drive, até que seja observado um erro, ou até que a memória se esgote. Testa-se todas as imagens válidas. Se parar nos 190, dois gigas, se parar nos 390, 4 gigas, e assim por diante.

O script é esse (é um bat), a imagem pode ser criada usando sua própria tela com o print screen do windows colado no paint:


cls
@ECHO OFF
ECHO. ********************
ECHO. Fake USB Drive Check
ECHO. ********************
ECHO. Test File duplicator
ECHO. ********************
ECHO.
PAUSE
SET var=1
:LOOP
ECHO Creating file No."%var%"
set /a var=%var%+1
COPY z:\test.bmp z:\test"%var%".bmp
GOTO LOOP


Depois de saber que com certeza seu pendrive é adulterado, resta apenas tentar corrigir a firmware para que ela reporte a capacidade real e você possa ao menos usar o pendrive sem correr o risco de perder dados.

Existem MILHARES de programas para isso. A maioria funciona com pendrives específicos, com marcas de chip e memória específicas internas. No meu caso, usei o chipgenius (basta procurar no 4shared) para identificar o chip. E neste local tem várias ferramentas para estes chips. Testei todos, apenas um funcionou (ao menos funcionou).

Fica o alerta. O barato pode sair caro... Talvez não em dinheiro, mas em indignação, e tempo consertando...

30 de out. de 2008

Ecoatitude - Yeah right!

Em tempos de ecoculpa, ecoatitude e uma infinidade de econonsense espalhado pelo mundo, todos os dias me deparo com dicas de como preservar o meio-ambiente. Destas dicas, a maioria implica tempo e/ou esforço destinados a combater os excessos ou erros que levariam ao aumento da poluição e desgaste do nosso planeta.

As afirmações parecem lindas, se forem analisadas de um ponto de vista pessoal. O que eu vou tentar fazer neste post é abrir um novo leque de possibilidades. Podem me chamar de egoísta, egocêntrico ou mesmo rebelde, mas ainda bem que é MEU blog, e portanto, vou escrever MINHA opinião sobre o assunto.

Em dias certos da semana, o caminhão de lixo vem. Ele encosta ao lado do meu prédio, onde posso vê-lo pela sacada. Então, os garis descem, abrem o container de lixo, pegam os materiais de dentro e jogam no caminhão. Se for um dos mais modernos, o compactador é acionado, e estes valentes trabalhadores seguem para o próximo alvo.

O detalhe é que quando eles abrem o conteiner bipartido com separação para lixo seco e úmido, eles pegam TUDO, sem separação, jogam TUDO no caminhão, e TUDO é compactado. Motivo: a coleta seletiva é um fiasco. Não existe estação de tratamento e separação de resíduos nas redondezas. Tudo vai para o mesmo lugar. A ecoatitude que muitos tomam é engolida, mastigada e cuspida pelo poder público municipal com propaganda e conselhos, enquanto nada daquilo tem efetiva aplicação. Onde está o dinheiro dos impostos absurdos que pagamos? Qual o motivo, com toda esta onda de ecotudo, para não termos políticas sustentáveis municipais, estaduais, federais?

Então me dizem para usar as "ecobags", para evitar a poluição causada pelas sacolas de supermercado. No entanto, o SUPERMERCADO é que devia tomar conta disso. Existem muitas opções, muito melhores do que simplesmente não usar, ou ter que carregar sua sacola, quando a maioria das minhas visitas ao mercado não são planejadas. Eu não vou levar uma ecobag na carteira. Não cabe. Hoje em dia, com toda tecnologia disponível, existem sacolas biodegradáveis que se deterioram após um PERÍODO CALCULADO de tempo: 1, 2, 3 meses. Seria a solução perfeita. Eu usaria a sacola nos próximos meses para armazenar lixo em casa, reciclando a sacola biodegradável. Credo, até SOAR bem isso soa. Deve ter sido a entonação que eu usei enquanto bolava a frase na minha cabeça (sem copyright Caio).

Aí vem alguém me dizer que eu tenho que colocar as pilhas e baterias num papa-pilhas (coisa que eu faço), e que tem lixo especial para eletrônicos (60% do meu lixo, nunca achei um lugar apropriado para depositá-lo). Mas se houvessem estações de separação e reciclagem, eu não precisaria fazer isso. Novamente, onde está meu dinheiro suado (mais de um quarto do meu salário) que poderia tornar isso possível?

Dizem para que eu economize água, mas cobram como se de mim sozinho dependesse isso. E quanto à estações de tratamento de esgoto para que este não alcance os mananciais? E quanto ao saneamento, inexistente em boa parte da cidade? Uma boa parte de nossa cidade (inclusive o centro) usa FOSSA ainda. Onde está a rede de esgoto? Onde vai parar tudo isso? Novamente (está começando a cansar) onde está MEU DINHEIRO DOS IMPOSTOS? Se tenho que pagar ensino particular, plano de saúde particular, previdência privada e seguros privados? Tudo que deveria ser obrigação de nosso governo, muito ocupado com assistencialismo imediato desmedido.

Sem comentários.

23 de set. de 2008

Google Chrome

Desde que foi lançado, estou utilizando o Google Chrome. Depois de algumas atualizações (automáticas e transparentes), ele está mais estável e bem utilizável. Conheço outras pessoas que também estão utilizando esse novo navegador, e portanto este post é uma coletânea da experiência no uso deste software.

Antes de mais nada, temos que olhar para o Chrome como seu projeto open-source, o Chromium. Este projeto, com todas as suas inovações, está servindo de exemplo para o Mozilla Firefox, cujos representantes já disseram que estão estudando. O objetivo do Chrome, antes de mais nada, pode ser confuso. As pessoas dizem que ele é mais um na guerra dos browsers, composta pelo Internet Explorer, pelo Mozilla Firefox, pelo Opera, Safari, etc. Mas na verdade, o Chrome é uma instigação. O Chrome representa a necessidade de se abandonar velhos conceitos, compatibilidade retroativa ancestral, e tentar entrar na nova era da web com um código limpo, rápido, e NOVO.

Agora, deixando a parte filosófica de lado, o Chrome é um ótimo browser, ainda em sua versão beta. A compatibilidade com páginas é grande, bem maior que os primeiros dias do Firefox. A velocidade de renderização é ótima, e grandes recursos já são suportados. Pequenas falhas se apresentaram, como compatibilidade com Java, necessidando a versão Release Candidate da Sun JRE. A compatibilidade com o flash também tem problemas, vídeos no YouTube e outros sites de mesmo conteúdo apresentaram problemas, falhas no vídeo e travamentos ocasionais. Em resumo, tudo que se espera de um software beta. Mas o impressionante é a velocidade da evolução dele. Em sua primeira versão, já estou utilizando ele em casa para tudo que necessito.

Não vou falar sobre as óbvias evoluções, como as abas em processos separados, os plugins também, o gerenciamento de processos, as sad tabs. Tudo isso está no site do Chrome, legendado, pronto para ser visto. O que quero dizer é que ele tem um consumo de memória aceitável. Ao longo prazo, para pessoas como eu, que mantêm o browser quase que o tempo todo aberto, ele se comporta muito melhor que o IE e o Firefox. Mesmo porquê não uso IE faz muito tempo. Ele USA mais memória, sem dúvida, mas é uma troca aceitável com a estabilidade que isso proporciona.

Coisas que fazem falta (e já estão previstas para as próximas versões): addons, extensões, compatibilidade com plugins (já imaginou se os plugins do Firefox funcionassem no Chrome?). Eu sinto muita falta de extensões como o AdBlock Plus, o VideoDownloader, dicionários.

A interface do Chrome é um espetáculo. Após poucos dias, já estava totalmente acostumado, e sem maiores problemas (fora a busca por palavras, que fica no topo, enquanto eu sempre olho embaixo). As abas são rápidas e ele responde a todos os comandos padrão dos browsers, mais os que o Firefox usa, então, a transição foi muito fácil.

O que eu acho sobre ele? É uma maravilha. Se ele seguir os passos evolucionais do Firefox, acredito que em 4 anos, estará totalmente integrado, utilizável, como o Firefox. Até lá, é meu novo broswer padrão em duas das minhas 4 máquinas (as que eu mais uso). Não desinstalem o Firefox, mas dêem uma chance ao Chrome, ele faz bonito.

PS: quanto às ameaças legais, as bobagens sobre privacidade, blablabla. BULLSHIT! Se você ler a licença do Chrome, vai ver que ela é uma licensa geral, aplicado a vários softwares do Google, que serve para proteger a Google legalmente, já que virou moda atacar juridicamente software aberto e serviços gratuitos.

10 de set. de 2008

Para tudo que eu quero entender

Pense um pouco. Nos últimos anos, fizemos parte de um salto evolucional. De ontem para hoje a tecnologia se popularizou de forma a estar presente na vida de todos nós, quer tenhamos conhecimento disso ou não. Pouco tempo atrás, o pináculo da tecnologia popular era uma antena parabólica, e hoje estamos falando em TV Digital. A fita cassete deu lugar ao CD, a fita VHS deu lugar ao DVD, e ambos estão com os dias contados devido à popularização das memórias flash (pendrives) e dos formatos digitais de transmissão rápida (mp3, divx).

Enquanto isso, o computador passou de ferramenta de trabalho para estação de entretenimento e lazer, tomou o lugar do telefone, das cartas, do fax. A Internet nos provê tantos serviços que alguns termos técnicos hoje em dia são tão banais que todo mundo conhece.

Mesmo quem está afastado desse mundo acaba por sentir os efeitos dessa revolução. O caixa eletrônico do banco, o celular (que antes era para ser SÓ um telefone), o carro está ganhando aparatos tecnológicos (leitores de mídia digital, computadores de bordo), os cartões de crédito e débito, e dentro de alguns anos, a TV Digital, substituindo o eletrodoméstico mais conhecido e presente em nossos lares.

E tudo isso sem pausas para quem não entendeu na primeira.

19 de ago. de 2008

Finitude, natureza

Ótimo título. Creio que prendi sua atenção por um tempo.

Este post deriva de diversas conversas, com diversas pessoas. Se eu expressar a opinião de alguém aqui e não mencionar o nome, por favor, não se sintam ofendidos. Não é como se eu fosse ganhar dinheiro a partir disso.

Somos finitos. Pronto, eu disse! Se somos finitos, quer dizer que nascemos, crescemos, vivemos nossas vidas, e MORREMOS. A morte é uma consequência natural da vida e o fim imutável de uma existência. FIM! Sim! Mesmo que juntássemos todas as teorias malucas sobre dimensões, sobre energia, matéria e as infindáveis discussões sobre este universo, sobre outros, não poderíamos achar diferente. Mas espere um pouco... Muita gente acha! Reencarnação, possessão, espíritos, anjos, demônios, etc. O ser humano tem medo da morte, é um fato. Aliado a progressão do pensamento humano, da própria evolução da espécie, afim de explicar tudo que é difícil demais de conceber. O medo que sentimos desde que tomamos consciência de nossa existência gerou mitos, crenças que sobreviveram durante gerações. Para aplacar o medo da morte, da finitude essencial humana, diversos artifícios foram criados, e destes artifícios nasceram as religiões. O conceito primordial de uma religião é o pós-vida. O que acontecerá depois que morrermos.

Pode ser sim, que uma energia superiora à tudo, mesmo a nossa vaga compreensão de universo, possa conservar nossa consciência fora de um corpo físico. Digo isso impulsionado por uma convicção herdada desde gerações anteriores, numa tentativa de mesclar o que eu quero acreditar com o que eu acredito mesmo. Muita gente faz isso. Mas daí a dizer que continuamos nossa existência, que podemos influenciar na vida dos vivos depois da morte. Que vamos reencarnar. Não, desculpem.

Como diz meu velho pai: morreu, fedeu! Morte é isso, é dormir sem acordar, é deixar de existir. Se um grande Poder Superior é capaz de reverter isso, pode ser. Mas daí a crer que espíritos nos rondam e estão entre nós, me poupem.

Para acreditar nisso, é necessário um antropocentrismo extremo. Acreditar que não só somos os únicos serem com consciência neste planeta, mas também os únicos com espírito, com alma. Os únicos dignos de voltar e viver outra vida. É acreditar que somos melhores que todos os outros seres vivos na natureza só porque podemos dizer isso um ao outro. É acreditar que a natureza não existe, e não tem as mesmas regras para todos os habitantes desse planeta. É erguer o pedestal dourado reservado aos humanos, que nem de longe o merecem. Caso contrário, pisar numa formiga é horrível, afinal, matamos um ser. Onde será que ele vai reencarnar. Será que aquele mosquito não era um parente distante? Aviso aos navegantes: o ser humano não é tão bom assim, que mereça um privilégio como este. Não fomos criados a imagem e semelhança de algo tão superior que só pode ser parecido conosco. O que aconteceu foi o contrário. O ser humano, em sua vaidade e crença, construiu um Poder Superior à sua imagem e semelhança. Será que esta energia universal poderosa precisa ter um rosto?

O bem e o mal, como os concebemos, são um resultado psico-social. São reflexos de nossos medos e angústias, do ambiente e dos costumes. Basta ver que em diferentes partes do mundo, o bem e o mal tem diferentes sentidos. Pecado mortal matar aquela vaca na índia. Me manda mais um hamburguer nos EUA. Maldade = socialmente reprovado, bondade = empatia humana. Por que motivo deveria a natureza, implacável, soberana e poderosa, se ater a estes conceitos humanos. Todos, em sua existência, já se perguntaram: qual a razão do sofrimento inocente? Não existe razão. Existe apenas um frágil equilíbrio natural, onde este planeta nos sustenta enquanto espécie, e existe a natureza depravada humana, que cria as atrocidades. Uma carga de adrenalina no cérebro, e um ser humano pode matar, revelando sua natureza básica e instintos. Alguns componentes químicos são tudo que nos separa de nossa natureza animal, selvagem, sobrevivente. É o mecanismo que a natureza implantou para nos manter vivos. Defeitos acontecem, erros acontecem, a natureza erra, o ser humano erra. É a maneira encontrada pela natureza de criar, inovar, e quem sabe, dar certo. Isso é evolução.

A mesma natureza que pode ser a beleza do sol, ou a destruição de um vulcão. A serenidade de uma brisa, e um poder de um furacão. A mesma natureza que engloba, sem pudor, tudo que amamos ou odiamos. A vida, e a morte. O bem, e o mal. A mesma natureza que, embora nunca venhamos a admitir, nos domina. E todos estes séculos lutamos para ganhar dela. Até vir o Tsunami, ou o terremoto. Ou até que a natureza torpe e distorcida de alguns humanos destruam e matem. E venham as Guerrras.

Pensem sobre isso...

PS: Em breve, post sobre ecologia.

Opiniões, ou "só sei que nada sei"

Eu tenho orgulho de dizer que não sei muita coisa. Muitas pessoas ao redor do mundo e ao meu redor mesmo com certeza tem um conhecimento da vida muito maior do que eu, e portanto, muita gente pode dizer com certeza que eu sou um ignorante por expressar estas opiniões. Mas eu tenho consciência disto. Tenho consciência que coisas que eu defendia 2 anos atrás agora eu sou contra. Tenho consciência da hipocrisia de algumas de minhas palavras, e acima de tudo, não vou tentar me defender do que disse antes.

Eu tenho consciência de que a cada dia, meu pensamento pode mudar, e o que era certo ontem passar a ser errado. Qualquer um que tenha um pouco de experiência de vida sabe que não é o dono da verdade, e que com o tempo a sua mente encara as coisas com plenitude e pode vir a decidir diferente sobre quase tudo. E qual o motivo de escrever isso? É que eu sei que em alguns anos, quando estiver mais velho, mais experiente, talvez com filhos, talvez com uma visão de mundo mais ampla ou simplesmente diferente, eu possa rever estes conceitos.

18 de jul. de 2008

Portabilidade e duas dicas de pendrive

Qualquer um que lê meu blog sabe que eu não faço propaganda de produtos. Na verdade, nem de jogos, nem de nada. No entanto, de vez em quando surge um dispositivo que me chama a atenção, ou um software que faz mais do que deveria, por menos do que se paga, esse tipo de situação.

Portanto, estou aqui para fazer uma alusão à mobilidade, representada aqui por 3 dispositivos que recentemente eu adquiri e testei, exaustivamente. O primeiro deles eu vou apenas mencionar, primeiro por ser notariamente um dos dispositivos mais bem aceitos pela comunidade de aficcionados em geral, e principalmente por ser uma peça de hardware eficiente, leve, pequena e extremamente poderosa. É o Asus EEE PC. A minha versão é um Asus EEE PC 701 4GB, troquei a RAM para 2GB e adicionei um cartão de 16GB, o que o torna uma máquina ainda melhor.

Agora, os outros dois dispositivos. Ambos são da mesma família, mas oferecem coisas bem diferentes, e tem características que os diferenciam, motivos pelos quais eu comprei os dois, mesmo ambos servindo aos mesmos propósitos.

Primeiro, o Super Talent PICO C. Um mini-pendrive (ou thumbdrive, como queiram) de 8GB, extremamente leve, pequeno, prático e resistente. O tamanho impressiona, é menor que o meu antigo Sony Micro Tiny Vault, que eu já considerava minúsculo, e tem o dobro de capacidade. Ao contrário do plástico do Sony, este vem com o corpo em metal niquelado, o que torna seu peso considerável para o tamanho, mas ainda assim muito pequeno, em torno de 5 gramas. A construção robusta provê um design moderno e dá a impressão de que este pequeno notável pode se deparar com situações terríveis e sair ileso. O fabricante diz que ele é à prova d'água, e vários reviews americanos por vezes mergulharem o coitado e testaram ele em seguida, provando que isto é verdade. Também é muito resisten à choques, dois dias de uso e ele já tomou uns 5 tombos feios. Seu meu Kingston de 2GB tomasse essa quantidade de tombos, da altura que este tomou, tenho certeza que estaria no lixo à essa altura. Ótimas velocidade de leitura, velocidades de escrita boas para o tamanho. O único defeito é não ter vindo com uma corda de nylon, apenas com uma correntinha, que diga-se de passagem deixa a desejar. Isso no entanto é facilmente resolvido, bastando comprar (ou usar uma antiga) presilha de nylon para acessórios de celular.

E temos também o PQI i810 Plus de 4GB. Um moderno e charmoso dispositivo de armazenamento flash em miniatura dotado de um sistema retráctil para conexão USB. Este minúsculo mas poderoso drive vou comprado como presente para minha namorada, que adorou o fato da cobertura protetora de alumínio ser pintada de rosa. Eu pessoalmente me surpreendi com a versatilidade e leveza dele, pesa literalmente quase nada. Minha namorada pendurou no seu Nokia e sinceramente, parece um daqueles ridículos penduricalhos inúteis para celular. Com a diferença de ser extremamente útil e tecnológico. Ele vem com uma corrente e uma corda de nylon, ideais para fixá-lo a um chaveiro ou celular.

Fica aí a dica, dois acessórios visualmente completamente diferentes, e que possuem a mesma funcionalidade. Não são tão caros e valem o preço.

22 de jun. de 2008

Ameças legais, liberdade e lucro

Tive algumas surpresas nos últimos dias. Um ou dois sites que frequento tiveram que mudar suas políticas para se livrar de encrencas legais com companhias de software. Ao que parece, as companhias estão usando uma lei americana para pressionar sites de busca, fóruns e redes sociais para não disseminar ainda mais os já comprometidos softwares destas companhias.

Eu, pessoalmente, acho isso uma afronta em alguns sentidos.

As empresas ainda não se deram conta (com poucas exceções) que não se deve LUTAR CONTRA a Internet, e sim usá-la. Hoje em dia, um computador desconectado nada mais é do que uma máquina de escrever moderna ou um vídeo-game caro. Falta para estas empresas a visão global de que esta é uma batalha impossível de ganhar. Hollywood está aprendendo, a RIA está aprendendo. Todos os grandes defensores dos direitos autorais, ou aprendem, ou eventualmente vão sucumbir.

Primeiro, veio a revolução das grandes máquinas de busca por conteúdo sem inscrição, com seus "crawlers" invadindo espaços, achando links e catalogando a Internet. Depois, veio a revolução dos sites, onde sites incluíam informação, sem se preocupar com represálias. E finalmente, a revolução do BitTorrent, em que UMA pessoa ao redor do mundo pode ter um arquivo, e rapidamente distribuí-lo para milhares de pessoas, rapidamente, num efeito "enxame" que causa downloads mais rápidos e disseminação descontrolada.

E contra essa torrente, vem as empresas de software e multimídia, remando contra a maré, chegando a cometer disparates como processar professores, pais de família e adolescentes por terem conteúdo ilegal no seu computador. A mais hilariante palhaçada foi a apreensão das máquinas que deixavam no ar o site thepiratebay.org, pela polícia Sueca, numa ação obscura, patrocinada pelas grandes empresas americanas. Adivinha, nunca acharam nada ilegal nos servidores, BitTorrent 1 x 0 Empresas Multinacionais.

Mesmo se fosse registrado todo o conteúdo, e achassem o seeder inicial, mesmo assim, seriam bilhões de processos, contra bilhões de pessoas ao redor do mundo, e NEM ESSAS EMPRESAS CONSEGUEM ISSO.

Agora, e quem vai defender as pessoas que criaram os softwares, que investiram tempo e dinheiro neles, para vê-los agora disponíveis de graça em qualquer canto da Internet? Eu defendo. Quer dizer, defender propriamente não.

O que falta para estas pessoas é visão. A era dos números seriais, das chaves e do shareware acabou galera. Vamos nos concentrar, antes de mais nada, em fazer um software decente e cobrar justo. Eu paguei por vários softwares nos últimos tempos, coisa que valia a pena comprar. E não me arrependi (apenas em um caso, em que o software ficou defasado, mas foi um ano usando ele, por 20 reais).

Antes de mais nada, antes de investir em proteção, invistam em idéias. Distribuir o software por BitTorrent, botar ele nas listas de downloads, indexar ele no Google. Depois, ofereçam uma página com informações, um fórum, formem uma comunidade. Comecem a ganhar dinheiro com publicidade online e no software. Softwares como o Foxit Reader e o Windows Live Messenger tem muito disso. Usem a Web, abusem da "liberdade" que ela oferece. Usem a maré, e economizem remos. Usem a comunidade, e ganhem fãs. Conheço vários sites que geram renda (fóruns principalmente) sem ter NENHUM empregado. Apenas cedendo cargos para pessoas interessadas em ver uma comunidade crescer.

Não é difícil. Difícil é meter essa idéia na cabeça de algumas pessoas.

12 de mai. de 2008

Linux x Windows ou Linux + Windows?

Sou um feliz usuário de Linux. Uso este sistema de 1998, a minha curiosidade e a confiabilidade do sistema me fizeram um Power User de sistemas Linux. Atualmente, posso dizer que apenas 20% das máquinas que uso no dia-a-dia possuem Windows. Essa estatística obviamente não inclui o meu trabalho, no qual meu Desktop Linux e mais dois servidores Linux convivem pacificamente com um parque de mais ou menos 80 máquinas rodando Windows.

Nunca fui um “fanboy”. Sempre fui eclético em quase tudo, e o Windows tem, sim, seus pontos positivos. Agora vou tentar expor alguns pontos positivos e negativos de ambos os sistemas.

Linux prós:

· Customizável até o núcleo do sistema (literalmente).
· Faz melhor uso do hardware.
· É modular e portável por natureza.
· Interface gráfica estável, expansível, modular e passível de ser simples (fluxbox) ou totalmente 3D com efeitos acelerados por hardware (Compiz Fusion).
· Se comunica perfeitamente bem com Windows pela rede.
· Muitos programas, a maioria bem feitos.
· Seguro.

Linux contras:

· Deve ser bem configurado para ter todos os prós.
· A configuração pode ser demorada.
· Muita pesquisa às vezes se faz necessária para utilizar um hardware simples.
· Alguns hardwares simplesmente não são suportados.
· Não tem a gama de programas que o Windows dispõe.

Windows prós:

· Fácil de usar.
· Fácil de configurar.
· Suporte extenso ao hardware (drivers).
· Extensa lista de programas.

Windows contras:

· Difícil de administrar.
· Arquitetura que o torna “bloated” ao longo do tempo (dlls perdidas, registro do sistema).
· Uso limitado dos recursos do sistema (gerenciamento de memória, CPU).
· Cresce exponencialmente em utilização do espaço em disco para o sistema.
· Cresce exponencialmente em necessidade de hardware para o sistema.

Basicamente, cada sistema tem seus pontos altos, mas qualquer um com mais curiosidade ou simplesmente com aquele senso de administrador de sistemas, se sente mais confortável usando um sistema que se adequa a suas necessidades, e faz um melhor uso de hardware antigo. Automaticamente, usam Linux. Passam dias, semanas, meses configurando seus sistemas, aperfeiçoando eles para seu uso, para depois literalmente “recostar na cadeira e relaxar”.

O usuário normal, avesso aos arquivos de configuração e com pavor de linha de comando, vai para o Windows. 45 minutos do zero até o sistema bootar instalado. 1 hora até ter a maioria dos programas instalados, um dia no máximo para ter tudo o que se precisa nele. E depois, de tempos em tempos, uma limpeza se torna necessária, uma eventual reinstalação (a velha formatação, termo empregado erroneamente), e diariamente, o velho e bom reboot, pois a máquina não está mais se comportando como era quando foi ligada. Isso quando não for necessário um pouco mais de memória, um pouco mais de processamento, uma placa melhor...

Para mim, usuário de ambos os sistemas, uma coisa é clara: o usuário de Linux consegue usar Windows, o contrário não acontece. O fato é que a dificuldade te ensina muito, e passar por uma instalação Linux te faz compreender melhor o computador como um todo. O Linux é Darwinista (http://www.meiobit.com/a_principal_vantagem_do_linux_e_ser_darwinista).

A evolução do Linux então, é assustadora. O hardware é cada vez melhor suportado e a constante evolução do Linux para desktops o torna visualmente atrativo se bem configurado. Exemplo é que meu EEE PC consegue rodar Compiz Fusion com efeitos semelhantes ou melhores do que o Windows Vista, que NUNCA vai rodar no EEE satisfatoriamente.

Em resumo, é uma questão de gosto, necessidade, e capacidade do usuário.

30 de abr. de 2008

Stopplay e EEE PC

Minha experiência com a Stopplay foi a pior compra online que já fiz. Sou usuário do comércio eletrônico desde 2004, e posso dizer com certeza que já fiz algumas dezenas de compras online. A maioria absoluta delas correu absolutamente bem, e fiquei muito satisfeito. Pena que algumas empresas não respeitam seus clientes. É o caso da Stopplay.

Comprei com eles um EEE PC da Asus, o preço convidativo me chamou a atenção. Assim que efetuei o pagamento, resolvi que os prazos praticados pela loja eram muito longos (25 a 30 dias úteis, ridículo), e que conseguiria um negócio melhor, resolvi cancelar a compra e pedir o estorno do pagamento. Foi aí que a confusão começou.

Meus emails eram respondidos por pessoas diferentes, e sempre evitando falar do estorno. Mesmo no prazo legal, não consegui desfazer o negócio. Diversas comunicações por email e telefone, e nada. No final, me disseram com todas as letras que não iam cancelar o negócio...

Email sobre o cancelamento:

“Prezado Senhor Daniel, boa tarde. Em resposta a sua solicitação de cancelamento, venho lhe informar que conforme é informado em seu pedido de número 72377, o pagamento não foi localizado sendo assim o pedido será cancelado automaticamente. Colocamo-nos a disposição para mais esclarecimentos.”

Eu já havia pago, eles não localizaram o pagamento por ter sido feito no mesmo dia.

Minha resposta, logo depois que o pagamento foi localizado:

“O pagamento já foi localizado, e no entanto, nem foi o pedido cancelado, nem nenhuma providência para o estorno do pagamento foi efetuada. Gostaria de informações sobre prazo, visto que conforme legislação vigente, fiz o cancelamento dentro do prazo de 7 dias (conforme emais enviados, e respostas recebidas) e a loja tem a obrigação do imediato cancelamento e devolução do valor. Nenhum prazo do site importa, visto que a lei é maior que qualquer regulamentação interna da empresa. Espero não ter que tomar outras atitudes por causa de um simples pedido como este, que em qualquer loja de grande porta não demoraria mais do que dois dias úteis para ser efetivado.”

A resposta deles:

“Prezado Senhor Daniel, bom dia. Em resposta ao seu contato, venho lhe informar que o seu pedido de número 72377, não será estornado, pois o mesmo encontra-se no prazo de entrega que varia de 17/04/2008 a 08/05/2008, prazo este que o senhor ficou ciente ao concluir a compra, pois conforme consta em nosso site o prazo para entrega de produtos importados varia de 12 a 25dias úteis.”

Foi aí que eu desisti. Resolvi comprar em outra loja e aguardar. Fui na ManiaVirtual.com.br. Isso sim é loja virtual! Fiz o pedido, efetuei o pagamento, 3 dias depois, a transportadora apareceu com meu pedido, um EEE novinho, lacrado, beleza.

3 semanas depois, chegou o EEE da Stopplay:



Caixa com o lacre rompido. O EEE da ManiaVirtual veio com o lacre intacto.


Caixa com a aba de abertura desmantelada.


Assim que foi aberta a caixa, EEE fora da película de proteção, solto na parte de cima da caixa, com a bateria já encaixada nele. No EEE da ManiaVirtual, a bateria vinha separada, lacrada em um plástico, e o EEE vinha encaixado na parte de BAIXO da caixa, protegido pela película.


Notem os adesivos idiotas colocados em toda a extensão do Notebook, o da ManiaVirtual não veio com isso, e nem por isso tenho menos garantia.

Retirado o Notebook, aparece a película de proteção, na qual ELE deveria estar dentro.


Aqui retirada a película, aparecem os manuais, o CD e a capa de proteção, que deveriam estar EMBAIXO.


Aqui retirada a divisória da caixa, aparece o encaixe onde DEVERIA estar o EEE, e a FONTE, que deveria estar emcima. Retirando esta moldura, os manuais deveriam estar ALI EMBAIXO.


Aqui o detalhe da bateria, os caras nem tiveram o trabalho de travar a bateria no lugar, já que colocaram ela. Provavelmente carregaram ele mal, estragando um ciclo de recarga da bateria. Bando de idiotas.

Essa história de 15 a 20 dias é bobagem, esse tipo de loja emprega uma técnica simples de estelionato, eles usam o dinheiro da sua compra, paga, para comprar o produto de outro cara, que já está esperando um mês, e depois, quando outro comprar, eles usam esse dinheiro para comprar o seu.

Eu não vou me dar o trabalho (seria o certo) de processar essa loja, devolver o produto e pedir meu dinheiro de volta. Isso vai demorar mais do que eu vender o notebook aqui mesmo. Mas fica aqui o registro.

NUNCA COMPREM NA LOJA STOPPLAY, OS PRAZOS SÃO RIDÍCULOS, E O EQUIPAMENTO VEIO VIOLADO, MAL RE-EMBALADO E USADO!

E que a loja não me venha com aquela de "abrimos para testar". O produto é testado na FÁBRICA, não tem NADA que ficar abrindo lacres para colocar adesivos idiotas no Notebook. Que fique registrado também que estes adesivos não valem NADA legalmente, e vou removê-los, coisa mais feia...

19 de abr. de 2008

FISL9.0 ao Vivo 6

Último post em POA, direto do Fórum Internacional do Software Livre. Mais alguns minutos e estarei no ônibus voltando para casa. Mas a volta vai ser turbulenta, vou ter que digerir toda a informação que captei nas palestras, os novos conceitos, as novas tendências, o futuro do Software Livre.

Hoje a manhã foi dedicada a segurança de informação. Enquanto algumas palestras técnicas se desenrolaram, tive que me desdobrar para conseguir participar de tudo que queria. Infelizmente tive que perder algumas apresentações, mas tranquilo, afinal, não fiquei parado nem um minuto.

Vou postar o resto em casa... Agora tenho que largar.

FISL9.0 ao Vivo 5

Dizem que toda jornada te leva de volta ao ponto de partida.

Na quinta-feira, sentado neste mesmo lugar (a escadaria da PUC) eu comecei essa jornada, e ironicamente, escrevo este post no último dia de fórum daqui.

Foram 25 palestras, muita informação nova, e infelizmente o fórum termina mais cedo para nós hoje, já que a excursão vai embora na primeira hora da tarde. Mas fica a saudade deste lugar, desta concentração de conhecimento acima da média. Destas pessoas envolvidas com conceitos como liberdade, conhecimento e cultura digital. É a nova era da informática se desenrolando em frente a nossos olhos.

Esperem mais posts durante a manhã, apenas tinha que começar dizendo isso. Agora me dirijo a uma outra palestra, sobre segurança em PHP.

Citando Mortal Kombat...
There is no knowledge that is not power.

18 de abr. de 2008

FISL9.0 ao Vivo 4

Aqui no FISL, um grupo é importante. Uma coisa que eu notei é que estar sozinho no meio de toda esta gente é meio que assustador. Além disso, qual a graça se você não pode comentar com alguém alguma coisa engraçada ou especialmente séria.

Então, basicamente, tentei não me perder do grupo. Claro que isso é meio difícil, e me perdi várias vezes, e várias palestras foram apreciadas sozinho. Mas temos um acordo. Assim que uma palestra acaba, a gente vai para o mesmo lugar. Várias vezes encontrei a galera lá, e todos fomos para a mesma palestra.

Estou neste momento numa palestra com o criador do PHP. MUITO interessante mesmo, ainda mais que estou com uma camiseta do PHP e sou um programador aficcionado por esta linguagem.

Esse cara é do bem. É só notar os aspectos de segurança e otimização que ele aponta e você nota.

Uma coisa que ele disse, no entanto, foi simplesmente muito legal. Ele diz que precisamos pensar como hackers, como caras maus, e que isso para ele é muito difícil. Neste exato momento ele está testando algumas injeções de código que basicamente podem dar controle do site para alguém malicioso. Ele também disse que “não é seguro clicar em nenhum link”, nenhum. Que qualquer link pode te levar para qualquer lugar e até mesmo pegar seus dados.

É uma visão de segurança que eu nunca tinha experimentado. Ele basicamente mostrou sites que podem fazer o que quiserem dentro do seu computador. Ele pode invadir remotamente seu computador através de um simples código na Internet, se você clicar nele.

Moral da história: Nunca clique um link!


PS: Claro que todo mundo pegou a piada, a questão não é clicar, mas sim a segurança por trás disso. Apenas no caso de alguém estar agora pensando em nunca mais clicar em um link mesmo.

PS2: Último post do dia, notebook com bateria descarregada.

FISL9.0 ao Vivo 3

Estou agora na terceira palestra da manhã, a primeira foi sobre AJAX, a segunda foi sobre novas formas de distribução de pacotes de programas Linux, e agora estamos adentrando uma sobre Comunicação de Linguagens de Script com C: a abordagem de Lua.

São palestras bem técnicas, o que me leva a crer que todas as pessoas aqui gostam e entendem estes assuntos, e isso é muito legal, afinal, é como se todo mundo falasse a mesma língua, mesmo jargão.

Isso e o fato da maioria das palestras ser sobre código fonte aberto dá um impressão de que a comunidade que está aqui, envolvida nestes assuntos, é extremamente unida e se ajuda. Isso é evolução. Software livre é evolução, futuro, novas tendências.

Agora sofro com o que todo mundo sofre aqui. Tomadas. Faltam tomadas. Carregar a bateria aqui é uma aventura, pois os pontos de energia são disputados a tapa.

Nada que interfira. Aqui todos são amigos, conhecidos, comunidade.

FISL9.0 ao Vivo 2

Depois de 9 palestras, e com uma rede sem fio congestionada, e sem funcionar na sala da última palestra, acabei não sendo capaz de mandar os updates sobre o FISL. Isso e 9 horas de palestras contínuas acabaram comigo, a pizza no hotel fez o resto.

Basicamente, o FISL continua com a corda toda. Neste exato momento participo de uma palestra sobre AJAX, uma técnica revolucion[aria que permite fazer aplicativos para a Web com interfaces que não dependem de cliques ou eventos para atualizar.

Ontem a rede sem fio acabou se entregando. A quantidade de laptops e notebooks aqui é simplesmente astronômica. Todo mundo tem uma maquininha dessas. Todas estas máquinas, mais as normais, conectadas por fio nos estandes, acabaram por floodar o link da PUC, e todos ficamos navegando a velocidades inaceitáveis.

Vou dar uma pequena idéia da amplitude deste evento. São 8 salas diferentes, cada uma tem uma palestra ou evento ocorrendo simultanamente, em diferentes temas e níveis. Estas 8 salas continuam com eventos durante o dia TODO, iniciando 9 horas da manhã e terminando 8 horas da noite. Façam a conta.

Basicamente, sem um roteiro, você fica perdido. Como eu fiquei ontem até á pelas 14hs. Depois disso, eu sentei em um bar tomando uma Coca-Cola e dediquei uns 20 minutos para planejar minhas palestras usando o folder com a descrição dos eventos. Com os eventos planejados, basicamente basta o cara olhar o itinerário e se mover de uma sala para outra, o dia inteiro, sem parar.

O pior de tudo é ter que perder uma palestra... Para almoçar.

17 de abr. de 2008

FISL9.0 ao Vivo

Nesse exato momento assisto uma palestra sobre clustering com Solaris usando uma solução de HA baseada no próprio Solaris, que em si é código fonte aberto.

A viagem foi normal, para dizer o mínimo, dormi a maior parte do tempo.

Uma das coisas que impressiona é a infraestrutura de um evento como esse. Me refiro ao fato de ter cobertura Wi-Fi de alta qualidade em praticamente todos os locais do evento. Um WDS muito bem configurado está espalhado com uma cobertura mínima de 90% de sinal em todas as áreas que fazem parte do FISL.

Apesar da bateria do meu sub sub notebook estar acabando, e eu ter a certeza de só poder carregar ela no hotel, depois das 21hs (tornando este relato menos "ao vivo" do que eu gostaria, pois tive que usar o notebook na aula por algumas horas).

Enquanto assisto a palestra, recebo tradução simultânea por um transmissor sem fio baseado em infra-vermelho.

Como todo evento brasileiro, o único defeito que eu consegui achar foi a inscrição, que acabou por ser mais fácil para mim, que não paguei antecipadamente, e não enfrentei filas, do que para alguns colegas mais diligentes que providenciaram tudo antes e acabaram por passar 1 hora e meia na fila.

No mais, esperem mais posts durante o evento. São três dias e muitas coisas para ver.

29 de mar. de 2008

Série Bagacerice! Parte 1

Segundo o dicionário:

Bagaço (substantivo masculino) - resíduo da cana-de-açucar ou de frutos que fica depois da extração do sumo. / Coisa tornada imprestável. / Restos.

Segundo minha definição:

Bagaço (adjetivo): característica de quem não tem noção do ridículo. / Atitude ou atos que expõem traços ridículos da personalidade, frequentemente expondo as outras pessoas a perigos ou situações penosas.

Daí o termo "bagacerice" para determinar qualquer um destes atos hediondos que caracterizam o bagaceiro, ou seja, a pessoa que é um bagaço. São aquelas coisas que você vê outras pessoas fazendo, e você e todos os seus amigos com mais de meio neurônio balançam a cabeça pensando naquele ignorante e como ele ACHA que está fazendo algo super legal.

O bagaceiro é um ser incompleto. Com isso quero dizer que ao bagaceiro falta algo, ele pode ter algumas coisas em abundância, mas sempre lhe falta algo, e esta falta, este vazio, é compensado com atitudes bagaceiras, afim de chamar a atenção. Dada a atual situação em que nossa sociedade se encontra, muitas das pessoas são em si bagaceiras, tendo isto latente ou não. Eu mesmo acabei fazendo esse tipo de coisa, e depois me arrependendo por ter incluído a mim próprio no grupo dos bagaceiros temporariamente. Com tantos bagaceiros, é natural que as atitudes do bagaço acabem DE FATO chamando a atenção, o que rende ao bagaceiro a agradável sensação de inclusão social e admiração de outro ser humano.

Primeira análise!

Quem de nós já não presenciou esta cena: você está andando pela rua e passa um Celta (ou qualquer outro carro 1.0 que possui mais plástico do que lata na carcaça, notadamente o Ka), recheado de spoilers, saias, asas, aerofólio, estribos. O veículo foi rebaixado. Nenhuma modificação interna. Dentro, um sujeito de boné, notadamente jovem, com o braço para fora do carro, escuta a última música da moda com um volume que faz as muitas peças soltas do carro ressonarem com estranhos ruídos. Geralmente do sexo masculino, ou está sozinho ou acompanhado de outros homens. É o "carango bola". No carro, pelo menos um adesivo do tipo "No Stress", "Playboy" (com ou sem o coelhinho), um cavalo, adesivo de bloco de carnaval, ou outra coisa do gênero.

Não vou comentar a música, visto que já falei sobre a descartabilidade das músicas hoje em dia, e da incapacidade geral de apreciar uma letra ou melodia.

Vamos nos ater ao sujeito. Como ele não tem estilo, não gosta do carro, então mudou o exterior para ficar chamativo e "esportivo", enquanto o interior continua com o mesmo cheiro de cerveja derramada. Os adereços fazem com que seu carro seja notado, sem dúvida, principalmente quando vai passar em uma lombada, pela manobra que ele tem que fazer afim de não deixar raspas do plástico do carro no asfalto ou bater o pneu no para lama.

Quando passa, a vibração resultante do aparato de som mal calibrado e barato do carro aciona os alarmes dos veículos estacionados, e como tal sujeito geralmente não tem competência para trabalhar, faz isso em horário comercial, obrigando dezenas de donos de carro trabalhadores a pararem o que estão fazendo para desligar o alarme de seus carros. Isso sem contar quando eles passam por hospitais, colégios, faculdades, tirando do sério pessoas doentes ou concentradas.

O cara dirige devagar, afinal, precisa ser notado. Isso quando não para no meio da rua para conversar com um amigo, atravancando todo o trânsito. A mão para fora da janela, e a outra pousada sobre o volante, numa atitude largada, que numa eventual situação de perigo impediria ações imediatas capazes de evitar acidentes. Essa mão que está para fora ainda segura um cigarro, que indica que além de tudo é mal educado. Isso quando não está sem camisa, caracterizando o bagaceiro-mor.

Como ele precisa de toda maneira se identificar, mas não faz parte de nenhum grupo, acaba usando os adesivos como forma de dizer: "vejam, eu faço parte de alguma coisa!". Auto-afirmação baseada em marcas famosas ou junções temporárias cujo único objetivo é fazer festa.

Se você tem um amigo bagaceiro. Não se preocupe. Todos temos, ao menos um.

26 de fev. de 2008

Projeto: Rede Doméstica

Não tenho sentido muita empolgação com nenhum projeto em particular nos últimos tempos, a sequência Carnaval/Férias me deixou em um estado de completa lucidez, praticamente zen. Sem nenhuma preocupação durante 8 dias seguidos, meu cérebro entrou em um estado de animação suspensa no qual eu reservei energias para a jornada. Então fui chamado a trabalhar antes do tempo, e apesar do serviço ter sido puxado, aquilo apenas contribuiu para minha teoria, afinal resolvi em 5 horas um problema que poderia levar 5 dias para ser resolvido.

Enfim, agora de volta ao trabalho, começando as aulas na faculdade, resolvi que teria que "adotar" algum projeto pessoal para queimar meu tempo e neurônios, mas nada aparecia que parecesse valer a pena.

Foi então que aconteceu. Eu estava navegando pelo MercadoLivre, quando apareceu uma oferta. Um servidor Compaq Proliant 1600 velho e usado, dando sopa. E aquilo foi a inspiração que eu precisava. Um servidor! Claro! Eu com tantos serviços rodando em máquinas Windows toscas em casa, e um servidor ali, esperando, por 300 reais! É o preço do meu roteador sem fio! Não resisti, e comecei a pesquisa. Depois de 4 horas de completa imersão na Internet, eu notei que havia achado a fagulha que despertaria meu cérebro de seu estado dormente. Eu resolvi montar uma infraestrutura de rede e energia decente aqui em casa. Esse servidor é teoricamente totalmente compatível com Linux, então de imediato comecei a pensar em como transportar os serviços atualmente desorganizados do Windows para o Linux, de forma a rodar uma estrutura 24 horas de rede, aproveitando minha banda (que agora sofre com os limites da BrasilTelecom, razão para um post em poucos dias) e me provendo acesso constante à informação essencial.

Quase ao mesmo tempo, minha namorada me "doou" uma máquina velha, e meu irmão me "doou" um laptop (nada velho) com o LCD estourado. Que oportunidade! Somados agora, tenho 3 notebooks disponíveis. Um deles com o LCD estragado, o outro funcionando permanentemente conectado ao roteador e ao sistema de som aqui de casa, um notebook para viagens rodando bittorrent direto (o que praticamente deixa ele imprestável, Azureus é pesado). Tenho ainda um PC velho, e está para chegar o Servidor. Doando o meu antigo notebook para a namorada e ficando com o outro notebook na mesa, no lugar daquele, fico com 2 notebook potentes, um servidor, um roteador, um modem e um PC velho.

Foi muito rabisco, muita viagem, mas cheguei a configuração final da minha rede:

Modem D-LINK 500B - ADSL 2Mb

Cerberus - Roteador Wireless Linksys WRT54GL v1.1 - Rodando Linux Tomato v1.16, servindo como firewall, registrando o uso da banda, de conexões, servidor de tempo (NTP), DHCP, NAT e QoS.

Jupiter - Notebook HP Pavilion zv6000 - Rodando Windows XP Professional, interfaces de rede para os serviços principais (torrents, arquivos), servidor Multimídia (fotos, áudio e vídeo), MSN, navegação. Duas boot com Linux Gentoo, Gnome e todos os mesmos serviços do Windows.

Saturn - Servidor Compaq Proliant 1600 duplo processado (dual Pentium II 233) - Rodando Linux Gentoo, servidor de arquivos, serviços variados (HTTP, FTP, SSH, monitoramento, rTorrent, logging do roteador e das máquinas, estatísticas, MYSQL, PHP).

Mercury - Notebook HP Compaq nx6120 - Rodando Windows XP Professional, para viagens e multimídia (DVDs, filmes).

O modem está (obviamente) wired no roteador, que por sua vez distribui o sinal e conexões por todo o apartamento. Jupiter e Saturn ficarão ligados por fio ao roteador, enquanto Mercury ficará ligado pela wireless.

Além disso tudo, o Saturn deverá disponibilizar diversos serviços para a Internet (gerenciamento remoto dos torrents, VPN, SSH, HTTPS, etc...

Agora é só esperar chegar pelo correio e botar a mão na massa.

12 de fev. de 2008

Wireless como deve ser

Então, depois de minha decepção com o WRT54G v8.0 da Linksys, e depois de muita pesquisa na Internet, resolvi dar um voto de confiança à esta divisão da Cisco (afinal, quem não conhece os roteadores Cisco?). Adquiri por um preço não muito módico o WRT54GL, com 4 MB de flash interna e 16 MB de RAM.

Nem cheguei a ver direito a cara do firmware original conhecido e tosco da Linksys. De imediato resolvi colocar um firmware de terceiros que coubesse nele. Antes, tinha usado o DD-WRT, que é por sinal um ótimo firmware, mas um tanto bloated na versão completa. Ainda pretendo testar a versão VPN dele para fazer uma conexão direta à rede local por esse interessantíssimo protocolo, mas por enquanto resolvi optar por um firmware mais leve, ágil e mais direto. O Tomato foi o firmware perfeito para tal aventura.

5 minutos e eu tinha um roteador com o Tomato. Linda interface web, intuitiva e fácil, em 30 minutos configurei ele completamente, com todas as preferências, desde minha configuração de rede, até segurança, nomes, DDNS e time service. Por óbvio também configurei uPNP para NAT e forwarding automático de portas, bem como o firewall. Já estava satisfeitíssimo, afinal, a memória livre acusava 60% livre iddle, o que é MUITO mais do que no roteador antigo, que reiniciava por falta de memória... Resolvi me aventurar.

Em primeiro lugar, configurei rapidamente um servidor SSH para eventuais consertos, nunca fui fã do telnet. Liberei ele para acesso externo através da Internet (o que já me salvou a vida), bem como liberei a interface gráfica de configuração para acesso externo. Mas de que isso adianta? 10 minutos rodando bittorrent e nada mais vai responder no roteador... Ledo engano... Bastou uma rápida pesquisa e um pouco de curiosidade para eu brincar com as maravilhas do QoS, traffic shapping, priorização de pacotes.

Em mais 30 minutos eu tinha priorizado pacotes HTTP e SSH, enquanto o bittorrent ficava em segundo plano, mas não menos rápido. Tudo isso reservando em torno de 15% de ambas as bandas (entrada e saída) para tráfego emergencial. Resultados: surpreendentes!

Em primeiro lugar, digito esse post enquanto o gmail está rodando tranquilamente em outra tab do Firefox. No outro notebook, minha namorada acessa o Orkut, tudo SEM RETARDO, sem LENTIDÃO. Estou falando do nirvana para quem tem conexão rápida. Nada mais de parar os torrents enquanto se está navegando, nada mais de conexões caídas e ineficazes soluções por software. Nada mais de limitação de banda que ainda acaba com o número de conexões ativas.

Uma imagem vale mais do que mil palavras.


Fica a dica, o Tomato é um ótimo firmware, e as configurações certas podem te fazer aproveitar de fato o que sua banda pode oferecer. Tenho certeza que o DD-WRT poderia fazer o mesmo (se colocado em um WRT54G v2 por exemplo (que tem o dobro de flash e RAM do que o meu).

31 de jan. de 2008

Pedaço de lixo sem fio

Desde que meu primo trouxe dois roteadores Linksys dos Estados Unidos (WRT54G 4.0), e vendeu um para o meu irmão, eu sou um admirador da marca. As antenas destacáveis, hardware sólido e expansivo e a facilidade de configuração são os pontos altos deste hardware. Então, naturalmente, na hora de criar minha própria infraestrutura de rede sem fio no apartamento, optei por um destes. Ao verificar a versão, notei que era um número maior do que o que estava com meu primo e meu irmão, naturalmente, isso me deixou mais empolgado, afinal, novas versões significam novos recursos mais avançados, maior estabilidade, confiabilidade e menos problemas.

Nem sempre...

Adquiri um WRT54G, versão 5.0. Ele durou algum tempo, na época minha conexão com a Internet era de apenas 400 Kbps e tinha apenas uma máquina ligada nele. O sonho acabou quando o roteador, depois de 4 meses de uso, simplesmente não ligou mais. Decepção maior por não ter pego nota fiscal e não poder chamar a garantia. Eu como bom comprador de eletrônicos sei que isso acontece, e portanto, culpei a mim mesmo por não poder reclamar, e fui para a Internet adquirir um outro. Agora com uma nova conexão de 2Mbps, e dois computadores em casa para ligar nele. Minha surpresa foi a versão deste novo: 8.0. Puxa vida, um pulo de 3 versões, o que será que tem de novo?

O que tem de novo era o seguinte:

1) Um firmware cheio de bugs, que não aguentava minha conexão.
2) Reboots constantes.
3) Uma interface web EXATAMENTE igual às versões anteriores.
4) uPNP não funcionava, port triggering também não.
5) Minha conexão engasgava quando baixando torrents.
6) Quedas que me renderam desistências em jogos online.
7) Updates de firmware constantes, e que apenas consertavam incompatibilidades com outros hardwares Linksys que eu não possuo, como repetidores e bridges. Os defeitos anteriores nunca eram consertados.
8) A página do meu cliente bittorrent me dizendo que é o pior roteador para downloads de torrents.
9) As antenas, antes destacáveis e robustas, agora são embutidas, finas e deselegantes (além de uma performance sofrível).

Pesquisando na Internet, descobri que entre a versão 1 e a versão 8, a CPU dobrou de velocidade. Mas nem só de processamento vive um roteador. A memória RAM, que antes era de 16 MB, foi cortada pela metade, a memória flash para a firmware também foi cortada, passando de 4 MB para 2, o Linux que era a alma do roteador fora substituído por um tal de vxworks, fechado, proprietário e terrível de se lidar. O que leva uma empresa a fazer isso?! Destruir com um hardware, aumentar a versão e diminuir suas especificações? Isso seria como comprar uma camionete ano 2007, mas ela vir com o motor da de 2002, enquanto que a 2006 vinha com o motor da 2005 melhorado.

Quando cheguei ao limite da minha paciência, e depois de muita pesquisa, encontrei um firmware diferenciado, baseado em Linux, para rodar no WRT54G v8.0, o dd-wrt. Ele melhorou significativamente a rede, que passou a ter menos quedas e bugs, além de desbloquear muitas opções que o firmware original escondia, isso que a versão do dd-wrt que consigo rodar nele é limitadíssima, por causa do tamanho da flash interna dele, e a memória que sempre está em 90% usado. Mas aí vem a pergunta... Qual o motivo da Linksys não lançar um firmware como esse e corrigir os bugs?

Mas os consumidores estão aí (não os brasileiros, que esses não contam), e a revolta foi tremenda. Resultado, a Linksys lançou o WRT54GL, "L" de LINUX, de 16MB de RAM, 4 MB de memória flash e um processador de 200 Mhz, além das antenas robustas destacáveis, tudo para entusiastas. Depois de muita pesquisa, achei um cara que vende ele aqui no Brasil, e adquiri um. Editarei este post quando puder lidar com ele.

Por enquanto, fica a dica. Se você for um usuário exigente, que usa bittorrent, que transfere grandes quantidades de dados pela rede sem fio, e quer um hardware de qualidade, e está à procura de um roteador sem fio, NÃO COMPRE O WRT54G, NEM O WRT54GS. Opte sempre pelo WRT54GL ou adquira outro que seja compatível com o dd-wrt full, pois vai evitar muitos problemas.