Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

13 de out. de 2011

Mais um screenshot de banda...

Eu tenho o costume de postar screenshots da minha banda sendo usada, talvez pois conheça pouquíssima gente que consegue essas velocidades... Um pitada de orgulho pessoal pela minha configuração...


12 de out. de 2011

Terra Nova

Nova série de TV que mistura temas futurísticos com um "Jurassic Park" para mostrar uma família cheia de problemas que se muda do ano 2145 (ou algo que o valha) pra 85 milhões de anos antes, no tempo dos dinossauros, para colonizar e começar uma vida nova.

Básico enlatado hollywoodiano. Uma mãe, um pai e 3 crianças. O pai é um ex-condenado que faz parte da segurança, a mãe é médica e cientista, o filho é um rebelde sem causa, a filha é um gênio e a outra filha é inocente por ser muito pequena.

Agora, o grande erro, eles não deixaram perguntas o suficientes, no final do episódio duplo, em poucas frases, muita coisa se revela. Eles não estao em um fluxo temporal diferente, eles não estão sozinhos, o filho do comandante geral de Terra Nova é um cientista que descobriu tudo (que eles estão tentando mudar o futuro e conquistar o planeta no futuro) e a gênai da família vai obviamente também descobrir isso, e talvez achar um romance nele. O rebelde conhece uma rebelde que provavelmente é um agente infiltrado em Terra Nova dos "Sextos" e BEM no final é possível que a família inteira se mude para os "Sextos".

Ao contrário de Lost que escondeu seus segredos até o fim, permitindo especulação, me parece que os escritores tem duas escolhas agora. Ou eles fazem um spin total e mudam tudo de rumo, ou ficou previsível demais, sem chance para especular o suficiente para virar um hit, viral como Lost. Também não tem continuidade sem ter a experiência de Dexter por exemplo. Falta um personagem icônico como House ou um tema infinito, como CSI.

Mas, sou um fã de efeitos especiais e curto uma ficção científica, então vou continuar olhando. Quem sabe me provo errado. Ou não. Previsões são melhores quando escritas, tá tarde e eu tô com insônia e uma irritação muito ruim na garganta.

7 de out. de 2011

AdBlock

Hoje a maioria dos aplicativos ou serviços gratuitos existentes sobrevivem de anúncios. Eles colocam anúncios em seu aplicativo ou serviço e os anunciantes pagam por isso, tornando o desenvolvimento rentável sem cobrar diretamente dos usuários. Geralmente o mesmo serviço ou aplicativo está disponível, sem propaganda, pago.

O problema é que é demais. É muito anúncio. Metade da página! Basta acessar o Terra ou qualquer outro site de provedor para notar que é horrível. A tela poluída, a banda gasta e a piscação. Isso quando não resolvem colocar SOM nos anúncios, e agora ainda virou moda o anúncio ser um "popup" DHTML/Flash com um botão de fechar, para evitar os bloqueadores de popups que já são muito populares.

Por isso instalo, em todos os navegadores que uso, o AdBlock Plus, me inscrevo na lista EasyList, instalo o Element Hiding Helper também, e sou muito feliz com uma navegação bem menos poluída. Tanto que quando sou obrigado a usar um browser "desprotegido" fico perdido no meio da propaganda, tendo que rolar páginas e páginas de bobagem (sinceramente, alguém clica nesses anúncios?).

Vejam bem, não sou contra quem usa esses anúncios, mas prefiro pagar por um serviço que aguentar a propaganda. Convenhamos, já temos propaganda demais nas nossas vidas, cada dia, quando vou sair do trabalho para casa tenho que tirar uma propaganda do para-brisa do carro. Minha caixa de correio do prédio vive sendo inundada com folhetos, quando ando na rua tem outdoors por todo lado, agora multimídia ainda, para emitir ainda mais luz. Quero minha navegação sem ads! Ou me cobrem por isso!

Agora o desenvolvedor do AdBlock não está cobrando, mas PEDINDO uma colaboração, eu doei (doar não é a palavra certa, já que o cara faz um ótimo trabalho) 10 doletas. É um nada, mas ajuda bastante. Ele me mandou um email agradecendo minha contribuição e contando como a maioria dos usuários não se dão o trabalho de doar 5 dólares para ele. Coisa triste. Se continuar desse jeito, o cara vai parar de produzir ou atualizar o aplicativo e minha navegação vai virar uma vitrine de loja novamente.

Não deixem isso acontecer! Usem o AdBlock, e doem para o Michael Gundlach, ele merece!

5 de out. de 2011

Decisões, centrismo, extremismo e a "grande pintura"

Toda decisão que tomamos afeta as pessoas ao redor. Mesmo que seja insignificante. Estamos todos conectados, ligados por uma rede de dependência mútua complexa e muitas vezes invisível.

Quando decidimos algo, temos que pensar no resto do mundo, claro que se formos analisar individualmente todas as nossas decisões, antes de dar um passo teríamos 10 minutos de meditação, mas como isso não é possível, podemos facilmente generalizar o "resto do mundo" como quem está imediatamente ao nosso redor.

Esta reflexão antes de agir me acompanha nos últimos anos, e muita indignação vem do fato de notar que a maioria absoluta das pessoas não faz isso. Como podem viver, tomar decisões e empurrar as consequẽncias para o resto do mundo sem levar em conta a empatia natural do ser humano?

Um exemplo disso é o trânsito. Atravancar a via para falar com um amigo, atravessar a preferencial vendo um motorista na preferência se aproximando, cortar a frente, frear ou acelerar bruscamente o veículo, sem se importar com seu caroneiro, com os motoristas e passageiros dos outros veículos.

Outro exemplo são nossas atitudes no trabalho. Como podemos viver sem a empatia com a condição humana? Isso reflete em nosso desempenho pessoal, ainda mais se nosso trabalho envolve contato direto com o público em geral.

Notamos isso também na família. Como podemos tomar uma decisão sem perceber se isso afetará negativamente nossos familiares e amigos?

Um dos grandes problemas da humanidade hoje é o centrismo. Ele gera as religiões (centrado em algo superior a nós, mas somos sua imagem e semelhança, reencarnação, espiritismo), gera as guerras (centradas em um país, em uma região), gera os acidentes (centrados na pressa pessoal, em detrimento da segurança geral), gera as brigas (quando não podemos dar o braço a torcer, mesmo que não nos custe nada).

Temos que nos concentrar na "grande pintura". O quadro geral envolvendo nossas ações e suas consequências e reflexos no resto do mundo. A vida melhora quando decidimos nos dedicar mais ao todo que ao individual.

Para que isso ocorra, é necessário entender a beleza do "cinza", nas palavras da banda Live. É entender que o extremismo sem razão, o fundamentalismo e os dogmas devem ser derrubados em favor da tolerância, da mente aberta, ainda que acreditemos numa verdade, ou ao menos da busca pela verdade, que no meu caso envolve a ciência, o conhecimento e a busca constante, sem medo de errar, mas sem ceder ao pseudoconhecimento e mentiras.