Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

13 de dez. de 2007

Educação e vontade política (A Geração "Afff")

Eu acabei por concluir que a educação no Brasil está falida. Não me refiro apenas aos colégios públicos e a educação gratuita. Estou falando da educação como um todo. Um sistema de ensino engessado e gerido por uma das instituições que mais faz besteira no Brasil, o MEC.

Nossas crianças estão sendo criadas para pensar dentro de uma caixa, sem liberdade, sem expressão. Por sorte, pais preocupados criam seus filhos com alguma diligência, provendo o estímulo e consciência necessários para formar nosso futuro, pois se dependermos do sistema de ensino em si estamos literalmente perdidos. Enquanto eu fui estimulado a ler e pensar, nossas crianças, jovens e adolescentes são obrigados a ler textos sem fundamento, estudar coisas sem sentido, geralmente desatualizadas e sem foco. Poucos professores me estimularam a pensar, a usar o raciocínio lógico e a buscar informações nos mais diversos meios, confirmá-las, conduzí-las e juntar todas em um novo pensamento, acompanhado de uma pitada de senso crítico.

Ao cair na Universidade, os alunos se vêem desesperados, pois tiveram sua sede de saber trucidada ao longo dos anos por conteúdos pobres, professores desmotivados e redes de ensino falidas. A vontade de ler foi assassinada pela literatura tradicional, enfadonha e cheia de rebusques desnecessários, na fase da vida em que menos damos atenção para isso. Recentemente numa palestra, uma professora mencionou que, se você não tem o hábito de ler, não deve começar lendo "Os Sertões" pois Euclides da Cunha vai matar seu ânimo nas primeiras páginas. O gosto pela leitura, como qualquer outro vício saudável (caminhadas, convivência social, etc) deve ser inserido de forma progressiva para se tornar cativante.

Enquanto nossos jovens não lêem, as subculturas desprovidas de elegância e foneticamente fáceis criam os analfabetos de amanhã. Incapazes de ler, de escrever, e muitas vezes, de se expressar. E hoje temos a legião de pobres ignorantes que desprezam o conhecimento por nunca tê-lo experimentado em uma forma agradável. A Internet nesse ponto é uma faca de dois gumes. A nova gramática do "menos" torna impossível ler textos, a lei do menor esforço na sua concepção mais infame cria frases do tipo: "mais eu num so do tipo que sab dssas coisa". Eu gosto de carinhosamente chamar essa geração de "Geração do Afff". Qualquer um que já jogou um jogo online conhece os brasileiros que comprimiram a expressão "Ave Maria" para expressar um erro no jogo até chegar ao "afff".

Enquanto isso, nosso governo parece gostar disso, pois cria políticas públicas através do MEC para "chutar" analfabetos adiante na escola. O que temos é um "Ensino Médio" que não sabe a tabuada, e é incapaz de elaborar seu pensamento em forma de palavras, quanto menos escrevê-las corretamente.

E assim se cria a massa de manobra ignorante de amanhã, que vai eleger esses mesmo políticos que "chutaram" esse quase analfabeto com o título de "Ensino Médio completo" para fora da escola.

PS: post baseado na minha recente experiência de fazer vestibular, e passar nele entre os 15 primeiros, após 9 anos sem encostar em um livro de segundo grau, deixando para trás centenas de "recém formados" no Ensino Médio.

29 de nov. de 2007

Vida online

A vida modifica a medida que as novas tecnologias vão se tornando acessíveis. Assim como antigamente a antena parabólica era o pináculo da tecnologia popular, aos poucos chegam às massas novas inovações tecnológicas capazes de mudar nosso cotidiano.

Então são 9 e meia da manhã. Meu smartphone carregando na tomada desperta com minha MP3 favorita, e eu, meio sonolento, abro os olhos. Desligo o despertador através da tela sensível ao toque, e já disparo o controle remoto bluetooth com o qual controlo meu computador que está na sala. Enquanto isso, uso o controle remoto digital para desligar o condicionador de ar. Com comandos bluetooth, inicio meu reprodutor de áudio favorito e vou passando faixas até achar uma que me agrade para começar o dia. Até esse momento, eu não me movimentei mais do que o suficiente para com uma só mão pegar o celular e o remoto do ar-condicionado.

Levanto e vou escovar os dentes. Tomar um banho ao som de "Disturbed" e escolher a camiseta que diz "I'm not ANTI-SOCIAL, I'm just not user-friendly". Vestido, ligo a tela de um dos notebooks e, sentado no sofá, na cama ou na mesa do computador, começo a ler meus emails, respondê-los e acessar meus fóruns. A rede Wi-Fi de cobertura ampla em todo o apartamento e os notebooks me permitem me deslocar com o equipamento sem trocar nenhum fio. Também acesso os sites de notícias e fico sabendo do que está acontecendo no Brasil e no mundo. Enquanto isso, vem um email avisando que meu micro pendrive de 4GB comprado através da Internet 3 dias atrás mudou de status para "Saiu para entrega" no site dos Correios. 5 minutos depois um email semelhante avisa que o modem roteador ADSL adquirido pela Internet para ser instalado na casa dos meus pais está chegando. A campainha toca, é o SEDEX do MP4 com gravador de voz e FM e leitor de cartões SD que eu comprei de presente para meu pai chegando.

Tomo café e vou para o serviço. No horário do almoço, checo meus emails através do smartphone. A tarde inteira fico online no GMAIL e no Messenger interno da instituição, recebendo tarefas online e consertando computadores sem sair da cadeira, através do acesso remoto. O email institucional através do Thunderbird também fica aberto permanentemente.

Pelas 18 horas meu irmão me liga, me convidando para uma partida de truco regada a chopp no clube. 19 horas ele passa no meu apartamento de carro, e ouvimos música tocada diretamente do cartão SD no slot do aparelho de som do carro.

Depois do truco e chopp, volto para casa, novamente respondo os emails. Vou dormir com "Nightwish" tocando baixinho programado para desligar em 20 minutos automaticamente, ajusto a temperatura do quarto com o controle remoto e caio no sono.

No sábado, viajo para a casa dos meus pais. Meu notebook automaticamente conectado a rede sem fio que cobre toda a residência dos meus pais também. Coloco meus episódios de séries favoritas para baixar enquanto jogo basquete com a gurizada de tarde. À noite, com a gurizada ou apenas com a namorada, assisto um filme tocando diretamente no notebook, ligado à TV através de um conversor S-Video para RCA e P2 para RCA para áudio, ou vejo minhas séries que acabaram de baixar pela tarde.

Vou dormir depois de jogar umas partidas de golf online com meu primo ou com pessoas do mundo todo. Acesso o Youtube para dar umas risadas e dou uma olhada nas últimas novidades do mundo da tecnologia, inclusive novos aplicativos para meus próprios dispositivos.

Essa é minha vida online...

24 de out. de 2007

Naruto

Alguns anos atrás eu era viciado em séries de desenhado animado japonês tais como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, Shurato, etc. Depois vieram mais séries, como Samurai X, YuYu Hakusho e outras, mais recentes.

Esse ano eu descobri mais um anime que vale a pena olhar. Pena que foi meio tarde, afinal, ele estreiou em 2003. Naruto.

Eu não vou descrever a série, afinal de contas, a Wikipedia fez isso melhor do que eu jamais faria, e também não vou ficar divagando sobre as sagas. Ao invés disso vou dizer o que me chama a atenção na série.

Eu me identifico muito com o Naruto, especialmente a versão mais velha dele (Shippuuden). Ele é viciado em macarrão instantâneo (Lamen ou Ramen), ele é fanfarrão e crianção e literalmente "se acha". Faz amigos muito rápido, e inimigos também. Confia demais e é desastrado, atrapalhado e empolgado demais. Mas o que mais chama atenção é que ele é PERSISTENTE. Ele nunca desiste, a não ser quando seu corpo simplesmente não se meche mais. Ele é vulnerável, não invencível... Pelo contrário, ele toma laço e muitos episódios acabam com ele no hospital todo quebrado. Ainda bem que a vila Shinobi onde ele mora tem excelentes ninjas médicos.

Eu vejo isso faltando em muita gente, esse espírito de luta, essa vontade impassível de vencer, de superar e crescer, e nisso Naruto é uma lição de vida.

E quem diz que é besteira olhar desenho, e que eu devo crescer. Notícia: melhor olhar desenho e aprender alguma coisa que olhar ou fazer qualquer outra coisa e não aprender nada.

10 de out. de 2007

Morreu atropelado pelo caminhão... De informação.

Ás vezes eu tenho vontade de explodir com algumas pessoas e falar umas verdades bem alto, para ver se as palavras entram nos ouvidos e o cérebro delas "acorda" para a realidade.

A globalização está aqui. Ela já se instalou e pouco me importa ou importa ao resto do mundo o quanto você se indigna por essas terríveis multinacionais que estão dominando tudo. Ninguém se importa, acorde. A globalização é uma espécie de "plaina", nivelando sem dó o nosso mundo, separando quem quer se adaptar e evoluir de quem estagnou.

Estar em casa e em todo lugar é uma necessidade, sei disso pois estou "online" 33% da minha vida. Estou diariamente 8 horas na Internet, no MÍNIMO, podendo chegar a 10 ou 12hs. Metade do meu dia. Motivo? Suporte, ajuda, colaboração. Não temos mais o direito de sermos ilhas e de nos auto-sustentar como se não houvesse mais ninguém vivo no planeta. Quem tentar seguir para este lado vai sucumbir.

Eu vejo todo dia pessoas se dando bem, e ultrapassando quem está em um modelo antigo de trabalho, no qual pisar e aniquilar seus adversários ainda funcionava. Hoje em dia, compartilhar conhecimento e informação, ter fontes é o segredo para não ficar perdido. Motivo: não somos mais capazes de sozinhos acompanhar todas as mudanças que o mundo apresenta, e ao mesmo tempo precisamos acompanhá-las para nos manter vivos no mercado de trabalho.

Eu falo isso tudo baseado no fato de que os níveis sociais atingidos por esta mensagem não são os mais baixos. Motivo? Lá a coisa continua como sempre esteve. O que está ocorrendo é exatamente o fenômeno que eu previ quando estava na faculdade em 1999. Os velhos raposões de ontem estão caindo em desgraça por não acompanhar as mudanças que o sistema impõe para executar melhor as tarefas. Enquanto isso, a nova geração, faminta por informação e cada vez mais disposta a sacrificar um pequeno período de suas vidas para garantir sua superioridade de conhecimento, sobe níveis e forma as famílias do século XXI. Não adianta ser hipócrita ao ponto de pensar em utopia.

Meu velho pai cruzou um caminho penoso e cheio de desafios para levar eu e meus irmãos onde estamos. Ele deu o passo inicial, colocou as pedras no caminho para que não pisássemos nos espinhos. Nos foi guia indo em direção a formação profissional e intelectual e hoje estamos aqui. Prontos para a tecnologia crescente que inunda nosso universo.

Não se iluda, não importa sua idade, profissão. Você eventualmente vai entrar em contato com computadores nessa nova realidade que vem se apresentando nos últimos 20 anos. Você pode encarar de duas maneiras: ou você conhece esse "bicho" o suficiente para usá-lo, ou alguém que o saiba vai derrubar você.

Ah, mas eu não preciso saber nada sobre isso... Isso é a TUA profissão, não minha.

Essa frase, minha nossa, escutei-a tantas vezes. Minha profissão é CONSERTAR o computador, e não te ensinar a usar. Por isso existem manuais, comandos padrão, protocolos, etc. Para que você não precise de professor para usar a ferramenta. Faz parte do teu serviço usar as ferramentas que o teu empregador oferece!

17 de set. de 2007

Albatross18


For all my friends and people that read this blog, first, I wanna thank you for reading it. I've been getting a good amount of unique visitors every day. And this is just my personal blog, that only few people around read. It is written in Portuguese, and has only personal opinions, so I never expected it to get more than one unique hit every day. Now I'm getting a lot more than that. Thanks.

Being a gamer, I've never rated a game here, or written about a specific gaming experience, now its time for a change.

One of the greatest games I've played so far. A18 is an online game, where you challenge people from all over the world to a friendly golf match. It is, above all, an exceptional way to make friends and spend some time.

Most of the games that are success among young people are based on violence and features massive blood and gore to addict people. A18, on the other way, is friendly, with childish characters in a fantasy world with no real "enemies" or "bosses". The gameplay is based on golf, with every player striking the ball till it comes closer to or eventually IN the cup. The player that strikes the ball is always the one that has more distance between his ball and the cup. The strokes are made with a simple two touch movement, following a bar that goes up to set the strength of the hit, and goes back so you can measure the accuracy of the hit. While the bar is going back, you can strike the arrow keys for special strokes.

Special strokes make the game even more fun and give it a challenging effect that is addicting in a very special way. You can make your ball fly on fire, explode while touching the ground and smoothly roll to the cup. Much like a RPG, the more experience you get, the more you evolve in level, and that allows you to get different items that increase your stats (power, accuracy, etc). The strokes must be calculated in order to compensate the wind, go around course obstacles and get the right strength to reach the cup, but not too far from it, that includes a complex physic that is extremely cool, and still, runs smoothly on my crappy notebook with an onboard crappy graphic card.

Indeed, a great game. One of the only that I would allow my children to play (if I had any) with no fear at all. It's a family game!

And what is the COST for all this fun. Well, IT'S FREE! Yeah, no payment whatsoever, you'll NEVER have to spent a single penny on it if you don't want. You can use the Pangs (game money) you get in special strokes and while playing to get most of the items. IF you WANT, you can spend some money on it and get special items that you buy with Astros (real money converted into game money). Again, spending money is YOUR choice. I've played for a LONG time without spending a single buck and it was always fun.

Then, the Season 2 came. Special features, new maps, new items, clothes and modes. Gosh, I almost fainted when I first login. Never in my gaming life have I seen a game go trough so many changes, and still keep the addictive special gameplay it has in the first place.

Now my friends, its time to really expand, its time to reach the limits of excitement, its time to evolve, its time... For SEASON 3 – Revolution. Its simply a whole conversion, a different world, a new gameplay experience.You can now sell items on your own Personal Shop, meet players and get together with others in a Square with 30 people to chat and arrange games, you can have a pet and there are new character and shots. A new environment where the darkness once contained in the Pangya Island now claims its place in this perfect world and shows that everything has two sides.

It is becoming a new world, much like World of Warcraft and some other MMORPGs around the web, but still holding the Pangya Tournament and rules, where you fight without hitting your enemy, and hitting your ball instead. Its the ultimate sport online experience, and I intend to be part of it. Hope to see you there!

TRANSLATION

Para todos os meus amigos e pessoas em geral que lêem esse blog, primeiro, gostaria de agradecê-los por ler ele. Tenho recebido uma boa quantia de visitantes únicos por dia. Isto é apenas um blog pessoal, que poucas pessoas lêem, é escrito em Português, e tem apenas opiniões pessoais, então nunca esperei que tivesse mais do que uma visita por dia. Está recebendo bem mais do que isso. Obrigado.

Sendo um jogador, nunca avaliei um jogo aqui, ou escrevi sobre uma experiência de jogo específica. Está na hora de mudanças.

Um dos melhores jogos que eu já joguei. A18 é um jogo online, onde você desafia pessoas de todo o mundo para uma partida amigável de golf. É, acima de tudo, uma maneira incrível de fazer amigos e matar tempo.

A maioria dos jogos que fazem sucesso entre os jovens é baseada em violência e tem muito sangue e tripas para atrair as pessoas. A18, por outro lado, é amigável, com personagens infantis em um mundo de fantasia sem verdadeiros inimigos ou chefões. A jogabilidade é baseada no golf, com cada jogador tacando até a bola chegar perto ou eventualmente entrar no buraco. O jogador que joga é sempre o que tem a bola mais distante do buraco. A jogada consiste em um simples movimento de dois toques, seguindo uma barra que sobe para indicar a força da tacada, e volta para que se acerte a precisão. Enquanto a barra volta, pode-se teclar uma sequência das setas para tacadas especiais.

Tacadas especiais tornam o jogo ainda mais divertido e dão a ele um efeito desafiador que é viciante de uma maneira especial. Você pode fazer sua bola voar pegando fogo, explodir quando toca o solo e suavemente rolar para o buraco. Como um RPG, quanto mais experiência você tiver, mais sobe de nível, e isso permite que você use diferentes itens para melhorar suas características (força, precisão, etc). As tacadas precisam ser calculadas para compensar o vento, desviar de obstáculos e acertar a força correta para alcançar o buraco, mas sem no entanto ficar muito longe dele, isso inclui uma física complexa que é muito legal, e mesmo assim, roda tranquilo no meu velho notebook com uma placa de vĩdeo onboard podre.

De fato, um grande jogo. Um dos únicos que eu deixaria minhas crianças jogarem (se eu tivesse filhos) sem medo algum. É um jogo de família!

E qual o custo de toda essa diversão. Bom, é de GRAÇA! Sim, nenhum pagamento qualquer, você NUNCA terá que investir um único centavo nele se não quiser. Pode-se usar o dinheiro do jogo (Pangs) ganhos durante o jogo e por tacadas especiais e comprar a maioria dos itens do jogo. Se QUISER, pode gastar um pouco e comprar itens especiais com Astros (dinheiro real convertido em dinheiro do jogo). Novamente, é uma opção sua! Joguei por muito tempo sem gastar nada e sempre foi divertido.

Então, veio a temporada 2. Características especiais, novos mapas, itens, roupas e modos. Minha nossa, quase desmaiei quando joguei pela primeira vez. Nunca em minha vida de jogador vi um jogo passar por tantas mudanças, e ainda conservar a jogabilidade especial viciante que ele tinha em primeiro lugar.

Agora, meus amigos, é hora de realmente expandir, hora de chegar aos limites da excitação, hora de evoluir, é hora... Da TEMPORADA 3 - Revoluções. É simplesmente uma conversão completa, um novo mundo, nova jogabilidade. Você pode agora vender itens em sua própria loja pessoal, encontrar outros jogadores e se juntar em praças com 30 pessoas para conversar e planejar jogos, você pode ter um animal de estimação e há novos personagens e jogadas. Um novo ambiente onde a escuridão outrora contida na Ilha de Pangya agora clama seu espaço neste mundo perfeito mostrando que tudo tem seus dois lados.

Está se tornando um novo mundo, algo como World of Warcraft e outros MMORPGs pela Web, mas ainda conservando o Torneio de Pangya e suas regras, onde se luta sem atingir o inimigo, mas sua bola no lugar. É a experiência definitiva em termos de jogo de esporte online, e eu pretendo ser parte disso! Espero ver vocês lá!

13 de set. de 2007

Macarrão Instantâneo

O popular Lamem, também conhecido como "Miojo". Um pináculo da evolução da sociedade, alimento que simplesmente não enjoa, maior herança da cultura oriental presente no ocidente. Que Geração Coca-Cola que nada, somos a geração Miojo!

Fora os milhares de estudantes que não teriam sobrevivido não fosse essa maravilha da cozinha moderna, existem milhares de fãs incondicionais dessa comida versátil. O Lamem pode ser misturado a quase qualquer outro alimento, criando milhares de combinações possíveis.

Só pode ser considerado um verdadeiro comedor de Miojo aquela pessoa que já se submeteu a comer ele SEM TEMPERO, pois comprou tantos pacotinhos que acabou esbarrando na loteria dos Miojos que vem de fábrica sem o pacotinho de tempero.

E viva ao macarrão instantâneo!

11 de set. de 2007

Montain Bike no Interior de Santo Ângelo

Eu sempre fui parceiro para uma aventura. Quando o Fábio me convidou para uma jornadinha de bicicleta ao interior, onde vive uma parte da família dele, resolvi topar.

No começo achei que não ia dar certo. Quando o cara está acostumado com o sedentarismo normal da cidade não dá grande valor aos próprios músculos. Acontece que o corpo humano é uma máquina incrível, e não estou tão velho. Quando o corpo aqueceu, a coisa andou e vi que talvez conseguisse.

Foram 22,5 kilômetros de asfalto, estrada de chão e até um "downhill" prá dar uma adrenalina, o mais incrível foi começar a escrever essa entrada de lá mesmo, onde por incrível que pareça o celular pegou o percurso todo. Antes que me condenem por geekice extrema, levei o celular apenas para tirar fotos OK, e as mesmas seguem a seguir:

Aqui uma vista de uma das partes mais altas que alcançamos. Fomos brindados com um dia bonito, quando o sol desaparecia uma brisa gelada (normal de lugares onde existe mata perto) refrescava o calor nas descidas.


Primeira parada estratégica, a paisagem é muito legal lá de cima, com os campos. A única coisa que estraga são os fios de alta tensão passando em meio ao verde.

Chegando no sítio da família do Fábio.


Aqui já na volta, paisagem totalmente diferente da vinda, na qual havia bastante "urbanização". A volta foi recheada com a mais pura essência do interior de Santo Ângelo.

Tem coisas que a gente simplesmente não tem tempo de admirar, e nesse passeio a visão dá atenção a coisas que antes passariam despercebidas, como esse Ipê Amarelo florido.


Voltando para Santo Ângelo, paramos nessa ponte, é uma pena que o celular não tem capacidade fotográfica para pegar o Martin Pescador no rio, nem as Andorinhas azuis voando em círculo embaixo da ponte.

Quando saímos no asfalto novamente, fazendo uma volta grande, acabando no parque da Fenamilho, a gente nota o contraste extremo de dois ambientes completamente diferentes. Chegando na cidade, as buzinas, carros, pessoas, barulho. É muito gritante a diferença entre a tranquilidade e o silêncio do interior. Esta consciência é algo que paga todo o esforço físico. Além de ser um ótimo exercício, é uma excelente fuga da rotina. Recomendo. Espero estar postando mais um registro destes em breve.

27 de ago. de 2007

Spiderman e Satanismo

Cada dia me surpreendo mais.

Acabei caindo neste vídeo, que mostra um pastor evangélico obviamente doido de pedra falando sobre satanismo, e mencionando o Homem-Aranha como um símbolo satânico disfarçado.

Ele aponta que o símbolo que o personagem faz com os dedos na hora de lançar as teias é o símbolo de satanás, do diabo, que são os dois "chifres" do diabo. Sim, com certeza.

Agora, vamos saber a verdade. Muitos nunca leram as revistas em quadrinhos, ou viram os desenhos, ou sabem da história inicial do homem-aranha. No filme, para ser possível caber uma história tão complexa em tão pouco tempo, muita coisa foi adaptada ou simplesmente omitida na criação deste personagem.

Nem vou mencionar as óbvias e valiosas lições de moral do filme, sobre a responsabilidade e o arrependimento. Sobre o perigo de se deixar levar pelo poder e ser seduzido por ele. Sobre encontrar o mal em várias formas, mesmo as mais inocentes. Sobre combater sem tréguas, e deixar de lado os interesses individuais para o bem de todos.

O que quero deixar claro é o tal "símbolo" que o pastor tão fervorosamente prega como satânico.

O Homem-Aranha original não adquiriu a capacidade de "soltar teias" como no filme. Quando a aranha mutante picou ele, ele não criou "glândulas" capazes de soltar teias, e que funcionam pelo seu pensamento. Ele ganhou o CONHECIMENTO químico necessário para sintetizar uma teia, para ser mais exato, um fluido que passado por um lançador era capaz de formar teias. Ele também criou esse lançador, que se parece com um spray, e é vestido como um relógio em seu pulso na série original. Cartuchos de fluido de teia devem ser usados com este lançador para formar teias.

Como ele explica para uma criança em um episódio em que pensa em desistir de ser super herói, o lançador é acionado por um botão, que fica localizado na palma de sua mão. Através de pressão específica com dois dedos neste botão, ele pode mudar a forma e a consistência das teias, tecendo padrões, formando fios ou simplesmente lançando bolas. Essa pressão de dois dedos sobre o botão do lançador formou o característico sinal, que foi mantido na versão filmográfica por ser parte da assinatura individual do personagem, mas ficou totalmente "perdido" e sem sentido, já que no filme existe uma glândula que solta teias.

Inclusive, uma das características do homem-aranha era entrar em encrenca quando acabava seu fluido de teia. Depois de uma luta demorada, não era raro ver o herói fugindo por ter sua principal arma desabilitada, ou para recarregar o lançador com cartuchos novos.

Eu tenho pena deste pastor, um pouco pela falta de conhecimento, um pouco por usar técnicas conhecidas para iludir e enganar mentes frágeis, roubando dinheiro e vidas num hipocrisia sem fim. Ele consegue achar símbolos satânicos, mensagens subliminares escondidas e maldade em tantas formas que chega a ser ridículo. Se analisar com atenção, podemos achar tais coisas nos mais inocentes locais, são acidentes, erros, ou simples acaso. É o que os psicólogos chamam de "interpretação de manchas de tinta", quando diferentes pessoas vêem diferentes coisas em formas totalmente aleatórias, indicando traços de personalidade e distúrbios. Esse cara é totalmente maluco.

Quem quiser ver o mal, consegue vê-lo em qualquer lugar, até onde só existe o bem.

10 de ago. de 2007

Preguiça

Alienação, preguiça ou simplesmente descaso... Não tenho bem certeza. Já escrevi sobre isso, mas aqui vai mais uma dose de "realidade".

Hoje em dia, tal como não se excusa não saber a lei, também não se excusa não ter acesso a informação... Diariamente, jornais, revistas, Internet, rádios e televisão jogam toneladas de informação em nossos lares. A informação educa, forma opiniões, divide e organiza.

Não quero fingir que não existe um mundo lá fora que ignora completamente tudo isto. A pobreza e miséria sempre estiveram e sempre estarão ali. Me refiro a quem tem acesso a informação, e simplesmente a ignora. Esse tipo de preguiçoso mental deveria ser extirpado da sociedade.

Hoje trabalhamos para um mundo competitivo. Ainda assim, cargos com uma certa segurança provêem uma vaidade diante da estabilidade que faz com que pessoas que tem acesso a informação se tornem preguiçosas e ignorantes. Ignorar no melhor sentido da palavra, saber que existe, mas não ter idéia do que é, o que faz, como faz. Vejo isto todos os dias. Pessoas que usam ferramentas que não compreendem para fazer um trabalho mal feito com o qual não se importam. Uma das pragas da nossa sociedade. É a ilusão de que essa engrenagem gira com esses parasitas fazendo parte dela, e dobrando a carga daqueles que realmente acham que dominar uma ferramenta e fazer bem seu serviço pode fazer a diferença.

É obrigação saber usar completamente algo que está diante dos seus olhos todos os dias. Não sei se sinto mais raiva ou mais pena desses coitados, pois nunca vão passar pelo momento mágico em que se transforma algo em que se toca. Atrelados a uma desconfiança e um medo sem sentido, essas pessoas passam mais tempo se protegendo do que fazendo seu serviço.

Isso se aplica a tantas áreas que me enoja pensar que nem todos usam de fato as ferramentas que possuem. Vou citar pequenos itens que existem em coisas que vemos todos os dias, e que poucas pessoas sabem exatamente o que são:

Celulares
Bluetooth
Infra-vermelho
Wifi
SMS - NÃO, O NOME NÃO É TORPEDO, torpedos são misséis projetados para a água.
MMS
Wap

Computadores
USB
BitTorrent
HTTP
FTP
WWW
IM - NÃO, NÃO EXISTE APENAS "MSN", bons tempos do IRC

Carros
ABS
Airbag
CV - de "Cavalos Vapor", também chamados "HP" (Horse Power)
Marchas - Sim, elas servem para alguma coisa

Eletrodomésticos
Fusíveis
Dijuntor - Hehehe, nesse eu sei que peguei ALGUM leitor
Watts (potência)

Impressoras
Toner
Laser
Jato de tinta
Cabeçotes

Isso apenas para nomear alguns. O cara que lida com qualquer um (tenho quase certeza que você lida com 2 ou mais, talvez todos estes aparatos, todos os dias) destes teria que saber o que são estas pequenas coisas. Seria a diferença entre parecer um idiota na frente de um cara que tem segundo grau completo enquanto você tem curso superior. Seria devolver a besteira que os "técnicos" te jogam, pois você saberia que está sendo enrolado.

Claro que também você não precisa saber tudo isto para usar esses aparelhos, e é graças a isso que eu ganho dinheiro. Também não resta muito tempo para alguém que é dedicado a uma área se aprofundar em outra. O que estou dizendo é ter uma "base", saber pelo menos falar nesse assunto. Ou AO MENOS mostrar a curiosidade de, num raro momento, perguntar o que é e como funciona. Me fascina quando encontro alguém disposto a perguntar, e eu VIVO perguntando. Curiosidade é um dom.

O conhecimento atrai mais conhecimento. Eu noto isso a cada dia. Como tudo se interliga. Saber usar um telefone te dá certo conhecimento sobre celulares, que te dá certo conhecimento sobre modens, que insere algo sobre computadores, conexões, internet, e quando menos se espera, protocolos.

Basta abrir os olhos para o mundo, e não se fixar no seu umbigo para ver que existe mais do que sentar na sua cadeira todo dia fazendo um serviço medíocre e mal feito. Tentar fazer seu serviço melhor leva a uma cadeia de acontecimentos que te torna aos poucos uma pessoa curiosa, e com o tempo, o curioso se torna um conhecedor.

2 de ago. de 2007

A Saga do meu HD com bad blocks!

Hoje completei 11 dias de sofrimento. Depois de descobrir que meu disco rígido tinha defeitos irrecuperáveis (bad blocks) e tentar desesperadamente recuperar as informações para manter meu sistema Windows que depois de 2 anos sem formatações estava começando a me dar orgulho. Investi quase 1000 reais em peças para repor e dar uma certa segurança para este sistema maldito, apenas para investir longas horas em jornadas de cópias infrutíferas de noites inteiras.

Hoje, na vigésima tentativa, resolvi copiar todo o conteúdo do disco para a unidade USB, e retornar da unidade USB para o disco rígido novo. Apenas para bootar um "Disk Error" tosco... Agora estou decidido a fazer uma aproximação diferente. Vou instalar o Windows do zero, e depois copiar todos os arquivos. Afinal de contas, eu tenho um sistema lá, só o próprio sistema é que não sabe.

Vamos ver por onde passei até chegar onde estou:

Tentativa de cópia bit a bit com Norton Ghost (Windows), dd (Linux).
Tentativa de cópia de arquivos com o Unstoppable Copier (Windows) e tar e cp (Linux).
Tentativa de cópia por arquivos no DOS, Linux, Windows XP, Windows 98.
Na falha, resolvi converter a unidade para NTFS, GRANDE ERRO!
Após copiar tudo sem falhas no Windows, agora não consigo bootar a unidade de jeito nenhum.

Enquanto isso, uma alegria. Semana passada me ofereceram um computador novo no serviço. Depois de dois anos recusando e aprimorando meu Linux, eu cedi. A máquina nova tem um grande potencial, vou listar a configuração de ambas as máquinas (velha e nova):

Velha:
Athlon XP 1.7GHz, 512 MB de RAM, 256K de cache no único processador, um disco de 40GB mais um de 10GB, ambos IDE PATA, gravador de CD, placa de vídeo off-board NVidia AGP 128MB GForce FX4200, resto on-board.

Nova:
Pendium D (Core Duo) núcleo duplo, 1MB de cache em cada núcleo, 2.6GHz, 1GB de RAM, disco rígido de 80GB SATA, gravador de DVD e CD, placa de vídeo Intel on-board 128MB, resto on-board.

Estava resolvido a "migrar" meu Linux, um Gentoo criado a pão de ló. Se não fosse possível, recusaria a máquina nova. Entrando em contato com a lista de usuários em inglês do Gentoo, me aconselharam diversas aproximações... Desde copiar o sistema todo e rezar, até começar do zero. Achei que uma mescla das duas seria a melhor.

Após apanhar um pouco, instalei o sistema base. Tive problemas com a placa de rede por causa de erros de compilação do Kernel, mas nada grave. Isso atrasou um pouco os planos. Passei minhas configurações por rsync para a máquina nova e passei algum tempo debugando os problemas referentes a arquitetura diferente e as diversas configurações diferenciadas das duas máquinas, tanto em hardware como software.

Após resolver estes probleminhas, bootei meu novo kernel completamente funcional e comecei a mecher nos programas. O portage (sistema de manutenção de software do Gentoo) fez a maior parte do trabalho pesado, e em dois dias eu tinha todo o software recompilado para a nova arquitetura "prescott" a qual pertence o Pentium D.

Após algumas compilações e tunning, o sistema estava de pé, e migrei ele definitivamente, desativando meu velho de guerra Athlon XP. Depois acabei ligando ele novamente para pegar detalhes, como a crontab (serviço de agendamento do Linux) e as configurações personalizadas do udev.

Em resumo, em 7 dias migrei SEM PERDA ALGUMA um sistema completo, com uma mudança de hardware explêndida e diversas nuances.

E depois de 11 dias, ainda não consegui passar meu XP do HD velho pro novo no mesmo Notebook.

Que saco...

Reflexões aos 26 anos

Post criado no dia do meu aniversário, e postado somente agora, pois até que enfim achei onde salvei o arquivo :D

Agora são duas da madrugada, e eu ainda estou acordado. Tudo parece tão claro à noite, eu penso melhor no escuro, apenas com a luz do monitor projetando sombras irregulares na parede atrás de mim. Muitas vezes já pensei sobre mim mesmo, e a cada ano que passa, reflito mais no que sou e no que penso, e a cada vez que faço isso, me convenço que tem muito mais coisas em mim para descobrir. Quem lê esse blog, provavelmente é meu amigo e conhece a maioria dessas características... Hoje, completando 26 anos, a cabeça não para...

Eu sou o cara que fica acordado até tarde. A noite é uma ótima companheira, muito melhor que o dia. Os anos operando sob luz artificial e com telas iluminando minha retina me fizeram sensível a luz. Tenho um conforto muito maior no escuro. Luzes muito fortes provocam dor nos meus olhos, e óculos escuros são quase uma necessidade. Tenho uma pequena falha no olho esquerdo, mas no geral tenho boa visão, e portanto óculos normais são apenas para diminuir o esforço de compensar a falha em apenas um dos globos oculares e tentar não provocar as dores de cabeça e enxaquecas provenientes desse esforço. Em geral, prefiro o escuro, iluminado por pequenas e inconstantes luzes coloridas. Uma boate, uma sala com computadores, um video-game, um desenho animado.

Desenhos animados. Sou um aficcionado por desenhos, fã do Cartoon Network. Filmes de animação são meus favoritos, e posso dizer com certeza que alguns dos melhores filmes que assisti foram animação tipo "Final Fantasy" e "Titan AE". Eu gosto das cores vibrantes e do movimento suave da computação gráfica, eu presto atenção nos detalhes e tenho facínio sobre o poder das texturas e gigabytes de informação formando esse universo diferente e sem limites. Fã das séries antigas, Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, etc, eu assisti quando criança e assisto agora. Talvez por ter ainda dentro de mim um pouco de criança...

Sou bem crianção. Tenho a filosofia que as coisas sérias devem ser seriamente encaradas, o resto pode, e deve, ser encarado com humor... Adoro brincadeiras, desde que tenham graça para todos os envolvidos. Sou fã de jogos, principalmente os eletrônicos. Caramba, eu sou um cara que brinquei de esconde-esconde com a namorada e os amigos em casa aos 20 anos (o que não faz a cerveja). Eu gosto de crianças, eu entendo elas, eu converso com elas, eu brinco com elas. E elas correspondem com aquele sorriso e aquele olhar inocente que te desarma completamente. As minhas sobrinhas são um tesouro, mas não me imagino sendo pai... Me considero talvez um pouco imaturo para ter uma família, por enquanto...

Família. Minha família é tudo de bom. Meus pais são companheiros, me ajudam, me suportam e me amam, meus irmãos são dádivas. Como meu irmão já me disse, a família é tudo, são neles que posso confiar, sem sombra de dúvida, sempre querem o melhor para mim. Minha irmã ainda é minha guardiã, e meu irmão sempre foi e sempre será o futuro que quero para mim. Meus pais me deram o melhor lar que se poderia querer para crescer, e são os responsáveis diretos por tudo que consegui até hoje. Apesar de às vezes parecer que eu não me importo, eles são tudo para mim, a maioria dos deslizes são causados por mim mesmo, por ser desligado demais.

Distraído, inconstante, esquecido... Qualquer um que tenha contato comigo por mais de um dia inteiro provavelmente notou alguma destas características. Eu não funciono bem sob pressão, se tiver um prazo, não sou bom para cumprí-lo, mas se não tiver, posso entregar mais cedo do que qualquer prazo poderia prever. Em um primeiro momento nego tudo, na maioria das vezes apenas para dar segundos cruciais a meu cérebro para pensar em todas as possibilidades de expansão, aprimoramente e viabilidade de um projeto, e consentir posteriormente. Esqueço tudo, desde pequenos detalhes, até aniversários, sou péssimo com datas, e esqueço até de alimentar a agenda eletrônica, então é realmente um caso perdido. Sou desleixado, mas não desorganizado, apenas tenho minha própria maneira de manter as coisas... Geralmente empilhando, e guardando para depois. A distração leva a momentos em que passo horas, sonhando acordado.

Sonhos, como todos, eu tenho os meus. Apesar de pensar que a maioria dos meus sonhos até os 26 anos estão sendo realizados, ainda tenho muito por realizar, e tento sempre expandir meu conhecimento, esperando que alguém um dia utilize tudo que acho que posso fazer. Enquanto isso, levo essa vida numa boa, estou numa ótima fase, com pessoas muito especiais ao meu redor, e sou muito grato, a meu Poder Superior, e a todas as pessoas que fizeram, fazem, e continuam fazendo parte da minha vida.

Agora são duas e meia da madrugada. É incrível como as palavras simplesmente saem da minha mente para o teclado quando me concentro, é quase como se falasse por meio das teclas. Mas eu sou assim, distraído, sonhador, crianção, filhinho do papai e da mamãe, fã de desenhos, criatura noturna. Espero continuar sendo, e encontrar alguém que me aceite assim, para quem sabe um dia, chegar onde meu irmão e minha irmã chegaram, e ter minha própria família, para aumentar a que já existe, e que, sinceramente, é a melhor que existe.

30 de jul. de 2007

Quem precisa de vírus?

Hoje em dia virou coisa normal. Basta entrar em qualquer site de notícias tecnológicas e lá está a lista das 10 piores pragas virtuais, dos 10 worms, vírus, trojans e etc mais perigosos que rondam nossa querida Internet.

Sempre pensando em proteção, milhares de programadores ao redor do mundo criam soluções anti-spam, anti-virus, anti-spyware (não sei se vai travessão ali). Mas eu digo, por experiência, depois destes 9 anos lidando com computadores. Nenhum vírus ou programa malicioso é pior que o Windows. Uma piada antiga dizia que não tem como comparar vírus com o Windows, afinal de contas, vírus, acima de tudo, funcionam. Diga-se de passagem, funcionam muito bem... São econômicos nos recursos computacionais e extremamente eficientes no que fazem, além de se instalarem perfeitamente e agirem silenciosamente, necessitando programas tão especializados para serem "pegos".

Mas e o Windows? Ele é grande, gigante, um bloatware do qual não usamos nem a mínima porcentagem, e quando tentamos usar, ele nos barra, pois é um recurso muito avançado. Para que disponibilizar os drivers em separado? Vamos incorporar tudo de forma que o usuário pense que somos grande coisa. Antes que digam algo, sim, eu uso Windows, não quer dizer que goste de usar.

Na verdade, esse é o problema. O Windows faz isso, ele EMBURRECE! Esse SO esconde tudo o que acontece de mais importante no sistema, em forma de ícones bonitinhos e efeitos visuais, enquanto o núcleo apodrece de forma irrecuperável. Usar o Windows por períodos longos de tempo vicia, torna o usuário dependente da interface totalmente, enquanto afasta essa pessoa de aprender a usar essa ferramenta incrível que é o computador. Um sistema compilado para uma geração antiqüíssima de máquinas, que não usa nem a mínima porcentagem do poder computacional de uma máquina moderna, e ainda exige do hardware façanhas mirabolantes para continuar a funcionar. A cada versão, novos requisitos combinados com as grandes empresas de hardware. E os pobres desenvolvedores acabam se curvando perante essa plataforma cheia de bugs e problemas que contaminam as partes mais íntimas do sistema pois 90% dos computadores do mundo rodam esse lixo. Drivers, aplicativos avançados, controladores e sistemas de monitoramento, todos presos a uma API falsamente "fácil", e na verdade cheia de falhas de segurança.

Temo pelo futuro com esse sistema! Enquanto os usuários ficam cada vez mais preguiçosos e ignorantes, e ensinam seus filhos a o serem também. Claro que na verdade eu acho tudo isso ÓTIMO! Afinal, quanto mais ignorantes e toscos computacionais se virem frente aos avanços da informática, mais trabalho e mais dinheiro no meu bolso. Ganharia uma fortuna se fosse trabalhar como autônomo, consertando de forma simples coisas que qualquer usuário conseguiria lendo o manual.

Meu sistema por exemplo. Rodando sem falhas faz algum tempo. Resolvi investir um pouco e comprei um HD externo USB para fazer backups. Tentei usar o Norton Ghost, mas haviam erros no disco, e as imagens saíam inconsistentes. Pensei que fosse a porcaria do Windows, resolvi partir para o Linux. Adivinha. Uma cópia bit a bit do sistema de arquivos provou que na verdade o sistema estava TOTALMENTE FUDIDO. Dezenas de blocos defeituosos no disco. Mas como o sistema ainda funciona? Se a tabela está totalmente corrompida? É simples, ele vai continuar funcionando até que seja IMPOSSÍVEL RECUPERAR. Qual o motivo de não me avisar antes? Ah, isso assustaria qualquer um, imagine a mensagem "Seu sistema de arquivos possui erros e se tornou instável, como sou um software totalmente mal feito, não sei contornar estes erros e vais ter que comprar uma ferramenta cara para fazer o que eu deveria fazer". Agora estou usando o Linux para fazer backup do meu Windows, pois toda ferramenta Windows para isto provou-se ineficaz.

Mas pior que isso tudo, são os "pseudo" técnicos. Esses idiotas que aprenderam Clipper a 20 anos atrás e acham que sabem programar. Ou esses babaquinhas que são capazes de formatar uma máquina e prestam serviços por aí. Essas pessoas medíocres que todo dia apagam, de forma irrecuperável, arquivos importantes, fotos do casamento, dos filhos, das festas, pois são incrivelmente burros a ponto de não saberem recuperar essa informação. São os mesmos idiotas que não sabem colocar pasta térmica nova, e ao invés disso, trocam o processador. Ou aquele palhaço que escuta os bipes da máquina e troca a placa mãe, quando uma simples passada de borracha nos contatos da memória resolveria. São aqueles caras que gastam 5 minutos "diagnosticando" o problema, mais meia hora reinstalando e se acham competentes. Enquanto isso, falam um monte de baboseira e garantem ao pobre usuário que era realmente necessário. Isso quando não mentem descaradamente para empurrar um disco rígido novo ou troca de outra peça qualquer. Esses caras merecem o pior.

Administrador de sistema que se preza usou ou usa Linux ou outro sistema operacional decente, conhece as entranhas do Windows e é capaz de recuperar informação ao invés de apagar tudo sumariamente. Formatar é o ÚLTIMO recurso, e existem tantos outros. Alguns dias atrás passei por uma lojinha de informática que listava seus serviços, entre eles "Formatação". MINHA NOSSA, que é isso?! Agora formatar é serviço de técnico? Recuperar o sistema é que é.

Mas o problema na verdade é o Windows. Motivo? Simples. Pense comigo. No Windows, tudo é rápido e fácil, clica duas vezes, instala, usa. Se não funcionar, formata, clica duas vezes, instala, usa. Formatar é o santo graal do Windows, é colocar o sistema de volta em um estado no qual ele é totalmente estável, mas basta começar a usar por um tempo, e os problemas vem. Tenho máquinas Linux rodando a meses, sem manutenção. Eu chamo isso de "filosofia do reboot". Deu pau? Reinicia! Tudo funciona nesse estado glorioso depois do reboot, escondendo os defeitos e falhas do sistema. Essa filosofia "criou" essa geração de técnicos, que aprendeu a otimizar o "reinicia, formata, reinstala, funciona!" e cativou usuários preguiçoso. É um círculo vicioso. Computadores não foram feitos para serem desligados e reiniciados, eles foram feitos para rodar. O sistema é que é um lixo e não sabe lidar com mais de 10 horas rodando direto. Para conseguir torná-lo mais ou menos estável se gasta tempo, pesquisa e curiosidade, coisa que falta para a imensa maioria dos usuários de computador. Não estou dizendo que todos deveriam ser experts. Apenas que um pouco de leitura pode salvar tempo e dinheiro, e aprender a utilizar ao máximo as suas ferramentas de trabalho é OBRIGAÇÃO!!!

Gasto um mês configurando meu Linux, e ele nunca mais me enche o saco. Instalo o Windows em 40 minutos, e passo os próximos meses tentando fazê-lo funcionar direito.

17 de jul. de 2007

iPhone

O novo telefone da Apple está causando sensação no mundo todo. Uma campanha de marketing impecável prometeu uma revolução em termos de smartphone, enquanto legiões de fãs esperaram ansiosas o lançamento do produto no último dia 29.

Mas afinal de contas, o que de NOVO tem o iPhone?

Eu digo... Muito pouco, quase nada...

Mas como não sou de afirmar nada sem provar, vamos ver algumas das aferidas vantagens do iPhone. Primeiro, ele é um iPod, automaticamente, herda muitas das características do iPod, ou seja, bateria interna, facilidade de uso, etc. Também herda muitos dos problemas do iPod, como a bateria interna, oops, eu já citei isso... A bateria interna é uma porcaria. Significa basicamente que se viciar sua bateria, não tem jeito, assistência técnica nele. Também significa que não existe uma maneira de realmente resetar a força do smartphone, pois ele sempre vai ter a fonte de alimentação.

Quanto a memória, o iPhone dá um show. De burrice. Onde já se viu fazer um smartphone com flash interna em torno dos Gigas ao invés de simplesmente fornecer um slot e cartões de memória? Ok, eu concordo que mesmo o mais simples tem muita memória, o que é mais do que suficiente, mas vejamos do ponto de vista técnico. Se a memória interna ferrar, adivinha, assistência técnica nele. Se meu MicroSD ferrar, eu compro outro, simples, fácil, mas nada parece fácil no mundo do iPhone.

Agora, o sistema de músicas. Ótimo, iTunes, aliás, sem ter um computador é praticamente impossível usar o iPhone, pois ele precisa ser ativado, e o iTunes entra nisso. Além disso, músicas, só compradas, não dá pra simplesmente meter sua coleção de MP3 ali e ele vai tocar, a não ser que você tenha um iTunes, funcionando e tenha comprado. Que saco. Existem programas que burlam isso e permitem ao iPod tocar, mas será que isso funciona no iPhone... Não! Mais uma barra de metal na cela chamada iPhone.

Falando em prisão, o único chip que roda atualmente no iPhone é da AT&T, e o contrato de exclusividade é de dois anos, basicamente, o iPhone não vai ser brasileirizado até lá, roaming para quem quiser... Além disso, ele tem uma câmera, mas ela não filma, apenas tira fotos. A interface pode usar skins, mas somente através de um hack. Basicamente, você sai da loja tendo pago uma mini-fortuna e ainda tem que pagar para usar o troço.

A navegação web parece boa, o browser é legal e o iPhone é dotado de WiFi, novidade? Não! O Nokia N80 do meu primo tem WiFi também... É mais barato, mais bonito e muito mais funcional, além de funcionar com qualquer chip, ter Skins, sistema Symbian e rodar milhares de aplicativos e jogos. ISSO É QUE É UM SMARTPHONE. Eu me atrevo a chamar o iPhone de DUMBPHONE, porque mais idiota impossível. E mais idiota quem compra ou fica todo alvoroçado. Ainda bem que o Steve Jobs é um marketeiro de primeira e sabe usar a burrice do povo para gerar esse frenesi em torno de um aparato eletrônico tão podre.

O iPhone tem DUAS características que surpreendem. A tela de toque com multitoque, ou seja, ela reconhece vários pontos de pressão na tela, permitindo usar dois dedos para operações com imagens, etc. Realmente, revolucionário, mas não muito útil, pois precisa de uma tela enorme e de muita vontade para querer usar mais de um ponto de toque... A outra característica é o sensor de movimento, que pode reagir a movimentos do telefone com ações. Por exemplo, se o telefone tocar, e eu levar ele a orelha, ele se atende. Interessante, mas útil? Acho que não. Assim como levantar o tel atende ele, sair voando do bolso e cair de um abismo também?

Meu Motorola A1200 tem tela de toque, sistema Linux altamente customizável, Internet por cabo USB, Skins, temas, programas nativos, jogos, toca MP3 e vídeos sem qualquer restrição, e vou parando por aqui.

Em resumo, meu Motorola A1200 e o Nokia N80 do meu primo desmontam o iPhone no meio... Eu imagino que os próximos celulares, tanto da Nokia, quanto da Motorola, vão ser MUITO melhores do que o iPhone, e sem as limitações e idiotices. O que faz o marketing com cabecinhas fracas, tsc tsc.

15 de mai. de 2007

O Papa e a Igreja

Por várias vezes toquei nesse assunto, religiões me fascinam, e apesar de não ser particularmente ligado a nenhuma crença religiosa, me sinto de certa forma apegado a algumas crenças que adquiri ao longo do tempo que podem ser chamadas "religiosas". Eu preferia chamar elas de "espirituais" para melhor esclarecer o sentido etéreo e indefinido das mesmas, por seria por vezes confundido com o "espiritismo", crença que desprezo profundamente (veja bem, eu desprezo a CRENÇA, de forma que ela nunca vai se aplicar a MIM, mas respeito quem aceita as teorias e ensinamentos dela).

De qualquer forma, o motivo de teclar um pouco sobre isto não poderia ser outro, senão a tão famosa visita do Papa ao Brasil. Lamentavelmente, está em todos os jornais, revistas, programas de TV e mídia em geral. O Papa é notícia! Caramba.

Vamo a algumas verdades. O Papa, apesar de obviamente bem instruído, deveras poderia ser chamado inteligente, não passa de um racista defendendo os interesses da "corporação" que hoje se chama Igreja Católica. A Santa Igreja é um conglomerado de glutões por poder, determinados a manter esta posição, e é a isso que se resume tal entidade.

Claro que ainda existem diversas entidades ligadas a Igreja que participam, coordenam e disseminam importantes atos de fé e de cuidado social, como algumas pastorais, ONGs , etc. Mas o fato é, o núcleo do poder e hierarquia da Igreja é corrupto, como os anteriores foram, e como sempre serão. São seres humanos, se alimentando da crença e dinheiro de outros, lutando por poder com as ferramentas que conhecem, nesse caso, a manipulação da fé.

Desde tempos remotos, quando era moda "comprar" um lugar no céu, as pessoas sempre tiveram na igreja um alívio para uma alma castigada pela culpa. A igreja oferecia alívio divino e orientação. Não se admira, já que os padres eram infinitamente melhor educados (e ainda são) que a maioria da população. Em troca, a fé move esta grande "empresa" através do famoso dízimo e de contribuições diversas, bem como de pilhagem, saque e ouro e dinheiro sujos com o sangue de inocentes vítimas das guerras "santas" travadas pela Igreja ao longo dos séculos. Se quiser saber mais, acesse este artigo.

O próprio Vaticano, sede da Igreja sob o governo do Papa tem suas origens devassas por vezes esquecidas. Criado pelo tratado de Latrão, cedido por um dos maiores ditadores da história mundial, Benito Mussolini, e assinado pelo Papa Pio XI, verifique este endereço. Confira ainda um pouco sobre a vida deste grande ditador aqui e note os termos do Tratado de Latrão.

A igreja trabalha assim, utilizando a fé para manipular as massas crentes e utilizar este poder para dobrar a política de forma a conseguir os efeitos desejados e manter o poder fluindo no seio do que seria a organização que representa Deus na terra.

Algumas considerações. Qual o motivo do celibato para os sacerdotes. A explicação oficial da igreja é para manter a pureza, a castidade é um véu de pureza recaindo sobre os representantes de Deus. Na verdade, isso garante muito mais. Garante que o patrimônio da Igreja nunca será dividido, nunca haverá herança, e a igreja acumula e incorpora quaisquer bens adquiridos por seus representantes.

Embora citem a Bíblia para dizer que os padres não devem casar. Eu, pessoalmente, discordo de qualquer coisa que interprete a Bíblia ao pé da letra. A Bíblia como a conhecemos não passa de um bem selecionado apanhado dos muitos textos antigos que falam da história judaica e de Jesus Cristo. Muitos dos evangelhos que não foram incorporados foram destruídos e os que restaram hoje são renegados, os apócrifos. Estes trazem informação muito mais condizente com a realidade histórica da época de sua escrita, mas trazem também muitas informações que contradizem a igreja, e poderiam diminuir seu poder.

A igreja avança enquanto luta para martirizar e subjugar as mulheres e qualquer liberdade que elas conquistem (basta notar que a igreja é fundamentalmente uma organização masculina), sendo contra o aborto, anti concepcionais e divórcio. Basicamente, eles querem uma mulher submissa, mãe, obediente e PRESA.

Para ter uma idéia do atual estado da Igreja, basta notar o acordo proposto pelo Papa ao presidente na sua visita, que inclui ensino obrigatório do catolicismo, isenções tributárias e fiscais e privilégios aos representantes da igreja. Ponto para o Lula, que chegou a ser chamado de "diabólico" por um padre depois de expressar sua opinião pessoal, e também a presidencial, sobre o aborto. O presidente, em um lapso de lucidez, disse manter o Brasil como estado laico, sábia decisão presidente. Agora falta ele não assinar nada na visita oficial ao Vaticano no fim do ano.

Caramba, acho que depois de publicar isso, não me caso mais na Igreja... Pelo menos não na católica... Já dizia o Iron Maiden em "For the Greater Good of God":







Are you a man of peace
Or man of holy war
Too many sides to you
Don't know wich anymore
So many full of life
But also filled with pain
Don't know just how many
Will live to breathe again

A life that's made to breathe
desctruction of defense
A mind thats vain corruption
Bad or good intent
A wolf in sheeps clothing
Or saintly or sinner
Or some that would believe
A holy war winner

They fire off many shols
and many parling blows
Their actions beyond a reasoning
Only god would know
And as he lies in heaven
Or it could be in hell
I feel he's somewhere here
Or looking from below
But I don't know, I don't know

Please tell me now what life is
Please tell me now what love is
Well tell me now what war is
Again tell me what life is

More pain and misery in the history of mankind
Sometimes it seems more like
the blind leading the blind
It brings upon us more famine, death and war
You know religion has a lot to answer for

Please tell me now what life is
Please tell me now what love is
Well tell me now what war is
Again tell me what life is

And as they search to find the bodies in the sand
They find its ashes that are
Scattered acros the land
And as their spirits seem to whistle in the wind
A shot is fired somewhere another war begins

And all becouse of it you'd think
That we would learn
But still the body count the city fires burn
Somewhere ther's someone dying
In a foreign land
Meanwhile the world is crying stupidity of man
Tell me why, tell me why

Please tell me now what life is
Please tell me now what love is
Well tell me now what war is
Again tell me what life is

Please tell me now what life is
Please tell me now what love is
Well tell me now what war is
Again tell me what life is

For the greater good of god

Please tell me now what life is
Please tell me now what love is
Well tell me now what war is
Again tell me what life is

Please tell me now what life is
Please tell me now what love is
Well tell me now what war is
Again tell me what life is

For the greater good of god

He gave his life for us he fell upon the cross
To die for all of those who never mour his loss
It wasn't meant for us to feel the pain again
Tell my why, tell me why

Será vocè um homem da paz ou um homem da guerra santa?
Há muitos lados para se escolher
Não sei mais qual deles tomar
Tantas pessoas cheias de vida
Mas também cheios de dor
Não sei quantos irão viver para respirar novamente

Uma vida que foi feita para respirar
Destruição da defesa
Uma mente que se envaidece na corrupção
Boas ou más intenções
Um lobo em pele de cordeiro
Ou santo ou pecador
Ou alguém que acreditaria, um vencedor da guerra santa

Eles disparam tantos tiros e fazem tantos ataques
As atitudes deles estão além da compreensão
Apenas deus saberia
E enquanto ele se encontra no paraíso
Ou seria no inferno
Eu sinto que ele está aqui em algum lugar
Ou então está me olhando de baixo
Mas eu não sei, não sei

Por favor me diga agora o que é a vida
Por favor me diga agora o que é o amor
Ora, me diga agora o que é a guerra
Novamente me diga o que é a vida

Mais dor e miséria na história da humanidade
As vezes mais parece que o cego está guiando o cego
Isso nos impõe mais pestilencia, morte e guerra

Você sabe, a religião tem muito a que responder

Por favor me diga agora o que é a vida
Por favor me diga agora o que é o amor
Ora, me diga agora o que é a guerra
Novamente me diga o que é a vida

E enquanto eles procuram achar os corpos sob a areia
Eles encontram suas cinzas espalhadas pela terra
E enquanto seus espiritos parecem assobiar junto ao vento
Um tiro é disparado em algum lugar, outra guerra começa

E mesmo com tudo isso você pensou que nós iriamos aprender algo
Mas a contagem de corpos continua, a cidade está em chamas
Em algum lugar há alguem morrendo num terra estrangeira
Enquanto isso o mundo chora pelo estupidez do homem
Me diga porque, me diga porque...

Por favor me diga agora o que é a vida
Por favor me diga agora o que é o amor
Ora, me diga agora o que é a guerra
Novamente me diga o que é a vida

Pelo amor de Deus, Pelo amor de Deus,
Pelo amor de Deus, Pelo amor de Deus,

Por favor me diga agora o que é a vida
Por favor me diga agora o que é o amor
Ora, me diga agora o que é a guerra
Novamente me diga o que é a vida

Pelo amor de Deus, Pelo amor de Deus,
Pelo amor de Deus, Pelo amor de Deus,

Ele deu sua vida por nós, ele caiu perante a cruz
Para morrer por todos aqueles que nunca lamentaram sua perda
Não fomos destinados a sentirmos tal dor novamente
Me diga porque, me diga porque

25 de abr. de 2007

Jogos eletrônicos e violência

Algum tempo atrás escrevi um artigo sobre esse assunto para uma coluna antiga em um velho site. Mas como fui incapaz de achar este artigo, e levando em conta que a mídia como um todo, bem como o mundo, mudou de lá para cá, resolvi fazer uma reciclagem sobre o tema. Após muita leitura, eis que cheguei a conclusão que já mantinha sustentada anteriormente. Jogos eletrônicos violentos não induzem a violência, nem podem causar de forma linear a violência social, problema que assola nosso mundo.

Alguns pontos chaves levantados em minha pesquisa sugerem essa conclusão, passo agora a analisar cada um deles. Não pretendo com isso fechar completamente essa discussão, nem de forma alguma afirmar que meu conhecimento possa ser comparado ao de um psicólogo, psiquiatra ou qualquer forma de profissional que se dedica inteiramente a esse assunto ou seus relacionados. Estou escrevendo este pequeno texto como se eu fosse uma ponte. Uma ponte entre os adolescentes, que jogam tais jogos, e esses profissionais, que foram criados em diferentes épocas, diversas daquela do público que esta mídia (jogos eletrônicos) alcança. Eu sou da "geração do meio". Aquela que jogou quando criança, e joga agora, e no entanto está com a mente evoluída o suficiente para encarar criticamente tal assunto.

Primeiramente, vamos analisar exatamente o conceito de gerações. A geração "assolada pela terrível praga dos jogos eletrônicos violentos" está definindo seu futuro a cada instante. Nossas crianças e adolescentes simplesmente estão escrevendo sua própria história, enquanto que aqueles que criticam tais diversões eletrônicas geralmente passaram por uma geração que não se viu no meio dessa revolução da mídia. Como podem pessoas que nunca tiveram contato com esse meio analisar criticamente esta situação? Com podem saber os efeitos destes jogos na mente dos que os jogam se nunca foram expostos? Nem são capazes na verdade de analisar esta situação, pois reduzem os jogos ao que subjetivamente acham ser a "correta maneira de se aproveitar o tempo de uma criança" como cheguei a ler em um artigo. O futuro muda senhores, e com ele, comportamentos e paradigmas. Para analisar esta realidade, é necessário mais do que apenas estudos e opiniões individuais baseadas na realidade que se tem como padrão. É necessário imergir nesta realidade com imparcialidade e maleabilidade, abrir a mente. Então, considero tais noções, subjetivas e vazias, inúteis. Perdoem-me os psicólogos, psiquiatras, analistas, políticos, moralistas, mães e pais, protetores das crianças e adolescentes em geral, e seus afins. Sua opinião neste assunto é irrelevante.

Agora, outro aspecto. O conceito de violência. Violência está em todo lugar, faz parte, tanto da natureza humana como da cultura popular. Quer ter uma amostra de violência pura, estude história. Nosso passado foi escrito a ferro e fogo, e sangue. Um tapinha na bunda de seu filho pode ser considerado violência, assim como adentrar uma sala de aula com uma automática vitimando indiscriminadamente. O fato é que violência é muito mais uma "muleta" para descrever atos repulsivos aos olhos da maioria do que um conceito definido. Além disso, as fronteiras de significado de palavras e atos vivem mudando, mudam com a própria evolução da raça humana. Basta notar que cumprimento meus amigos hoje com um aperto de mão quase absurdamente forte, e que quanto maior o "estalo" proviniente do choque das mãos, maior o apreço tido com o indivíduo. Tome em conta que chamo jocosamente alguns de meus melhores amigos de "lixo", e nem por isso sou considerado menos por eles. Pelo contrário. Então, "mandar chumbo" em alguns dos meus melhores amigos virtualmente pela Internet seria o ultimato da violência, afinal, quando a mensagem "Você matou com um tiro na cabeça com a Colt 47 em uma distância de 47 metros", eu teria perdido a amizade... Ou no mínimo esperaria uma vingança, e isso não ocorre.

Agora chego no terceiro ponto. Até que ponto ambientes simulados podem afetar o desenvolvimento psíquico dos jovens e adultos? Em um brilhante texto, uma psicóloga explica que na verdade ambientes simulados trazem muito mais vantagens que desvantagens. As complicações aparecem quando o comportamento dos jogos é refletido na realidade. Ela atribui diretamente ao ambiente real da criança a capacidade ou não de ser influenciada por um ambiente simulado como jogos eletrônicos. A família e o círculo social são os "espelhos" de uma jovem mente. E se tais espelhos não fornecem de forma satisfatória um modelo, aí sim a criança PODE vir a externar atos do ambiente simulado na vida real. Isso aconteceria muito cedo na verdade, na formação da criança, ainda mais hoje em dia, quando tais jovens estão muito mais cedo expostos a todo tipo de informação do mundo adulto. Cito.

“A criança emocionalmente saudável brinca com o jogo por um tempo, mas logo se cansa. Os jogos não interferem na sua vida real nem nos seus compromissos com a família, com a escola e com os amiguinhos. Para estas crianças é apenas um jogo, que até pode estimular determinadas brincadeiras, mas nada além disso. Crianças que se tornam viciadas em jogos eletrônicos revelam que algo não vai bem com elas, pois são impacientes, ansiosas e buscam no jogo uma satisfação que não tem dentro de si mesmas” (Olga Tessari)


Então não é o JOGO o problema. Ele apenas revela que algo está errado com aquela pessoa. Isto me remete diretamente ao próximo ponto.

A indústria da mídia aposta pesado na violência. Ela está presente nos filmes, jogos, diversões em geral, esportes, notícias. O que chama a atenção vende, e o que vende é produzido, não temos como fugir disso. De algum tempo para cá, as formas de acesso ao entretenimento, bem como a faixa etária exposta ao mesmo mudaram. As crianças e jovens cada vez mais cedo tem acesso a tais mídias, pela Internet, TV, plataformas de entretenimento (vídeo-games), etc. A violência está em tudo, e nem sempre uma crítica acompanha ela, como uma lição de moral dos antigos contos de fadas nos quais a bruxa envenena a princesa, ou o lobo come a vovozinha. Na verdade, mesmo os mais infantis desenhos e séries possuem traços de violência. Tomo como exemplo "Tom e Jerry", em que pauladas e dor são mostrados sem parar. Mesmo o "Chaves", tão querido, apresenta espancamento de crianças e violência em vários aspectos. O fato é, não tem como fugir disso, nem como envolver os pequenos seres humanos em um escudo contra tais informações. De fato, isso teria na verdade um efeito destrutivo, pois isolaria e provocaria mais desilusão quando enfrentar a realidade fosse necessário.

Segundo o presidente da Abrinq, Sinésio Batista:

A arma de brinquedo não prejudica ninguém, pois a criança brinca com o imaginário, com o lúdico, sendo que a violência não faria parte desse contexto. Ninguém é bandido por isso. É só uma forma de extravasar a violência. Se alguém quer ser contra que seja contra os filmes com aquelas armas loucas que as crianças tanto gostam. Segundo pesquisa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), entrevistas feitas no antigo complexo penitenciário do Carandiru com os presos de maior periculosidade, nenhum afirmou brincar com armas de brinquedo quando criança. Mesmo assim, já faz anos que a Abrinq não fabrica mais esse tipo de brinquedo. “Nós tiramos de linha porque foi tanto problema na imprensa isso”.

Agora, continuando com uma citação da Olga (adorei essa mulher):

A psicóloga Olga Tessari corrobora a tese de que os jogos, em geral, têm essa função de descarregar as energias armazenadas, além de estimular o raciocínio, a criatividade, a atenção, a memória, a coordenação motora fina e a estratégia. “Antigamente as crianças brincavam entre si com lutas, espadas improvisadas, corridas, mocinho e bandido ao vivo, na rua com coleguinhas. Como hoje em dia o espaço para as brincadeiras com coleguinhas tem se limitado cada vez mais, a criança busca no jogo uma alternativa para estas brincadeiras e para ‘descarregar’ a sua energia típica”, opina.

Segundo a psicóloga, os jogos eletrônicos não levam o ser humano, independente de ser uma criança ou um adulto, a praticar um crime algum dia, o mesmo vale para aqueles que nunca jogaram, que podem, um dia, fazer algum ato que atente contra a humanidade. Isso porque, como ela destaca, trata-se de uma questão de valores éticos e morais formados pela família ou pelo meio no qual a pessoa está inserida.

“O que pode acontecer, com a prática indiscriminada dos jogos eletrônicos aliado ao sensacionalismo televisivo e à falta de valores da família, é a banalização da violência, pois as pessoas passariam a encará-la de uma forma comum, tornando-se menos sensíveis a situações que antes causavam indignação ou constrangimento. Mas, para que isto ocorra, é preciso que a criança esteja no seio de uma família onde os valores éticos e morais não sejam bem definidos ou o relacionamento familiar não seja coeso”, finaliza a psicóloga.
Por outro lado, me deparei com artigos ridículos, falando sobre "dessensibilização", sobre a origem dos jogos como sendo "a partir de treinamentos para soldados". Até estava ficando assustado com o artigo, até ler esse trecho:

Em minhas palestras contra TV, jogos eletrônicos e computadores na educação, muitas vezes me perguntam: se a influência da TV e dos jogos eletrônicos é tão maléfica por que não ocorrem muito mais casos de assassínios como, por exemplo, o da escola Columbine, da cidade de Littleton, que foi objeto de documentário cinematográfico? Nesse caso, os dois jovens assassinos e suicidas claramente prepararam-se treinando em jogos eletrônicos. Minha explicação é que a educação e uma resistência natural à agressividade ainda devem ser as responsáveis pela contenção do condicionamento feito pelos jogos violentos. Isto é, ainda bem que o ser humano tem uma relativa proteção contra ser violento; mas, certamente, a TV e os jogos produzem um aumento na agressividade, como já foi provado em experimentos cientificamente controlados.

Contra TV, jogos eletrônicos e computadores?! Minha nossa, e o artigo deste cara está na Internet, ele deve ser um hermitão. Está cientificamente comprovado o CONTRÁRIO. Que o ser humano, primitivamente e primordialmente, como todo animal, tem tendências violentas (vide primeiros parágrafos, história humana), e na verdade é a SOCIEDADE, a FAMÍLIA e os tão aclamados FREIOS INIBITÓRIOS que nos tornam capazes de refrear tais instintos, e não lutar por comida ou parceiros sexuais (apesar que se hoje em dia você sair em uma boate vai notar que basta um pouco de bebida para estes "freios" sumirem e o macharedo se atracar no laço por mulher). A violência sempre existiu e sempre vai existir, mil vezes "soltar" esse perigoso sentimento em um ambiente virtual até cansar, do que sair concretizando isto na realidade. Cito Disturbed (pela enésima vez) em uma música sobre a qual o vocalista e compositor comenta que acha mil vezes melhor, e necessário, que seus fãs venham aos shows, gritar como loucos e extravasar esta violência, do que sair se espancando.







LetraTradução

Bring the violence
It's significant
To the life
If you've ever known anyone
Bring the violence
It's significant
To the life
Can you feel it?

How do you sleep
When you live with your lies
Out of your mouth
Up from your mind
That kind of thinking
Starts a chain reaction
You are a time bomb ticking away
You need to release
What you're feeling inside
Let out the beast
That you're trying to hide
Step right up and be a part of the action
Get your game face on
Because it's time to play
You're pushing and fighting your way
You're ripping it up

How do you live without playing the game
Sit on the side and expect to keep sane
Step right up and be a part of the action
Come get a piece of it before it's too late
Take a look around
You can't deny what you see
Were living in a violent society
Well my brother let me show you a better way
Now get your game face on because it's time to play
You're pushing and fighting your way you're ripping it up

So tell me what am I supposed to be
Another godamn drone
Tell me what am I supposed to be
Should I leave it on the inside
Should I get ready to play

You're pushing and fighting your way
You're ripping it up

Traga a violência
É significante
Para a vida
Se você algum dia conhecer alguem
Traga a violencia
É significante
Para a vida
Vôce esta sentindo??

Como você pode dormir
Quando vive com as suas mentiras
Saindo da sua boca
Entrando na sua mente
Esse tipo de coisa
Gera uma reação em cadeia
Você é uma bomba relógio pronta
Você precisa soltar
o que esta sentindo
Deixe sair a besta
que você tenta esconder
De um passo a frente e faça parte da ação
Encarne seu personagem no jogo
pois é hora de jogar
Você esta resistindo, lutando do seu jeito
Você esta rasgando isto

Como você vive sem jogar o jogo
Sentado ao lado e esperando ficar bem
Venha e faça parte da ação
Pegue um pouco antes que seja tarde
Olhe em volta
Não pode negar o que vê
Vivemos em uma sociedade violenta
Mano, deixa te mostrar um jeito melhor
Encarne seu personagem pois esta na hora de jogar
Você esta resistindo, lutando do seu jeito, rasgando isto

Então me diga o que devo ser?
Outro maldito submisso?
Me diga o que devo ser?
Devo deixar isso tudo dentro de mim?
Ou ficar pronto para jogar?

Você está resistindo e lutando a sua maneira
Você está rasgando isso

Agora, o último aspecto. O que este tipo de jogo pode trazer de bom? Vou enumerar para não me perder:

  1. Melhora coordenação motora fina.
  2. Melhora a visão espacial, noção de espaço.
  3. Cria ligações sinápticas, melhora o raciocínio.
  4. Força o cérebro, ativando áreas que cuidam da lógica, estratégia e visão.
  5. Cria relações sociais (clãs, times, parcerias).
  6. É uma diversão segura.
  7. Estimula seguir regras e obedecer limites.
  8. Estimula a curiosidade.
  9. Permite explorar ambientes distantes, permite experiências diversas.
  10. Estimula o aprendizado, leitura, novas línguas.
Vou parar por aqui. Acho que provei meu ponto.

Alguém tá afim de jogar?

10 de abr. de 2007

Um sonhador realista

Sempre me considerei um cara sonhador, algumas vezes distante, outras até meio desconexo e viajante. Mas, mesmo tendo esse espírito livre e desbravador (no que se refere aos limites de pensamento e filosofia) sempre fui um cara realista. Acho que uma simples evolução de pensamento, ou mesmo uma jornada, que com o tempo aperfeiçoa o viajante é a explicação mais concreta para essa mudança. Não há nada de errado em se sonhar, o problema nem é viver o sonho, é viver uma ilusão.

Nossa mente é facilmente enganada por estímulos dos mais diversos, tais como sons, cheiros, imagens. Destes estímulos reunidos resulta algo ainda mais intoxicante, sentimentos. Esses sentimentos levam a uma percepção distorcida, uma confortante mistura de realidade e do que a nossa mente acredita ser real. Desse sentimento brotam outros, e numa sequência, acreditamos, e por vezes vivemos tal realidade alternativa. Tamanho é o poder dessa percepção diferenciada e equivocada, que podemos recusar a verdade, confrontar conceitos antes tidos como certos, abandonar amigos, família e crenças, tudo para suprir a necessidade de acreditar naquilo.

Alguns se vêem livres desta sina mais cedo, outros, como eu, levam mais tempo para aprender as lições. O fato é que a maioria das pessoas que chega realmente a se enquadrar no conceito fundamental de "adulto" já passou por essa fase. Mais decididos e realistas, fica mais fácil enfrentar o mundo com graça e atitudes, ao invés de revolta e desespero. Quando aprendemos a ficar frente a frente com a dura realidade, tirar sarro dela, e até mesmo vivê-la sem mentiras, o mundo se abre. Perdemos uma parte da inocência que nos mantia cativos, e passamos a ter consciência do que as outras pessoas pensam, e até que ponto o pensar delas pode nos influenciar.

Quando encontramos a realidade, aquela da qual muitos fogem, de que é difícil, não simples, de que é de lutas que se fazem as vitórias e de que conhecimento pode te salvar, tudo fica mais real, mais sólido, plausível, aceitável. Se vivemos num mundo de mentiras e ilusões, pode-se jogar fora uma vida, e todo o potencial que uma mente pode dar ao mundo. Um eterno sonhador não passa de um inútil social. Além disso, da ilusão vem o desespero. O desepero de perceber a realidade, seja por nós mesmos ou atingidos por ela como uma bala penetrando nossa alma. Deste desespero vem a depressão, o mal do século.

Não estou dizendo que não devemos sonhar. Apenas reitero que temos que viver a vida sob uma ótica mais realista, para nos mantermos vivos diante dos desafios que a dura e cruel realidade reserva. Devemos encarar as derrotas, fechar as feridas e manter as defesas sempre vivas. Se falhamos em fazer isso, as decepções tornam-se insuportáveis, as desilusões são dolorosas demais, e acabamos sendo derrotados por nossa própria incapacidade de nos levantar diante de uma queda.

Vejam bem, não devemos ficar distantes, frios, calculistas ou usar sarcasmo ao lidar com as coisas boas da vida como o amor, a amizade e a felicidade das coisas simples. Apenas digo para manter uma sustentação constante e um pé firme atrás para aguentar qualquer queda e poder levantar para curtir essas mesmas coisas novamente. Não ficar sentado esperando tudo se resolver, enquanto amarguramos uma queda, derrota, traição ou sentimento de culpa, dor emocional ou arrependimento é essencial para continuarmos vivendo.


O otimista diz que o copo está meio cheio
O pessimista diz que ele está meio vazio
O realista diz que está pela metade
O informata pergunta PORQUE DIABOS O COPO TEM QUE SER DUAS VEZES MAIOR DO QUE PRECISA!?

29 de mar. de 2007

Brasileiros, educação e netiquette

Não querendo copiar o post do Caio, quero falar um pouco sobre o mesmo assunto. Recentemente notei que o problema não é o BRASIL, mas sim, os BRASILEIROS. A parte que se revela de nosso povo na Internet e até mesmo fora dela se prova mal educada, egocêntrica e dotada de um patriotismo distorcido para a forma "pizza". Talvez o motivo seja nosso sistema de educação deficitário, talvez seja a impunidade, talvez seja apenas genética ou mesmo tradição. O fato é que o brasileiro tenta tirar vantagem em tudo. Qualquer coisa merece aquele toque, aquele "jeitinho", que nada mais é do que sacanear todo mundo para ter algum lucro. Tudo que o brasileiro faz pode acabar em pizza, desde um assassinato, como o do índio Pataxó em Brasília, até uma CPI. O brasileiro é capaz de tornar um assunto de extrema importância uma piada internacional, como quando o Lula disse que o Putin (russo) ficou "putin" com o Brasil, ou quando nossa Ministra da Igualdade Social mencionou que "o racismo dos negros para com os brancos é algo normal, até natural".

A internet nos traz diversas vantagens, e algumas desvantagens, uma delas é ter uma visão mais ampla do que acontece ao redor do mundo, tendo opíniões de quem mora lá, de quem trabalha lá fora, de quem está muito longe para a gente conversar num bar. Infelizmente, essa visão ampliada na maioria das vezes me entristece, pois sou inegavelmente levado a comparar o exterior com o nosso Brasil, e me entristece notar que somos uma piada internacional, talvez por não levarmos nem a sério o que acontece aqui dentro mesmo. É só olhar o filme "Turistas". É claro que não sou a favor de roubar órgãos de ninguém, mas que a atitude de se rebelar e tomar de volta um pouco do que nos tiram é uma filosofia interessante. Exportamos conhecimento, e compramos de volta tecnologia, exportamos matéria prima barata para comprar industrializados caros. É triste. E tem gente contra o filme, vai reduzir o turismo... Tomara que reduza, menos estatística policial. Tá doido, leiam o post do Caio Verídico apontado acima para ter mais informações.

É uma tamanha falta de educação, que os 11% de nosso povo que tem acesso a Internet conseguem ser chamados de "praga brasileira", tomando conta de serviços, levando eles a falência e obrigando atitudes de restrição que englobam todo o povo. Enquanto isso, uma puta que deu pro namorado numa praia da espanha faz com que nossa "justiça" queira forçar um site internacional a tirar seu vídeo ridículo da Internet. Só podia ser uma brasileira.

Hoje mesmo, me vi forçado a deixar a lista "gentoo-user-br", lista de email dos usuários do meu Sistema Operacional Linux Gentoo em português. Motivo: alguns brasileiros legítimos que se recusam a seguir normas simples de envio de emails para listas. O famoso top post. Eu participo de várias listas, na maioria internacionais, idioma inglês, e na maioria absoluta delas, se você faz top post, é advertido. Na lista em português, foi DISCUTIDO sobre o top post. Credo, chega a ser ridículo. Para melhorar, querem mandar emails para a lista em HTML, fazendo uma GOSMA chegar na minha caixa de entrada. E eu sustentando a netiquette, "Network Etiquette". Perdi a discussão. Enquanto isso, na lista em inglês análoga "gentoo-user", quem faz top post é advertido e orientado a não fazê-lo. Brasileiro tem que ser diferente. Tem que ler de trás prá frente e postar negrito, sublinhado, itálico, para ferrar com meu visualizador de email e gerar mais tráfego.

Já ferraram com o Orkut, que ficou um lixo, e tende a piorar, por causa dos brasileiros. Bloquearam o envio automático de scraps colocando uma imagem de autenticação, agora enviam testimonials de spam. E pior que tá cheio de gente infectado com vírus. Computador de brasileiro é nicho de vírus, se eu fosse espalhar um hoje, começaria em São Paulo, sem dúvida. É triste. Ferraram com meu jogo online de Golf também, o PangyaBR morreu lenta e dolorasamente nas mãos de brasileiros de estirpe usando cheats e tirando sarro dos jogadores honestos. Ultima online foi obrigada a colocar filtros de IP contra os brasileiros, que eram uma praga. Não dá prá jogar CounterStrike mais pois servidores nacionais (mais rápidos) estão atolados em cheaters.

Quase dá vontade de desistir...

Mas como diria o Babado Novo (sucesso do carnaval):

Vai vai vai fica aqui meu avião
Vem vem vem que o Brasil não tem vulcão
Vai vai vai suba aqui na minha moto
Vem vem vem que aqui não tem terremoto

Só tem um monte de gente idiota e mal educada...

PS: Desculpas honestas aos poucos brasileiros que tem educação, e usam ela.

22 de mar. de 2007

Serviços especiais

Eu sou um comodista, confesso.

Atualmente estamos na época do consumismo. Basicamente, tudo que pode-se querer está à venda (por favor, me refiro a bens materiais, não me venham com o blablablá de que dinheiro não traz felicidade). Sendo assim, somos um alvo. Uma espécie de meta para todos os empresários, empreendedores e em geral qualquer pessoa que venda algo.

Sendo alvos, temos que ser atraídos, e aí entra a concorrência. Essa competição pelo nosso dinheiro melhora os serviços, moderniza as instalações, ajuda quem trabalha duro e bem e pune impiedosamente quem não dá atenção para o fato de que nós, os clientes, os consumidores, somos a verdadeira missão deles.

Vou citar alguns exemplos, retirados da minha opinião pessoal. Eu até poderia citar os nomes das empresas, restaurantes, lancherias, mas não creio que seja uma boa idéia, visto a quantidade de litígios resultantes de coisa muito menor.

Resolvi ir jantar, acompanhado, em um restaurante aqui de Santo Ângelo. Depois de uma breve olhada no cardápio pedimos uma pizza, meia calabresa, meia bacon, e esperamos. Mas esperamos MESMO, demorou quase uma HORA para vir a tal da pizza. Eu, como conhecedor do bacon que sou, quando o garçom estava a mais de 3 metros já pensei "mas essa pizza, ou tem bacon estragado, ou não é bacon". Suspeitas confirmadas assim que a dita cuja aterrisou na mesa, nem deixei o garçom ir embora, transcrição fiel do diálogo que se seguiu:

Eu: "Cara, essa não foi a pizza que eu pedi, eu pedi bacon".
Garçom: "Senhor, essa pizza é de bacon".
Eu: "Não, essa pizza é de BRÓCOLIS".
Garçom: "Senhor, a pizza tem brócolis por cima, mas é de bacon".
Eu: "Cara, se a pizza tivesse brócolis, eu não teria pedido, no cardápio constam os ingredientes, e eu não vi brócolis na pizza de bacon".

Ele então pega a espátula, triunfante, e espreme uma das coisas verdes na pizza, para provar que era bacon. Quando aquela coisa verde pastosa foi esmagada e ele percebeu a furada, a conversa mudou de sentido:

Garçom: "Senhor, desculpe, deve ter havido algum engano, eu vou verificar".

Exatamente 10 MINUTOS depois, ele voltou, pedindo desculpas, dizendo que havia ocorrido um engano na cozinha, e trazendo a pizza verdadeira. Em 10 MINUTOS, quero dizer, qual foi o motivo de eu ter esperado quase uma hora antes, se em 10 minutos eles fizeram a minha pizza quando se deram conta da cagada feita?

De qualquer modo, tinha tomado tanta coca-cola que nem com fome mais estava, comi aquela pizza (que aliás nem era boa) e fomos embora.

Outra ocasião, restaurante diferente. Chegamos por volta das 23h, convenci meu amigo a pedir um prato diferente, mas muito bom, que eu havia provado anteriormente. O restaurante estava meio cheio, então já esperava que demorasse pelo menos uma meia hora, tranquilo. Quando passou de uma hora, chamamos o garçom, pedindo o motivo da demora:

Garçom: "Ah, mas esse prato demora mesmo".
Eu: "Cara, já pedi esse prato, e não demorou tanto assim, e o restaurante estava igualmente cheio".
Garçom: "Vou verificar senhor".

15 minutos depois, chamamos ele novamente, ele vem explicando que houve um engano na fila de pedidos da cozinha, que em 10 minutos estaria pronto. Engano na fila?! Por favor, todos que haviam chegado depois de nós estavam comendo, e a gente ali, plantado. Novamente, não aguentava mais refrigerante. Quando cravou 10 minutos do prazo dele no relógio, levantamos, pedimos para ele riscar da ficha nosso pedido, e fomos embora. O cara ainda teve a coragem de, na fila para pagar, nos chamar dizendo que tinha ficado pronto. Quase uma hora e meia. Convenhamos.

Agora, eu volta e meia ligo para tele-entregas, não toda noite, mas pelo menos duas vezes por semana. Sempre ligava para o mesmo lugar, até que um dia, o entregador começou a me pedir que descesse para pegar o pedido. Tudo bem, não sou tão preguiçoso assim. Pagava e pronto. Até que um dia ele disse que havia aumentado o preço, 1 real a mais... OK, as coisas podem aumentar, eventualmente. Quando liguei novamente, resolvi perguntar QUANTO custaria. 3 reais a menos do que o entregador me cobrava. Que sacanagem. Nem falei do cara, simplesmente cancelei o pedido. Quer dizer, a cada entrega, o entregador puxava 2 reais a mais, e ele ainda ficou ganancioso, começou a cobrar 3 a mais. Empresários, escolham bem seus prepostos.

Bom, mas nem tudo é tão ruim. Liguei para um restaurante, pedi um item do cardápio de tele-entrega. Meia hora depois, o entregador subiu, entregou a comida em perfeito estado, e perguntou se eu queria pagar em dinheiro ou cartão. Tirei o cartão, ele pegou uma máquina Visa Electron sem fio, por celular, passou, digitei a senha, saiu o comprovante, e fiquei com dinheiro na carteira. Que eficiência, sem igual, esses sem dúvida ficam no topo da minha lista.

Outro dia, liguei para uma lancheria, pedindo o mesmo lanche que aquele entregador safado entregava. O atendimento me surpreendeu:

Atendente: "Tele entrega XXX, o que deseja".
Eu: "Quero o lanche tal, mais uma coca 600ml".
Atendente: "Seu endereço senhor".
Eu: "Tal rua, tal número, tal AP".
Atendente: "Em frente a tal lugar?".
Eu: "Sim."
Atendente: "São tantos reais senhor, e seu lanche chega no intervalo de meia hora a 40 minutos, mais alguma coisa?".
Eu: "Não, obrigado".
Atendente: "Eu que agradeço, tenha uma boa noite e bom apetite".

A ligação durou em torno de 30 segundos. Poderia ter ligado do celular sem gastar quase nada. Eficiência nota dez, ótimo preço, entregaram rápido, troco, tudo perfeito. A comida aliás era ótima também.

Um dia desses vou lançar um serviço de tele-conserto de computadores. Por telefone ou atendimento a domicílio. Vai que dá certo!

20 de mar. de 2007

Descartável

Estava analisando ultimamente como tudo se tornou descartável.

Tudo hoje em dia é descartável, a gente usa por um tempo, depois enjoa e joga fora. É como se os gostos mudassem de tal forma que nada mais perdura na mente das pessoas. É como se a cultura em si fosse feita para durar pouco. Não existem mais valores, pensamentos ou filosofias que durem, que fiquem, que continuem sustentadas e vivas. Parece que as pessoas perderam o sentido de viver e agora ficam o tempo todo procurando, sem nunca achar, e tentando novamente, seguindo a maré.

Eu já falei uma vez sobre opiniões, e sobre como ter opiniões fortes, sustentadas por argumentos, pode dar sentido à vida e completar a existência de alguém. Mas parece que o mundo não concorda comigo, ou ao menos o Brasil não... Seguimos a tendência do momento, apenas até encontrar a próxima. É um modismo tal que, se eu fosse um pouco mais fútil, me sentiria "por fora". Parece que ninguém mais sustenta uma opinião, todos são levados pelo consenso da massa, se juntando nessa maré suja de novidades fúteis e sem sentido.

O melhor exemplo disso é o tal do Big Brother Brasil. Esse programa é simplesmente uma das coisas mais inúteis que existe no mundo, e no entanto é um dos programas de maior audiência da TV brasileira. Entretenimento burro, é isso que vemos todos os dias, pregando modismos e frases feitas, sem a mínima polpa, sem conteúdo, vazios e sem sentido. E no entanto se infiltrando em todos os ramos, em todas as classes. Zorra Total, BBB, todas pequenas formas de controle, capazes de formar opiniões e dirigir a massa faminta por novidades, por ter o que conversar. Eles decoram nomes, geram polêmica. É a política do pão e circo funcionando. Enquanto o Lula alimenta os miseráveis, a mídia enfraquece as mentes com hiperdoses de entretenimento fútil, descartável e diria até "enburrecedor".

Música é descartável, é só olhar o Carnaval. Você ainda lembra da "Macarena", lembra daquele palhaço, o "Tiririca"? Alguém lembra do que tocava ano passado? Claro que não. Literatura é descartável, alguém ainda comenta o "Código DaVinci"? Nosso mundo foi invadido por cultura temporária esporádica sem bases para durar mais do que alguns meses.

Foi-se a época do "Astronauta de Mármore", de "Sad But True", foi-se o tempo de conversar sobre filosofia, política, ética. Foi-se o tempo de sentar num bar, beber e compartilhar opiniões inflamadas pelo porre. Não se acampa, não se aventura, tudo é uma pequena mentira dentro de outra, e nada dura. Não se constrói mais lembranças como fazíamos antes. Trocam amigos, trocam cidades, e nada fica.

Eu lembro, guardei com carinho lembranças das mais diversas, e mesmo que eu esqueça, alguém que estava lá acaba me lembrando. Acho que ainda não troquei meus amigos. Quem sabe estou ficando saudosista conforme fico mais velho, e as coisas do passado começam a ter mais valor. Talvez seja por isso que nossa memória se deteriora com o tempo. É para cobrar o preço por estarmos sempre tão ligados ao presente, e não nos importarmos com o que a vida nos presenteou algum tempo atrás.