Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

29 de dez. de 2014

Há navegadores por todos os lados

Há navegadores por todos os lados
Há navegadores em tudo que eu vejo

Navegadores são uma boa parte da minha vida online. Na verdade é o primeiro aplicativo a ser aberto no meu computador, tanto em casa quanto no trabalho. Os sistemas estão cada vez mais migrando para a web, não há volta. Mas os navegadores não foram criados para serem esse "Jack of all trades" que estão fazendo com eles. Eles foram feitos, simplesmente, para interpretar texto e renderizar ele em um formato legível.

Mas os tempos mudam, os navegadores tiveram que se adaptar, e no final das contas, hoje são extremamente complexos e complicados.

Além dos naturais padrões que evoluem e levam a novas versões, os navegadores hoje possuem extensões, são aplicativos especiais que aumentam as funcionalidades e capacidades do navegador. Eles podem auxiliar o navegador ao se comunicarem com outros aplicativos rodando no sistema, podem modificar o comportamento ou ainda interpretar conteúdo especial (como vídeos, dados de banco, etc) para facilitar a navegação.

Vou brevemente falar sobre os 3 navegadores mais usados pela galera do PC.

Após vários testes, desisti do Internet Explorer. O motivo é muito simples, e também é o maior atrativo dele. Ele é integrado ao Windows. Sendo integrado ao sistema, e o Windows sendo famoso por ter como padrão o usuário administrativo para tarefas diárias, ele se torna muito vulnerável. Se sou o admin, qualquer coisa que rodar com meu usuário pode fazer qualquer coisa. Outros navegadores tornam esse comportamento mais difícil, mas o IE entrou na onda muito tarde, e se tornou um vetor especialmente fértil de malware. Além disso, obrigar o uso de um navegador específico foi o padrão no Windows até a versão 7, o que me afastou mais ainda do uso. O fato de alguns sistemas só rodarem nele, precisarem exceções de segurança e mil e uma configurações acabam tornando a vida do admin de sistemas um inferno com o IE. e, mesmo sendo nativo, ele não é o navegador mais rápido que existe. As extensões são instaladas de forma críptica, inacessível e difícil de administrar, tornando o IE o alvo mais fácil de exploradores de falha, e dificultando a vida mesmo dos usuários mais ávidos.

O Firefox é um ótimo navegador, rapidamente copia o que os outros tem de bom e cria com certa frequências novas tendências com idéias inovadoras, mas ele é um monstro devorador de recursos. Recentemente incorporando coisas que vem como padrão em outros navegadores faz tempo, o FF se torna cada vez mais atrativo, e cada vez mais pesado. O Firefox foi o pioneiro das extensões e até hoje possui uma biblioteca de extensões imensa e extremamente útil. Eu abandonei o Firefox pelo elevado uso de recursos e por não ter sincronização na época.

O Chrome é minha atual opção. Muito antes do Firefox, o Chrome já guardava as configs e espelhava elas em outras estações (sincronização). O Chrome também tem uma ativa comunidade de desenvolvimento e é o navegador do Google. Para quem como eu centraliza grande parte de sua vida online na gigante das buscas, é um passo quase natural. A compartimentalização também foi uma característica que o Chrome implementou desde o início e funciona muito bem, seus plugins e extensões rodam em processos separados. Se um deles se comportar mal, pode ser destruído sem comprometer o restante das páginas. Muito bom para quem usa diversos sistemas ao mesmo tempo.

Mas o Chrome não é perfeito. Por muito tempo não pude adotá-lo como padrão, e utilizava o Firefox, por um motivo muito simples: DPI. Dots per Inch ou PPP (pontos por polegada) é a densidade de informação contida na tela. No Windows, modificar essa configuração permite utilizar o sistema em monitores extremamente grandes, redimensionando o conteúdo de forma a garantir a legibilidade em telas muito grandes. No meu caso, uso quase o dobro do normal para uma TV de 42 polegadas. O detalhe é que alguns programas não respeitam essa configuração, o Chrome era um deles. O Firefox já redimensionava todo o conteúdo, inclusive as páginas e menus. O Chrome foi adotar esse padrão meio tarde. Quando ele adotou, passei a usá-lo como padrão em todas as minhas estações.

Outro grande problema do Chrome são as fontes. Embora em meu HTPC nunca tive esse problema, no notebook da patroa as fontes não são renderizadas corretamente pelo Chrome com DirectWrite e era necessário desativar esta opção. Pior que isso era que resolvia, mas as fontes ainda ficavam pouco legíveis. O Facebook parecia sofrer mais do que outros sites desse problema (embora ele aparecesse em outros). A solução veio depois de VÁRIAS horas de pesquisa e envolve uma extensão (hehehe) que modifica a fonte utilizada:

https://chrome.google.com/webstore/detail/change-font-family-style/aabledekpjmoghdjnpnhfkfpmjifklpb

Bastando ir nas opções da extensão e trocar a família por "Arial" (uma ótima fonte, na minha modesta opinião).

O Banco do Brasil e a CEF exigem, para acesso ao home banking, que certas extensões sejam instaladas. No caso da CEF não tem como fugir do GDB, um plugin maldito que se instala nas entranhas do Windows e é impossível de remover (motivo pelo qual prefiro acessar pelo smartphone, ou pelo notebook da patroa, onde o plugin está instalado). O Banco do Brasil usa um plugin (o mesmo, inclusive) também, mas funciona no Linux sem plugin utilizando Java. Eu prefiro Java do que esse plugin maldito, então uso a extensão Chrome User Agent Spoofer para fazer o BB pensar que estou no Linux e usar o sistema de segurança Java ao invés do maldito plugin que se instala no Windows. Funciona muito bem. Instalo a extensão, crio um novo spoof denominado "Chrome Linux" com a string: "Mozilla/5.0 (X11; Linux x86_64) AppleWebKit/537.36 (KHTML, like Gecko) Chrome/34.0.1847.137 Safari/4E423F" e configuro a lista de Spoofs permanente para incluir:


www.bb.com.br
www.bancobrasil.com.br
www2.bancobrasil.com.br

Com o spoof Chrome Linux. Funciona muito bem.

21 de nov. de 2014

Eu não acredito!

Todos os dias eu escuto pessoas muito inteligentes falando sobre pseudociência e mitos em geral, e acreditando nisso. Fico perplexo com isso, pois sempre associei crença a evidência. Segundo a máxima de Carl Sagan:

"Afirmações extraordinárias requerem evidências extraordinárias."
Na verdade sempre fui da opinião que crença não depende de vontade. Eu não consigo acreditar em alguma coisa sem ter provas sobre isso, ou ao menos uma confiança muito grande no interlocutor que provê a informação. E acima de tudo, ela precisa ser minimamente sustentada, por lógica e razão. Racionalidade afasta os medos, a insegurança e os mitos utilizados por séculos para controlar os crédulos.

Quando digo que sou ateu, recebo olhares de todos os tipos, mas a descrença não me veio, numa bela manhã, quando acordei não acreditando. Acreditar é um processo complicado quando você não foi acostumado a tomar a autoridade como certa e os mitos como verdadeiros, desde que proferidos por esta autoridade. Nesse sentido, muito cedo deixei de ser exposto a isso, e só posso dizer que foi ótimo, pois muito cedo meu lado lógico, cético e pragmático aflorou.

Aí me pergunto qual o motivo de tanta crença. Em primeiro lugar, eu culpo a educação. A maioria absoluta (ou ao menos as melhores) escolas são religiosas. Padres, freiras e irmãos dominam o ensino básico e fundamental particular, e mesmo nas escolas públicas o aluno está exposto constantemente a crença sem questionamento. Nossa iniciação científica vem em segundo lugar, o que interessa é a crença. Criada nesse ambiente, a criança acaba por transformar sua natural curiosidade em fé. E nisso se perdem os próximos grandes cientistas, pois sem os grandes questionadores, as respostas continuam escondidas.

Hoje, mesmo que eu queira, nunca conseguiria acreditar em deus. Nenhum dos mais de 2000 deles. Também não acredito em fantasmas, monstros, alienígenas ou fadas. Eu SEI que pode ser que eles existam (e tenham nos visitado?), mas nenhuma evidência disso me foi apresentada que possuísse poder de convencimento. No dia em que isso acontecer, eu vou acreditar. Sem experiências pessoais, testemunhos e figuras de autoridade. Simplesmente evidência científica, palpável. Com o conhecimento que tenho hoje, se um "fantasma" aparecesse diante de meus olhos, com todos os clichês possíveis que a mídia nos apresenta, eu ainda assim duvidaria. Meus sentidos são falhos (antes de mais nada, uso óculos) e visões e alucinações são bem menos raras do que a maioria das pessoas pensa.

Richard Dawkins conta uma experiência em um dos seus livros (sim, eu citaria corretamente se o Google tivesse ajudado e minha memória também) sobre um cientista seu amigo que defendia fervorosamente sua teoria, enquanto outro cientista defendia outra teoria. Estas teorias, opostas e mutualmente exclusivas, batiam de frente e geraram calorosos debates ao longo de anos. Então durante uma conferência surgiu nova evidência, por um time de cientistas, que corroboravam a teoria oposta. Seu amigo então humildemente foi até seu adversário e o parabenizou, ele estava convencido.

Esse tipo de "conversão" na ciência ocorre o tempo todo. Mesmo Einstein em sua genialidade cometeu erros e os admitiu publicamente. Eu mesmo não condeno os deístas (quem acredita em uma força superior). Minha dificuldade é entender os teístas, que acreditam em um deus pessoal capaz de atender suas orações, intervir no mundo e salvá-los. Estas teorias tem pesos diferentes pois é muito mais simples refutar que seremos salvos vendo as tragédias que ocorrem no mundo o tempo todo do que conceber (como eu por anos fiz) um deus impessoal, não-humano, que se identifica como a natureza em si e seu conjunto de "regras" (física). Aí eu prefiro acreditar na ciência, que tantas respostas nos deu.

Eu simplesmente não acredito. Me prove o contrário, e eu serei convencido. Eu não tenho verdades absolutas, apenas exigências absolutas sobre provas da verdade.

26 de out. de 2014

Eleições e a situação atual

No jogo do poder, nossa única arma são as urnas. Nossa democracia inicia e termina no voto, nossa única ferramenta de controle, única arma contra corrupção.

Ao executivo e legislativo é dado enorme poder quando eleitos, embora a oposição sempre exista, ao longo do tempo o tráfico de influência torna confortável a estadia no poder. Dilma provou em sua campanha que está preparada para fazer o impossível para ficar no poder, e todo mundo sabe para que serve isso. Para manter o assento aquecido para o Lulinha paz e amor.

Aparelhando o Estado com seus apadrinhados e corruptos, em todos os escalões, esse grupo de facínoras criou uma extensa rede de corrupção, que só foi desmantelada pois surgiram os delatores. Quando um "grandão" tenta se safar de qualquer maneira, arrasta consigo toda a podridão que infecta nosso governo atual. Qual seria o motivo destes delatores surgirem? O sapato apertou, e político nega até a morte, mesmo sob pressão, mesmo com todas as provas do universo contra eles. Negam. Sem seus "padrinhos" resta ao investigado fazer um acordo com o outro lado. Eu me safo, vou viver minha vida, e o resto que se dane. Quanto mais mídia, melhor, quanto mais falar, melhor. Quanto mais exposição, menor a probabilidade de um atentado, um "acidente" pois os responsáveis por sua segurança não querem holofotes.

Agora, a podridão está saindo pelo ladrão, e ainda assim, o populismo é forte, e consegue votos. Mas quem paga a conta, para variar, é a classe média. Os super ricos ficam cada vez mais ricos. Os Eikes e sua prole são intocáveis. Enquanto isso, a classe média paga a conta.

Conta essa que não demora a estourar. É uma conta simples pessoal: se a inflação volta não tem como reajustar os benefícios governamentais sem ir para o vermelho (já estamos no vermelho, então, afundaríamos na lama). A inflação não volta pela intervenção estatal, que suga os mesmos cofres que pagam os benefícios. É uma torneira pequena para muitos ralos, e um círculo que fecha na mesma conclusão: o colapso da economia.

Não estou dizendo que trocar de partido vai ser a solução. O Plano Real exigiu a antipatia de meio mundo e a fervorosa contrariedade dos que hoje mais colhem os benefícios do mesmo. Estou dizendo que precisamos de um plano. E distribuir dinheiro não é um bom plano. O país não tem como fiscalizar estes recursos, e mesmo que tenha, os apadrinhados do governo varrem para debaixo do tapete as falcatruas feitas com nosso dinheiro.

Muito tempo atrás fui convencido que o Bolsa Família é necessário. Mas é necessário também fiscalizar e criar critérios. Tem gente SIM fazendo mais filhos para ganhar bolsa. Tem gente SIM vendendo seus documentos e assinaturas para conseguir Minha Casa Minha Vida para endinheirados especularem os imóveis, vendendo e indo morar de aluguel novamente, servindo de laranjas. Tem gente evitando o mercado de trabalho formal pois perde os benefícios, e caindo na obscuridade do assistencialismo e trabalhando "por fora". Tem gente SIM vendendo os móveis e eletrodomésticos do Minha Casa Melhor com preços absurdos, e gente revendendo após comprar para ganhar lucro. Isso é inadmissível, e se fosse punido, seria mais difícil, mas não é.

Precisa exigências de profissionalização, fiscalização do uso dos recursos e principalmente, PRAZOS. Não dá para viver a vida inteira de assistencialismo. Alguém paga a conta.

Precisa investir em infraestrutura, em educação. Não em estatísticas positivas, mas em educação de verdade. Cotas seriam desnecessárias se as escolas públicas fossem tão boas quanto as particulares. E se alimentar a criança e não os ímpetos dos pais, o país alcançaria, em 12 anos, patamares inacreditáveis. Mas não é isso que está acontecendo. Passam analfabetos para a universidade, com desistência absurda, para não criar estatística negativa. Cotistas despreparados se formam em universidades medíocres em cursos cujo mercado está saturado, pois não tem outra opção. E temos um bando de analfabetos funcionais.

Sei que muita gente não vai concordar com o que eu escrevi, mas precisava dizer o que penso. Se o governo mudar, a oposição aparelhada vai usar de todos os seus (enormes) recursos para fiscalizar a gestão atual. O que pode ser melhor que isso? Enquanto isso a situação se prepara para perder a próxima para o populismo, e fiscalizar com mais afinco seus adversários. Quem ganha é a democracia. Somos nós. Agora, se a coisa se mantiver assim, a dívida vai ser paga por todos. A inadimplência, a inflação e os juros atingirão exatamente quem mais depende dos programas governamentais. E o país entrará em uma época sombria.

25 de out. de 2014

Discos, backups

Para fins didáticos, não vou entrar na óbvia semântica. Discos aqui referidos são unidades de armazenamento. Até pouco tempo, discos eram as melhores mídias de armazenamento, por terem a maior superfície aliada a menor quantidade de movimento necessária para acessar toda esta superfície de um ponto fixo.

Acho que é importante também demonstrar que possuo um certo conhecimento sobre unidades de armazenamento. Sempre fui muito curioso sobre isso, e embora não tenha vivido a época dos cartões perfurados, a história do armazenamento de dados sempre me fascinou. Dito isso, eu comecei na informática com os floppies (geralmente 3 1/2 polegadas), e depois disso as unidades óticas dominaram o mercado em termos de armazenamento removível.

Em termos de armazenamento fixo, os discos rígidos (HDDs) marcaram essa década de experiência que vivi. Recentemente, os discos removíveis USB (flash drives ou pendrives) tomaram conta das mídias removíveis, de forma que prevejo a morte total das unidades óticas em um futuro muito próximo. Os discos rígidos também estão com os dias contados, dando lugar aos Solid State Drives (SSDs), mas permanecerão como unidades de backup por bastante tempo, devido a tendência dos SSDs terem ciclos de escrita limitados.

Você só se dá conta da importância dos seus discos quando perde um. Sem backup. Eu me tornei meio paranóico nesse sentido ao longo dos anos. Hoje tenho backups diversificados e investi um bom dinheiro em hardware e software de backup.

Já tive a experiência de perder o sistema inteiro, ou um documento importante. Incontáveis vezes auxiliei outros  a recuperarem informações importantes perdidas por não existirem cópias de segurança. Hoje nossa vida está online ou armazenada em um computador, e poucas pessoas percebem a fragilidade do armazenamento de dados se não trabalham com informática. Você pode viver sua vida sem nunca ter uma falha catastrófica de hardware que ocasione a perda completa de seus dados. Mas só precisa uma dessas para a gente entrar em desespero.

Recentemente uma "onda" de falhas catastróficas no local onde trabalho levou a troca de uma dezena de discos via garantia. Em um ambiente corporativo, com servidores em rede provendo arquivos, sistemas de redundância embutidos nesses servidores e restaurações possíveis inteiramente via rede, não é tão ruim assim. O usuário não mantêm nada importante no disco local, e sim na rede (onde existem backups) e seu disco é considerado volátil e passível de falha. Em caso de falha, substitui-se o hardware e em 1 hora o sistema recuperado já está pronto para uso corporativo.

Mas em casa não é bem assim. Geralmente temos um disco, e nesse disco todas as fotos, vídeos, histórico, documentos, produção profissional. Mesmo que tenhamos mais cópias, elas geralmente não estão atualizadas ou não possuem redundância também, sendo sucetíveis a falhas.

Acreditem, ninguém gosta de perder dados. Investir em um sistema de cópia de segurança é fácil, pode ser meio custoso e precisar de ajuda profissional, mas não é difícil.

9 de out. de 2014

A Improbabilidade de escrever este texto

Eu já abordei vários pontos filosóficos aqui. Cheguei a falar sobre o acaso e tenho no mural sempre uma lembrança do privilégio que é estar vivo, saudável e sem carências, e o privilégio maior ainda de ter consciência e poder ler, escrever e entender. Tempos atrás falei sobre morte em uma reflexão sobre idade. Mencionei que não é algo "feio" ou "obscuro" contemplar a nossa própria finitude. Hoje vou um pouco mais longe, falar sobre improbabilidade.

Quando falei sobre morte, lembrei de um texto de Richard Dawkins:

“Nós vamos morrer, e isso nos torna afortunados. A maioria das pessoas nunca vai morrer, porque nunca vai nascer. As pessoas potenciais que poderiam estar no meu lugar, mas que jamais verão a luz o dia, são mais numerosas que os grãos de areia do deserto. Certamente esses fantasmas não nascidos incluem poetas maiores que Keats, cientistas maiores que Newton. Sabemos disso porque o conjunto das pessoas possíveis permitidas pelo nosso DNA excede em muito o conjunto de pessoas reais.  
Apesar dessas probabilidades assombrosas, somos eu e você, com toda a nossa banalidade, que aqui estamos… Nós, uns poucos privilegiados que ganharam na loteria do nascimento, contrariando todas as probabilidades, como nos atrevemos a choramingar por causa do retorno inevitável àquele estado anterior, do qual a enorme maioria jamais nem saiu?”

Veja bem, esse texto não se refere em nenhum momento a espiritualidade, embora use a palavra "fantasma" como uma referência a algo que não existe (ainda). A reflexão feita no texto poderia ser assunto de um discurso muito maior, mas nestes curtos parágrafos existe uma realização incrível: somos sortudos. As pessoas gostam de substituir sorte por benção, numa clara visão teológica, e elas podem fazer isso, desde que os "azarados" também sejam mencionados. A inocência manchada pela dor explicada pelo acaso é bem mais plausível que uma herança anterior ou recompensa posterior. Esse assunto também dá pano para mangas, portanto vou voltar aqui ao principal.

by humonon devianart
A cada dia a física descobre novas informações sobre como o universo (e nós) surgimos. Com "nós", me refiro a espécie, pois cada indivíduo na espécie é tão especial e improvável, pelo motivo citado por Richard: a imensa quantidade de combinações de DNA. Soma-se a isso a experiência que nos forma desde o nascimento, tornando mesmo gêmeos idênticos em indivíduos diferenciados.

De um big bang, a matéria surge, as estrelas começam a "trabalhar" esta matéria como gigantescas fornalhas, tecendo os elementos diferenciados que, após sua explosão, vai se juntar em nuvens. Estas em planetas, e estes, se estiverem no lugar correto, eventualmente atingirão uma temperatura favorável a formação de compostos químicos, estes se juntarão em combinações cada vez mais complexas, ao longo de MILHÕES de anos. O problema dessa teoria é exatamente esse: o tempo. O ser humano se sente especial e portanto acredita que tudo tem que ter sido feito para ele. Pobre ser humano, perdido em seu egocentrismo (confira o cartoon ao lado).

Veja bem, a sequência de eventos que NÃO levaram a formação da vida, e em última instância, a VOCÊ, é toda a outra possibilidade em incontáveis sequências de incontáveis eventos em um espaço de tempo tão grande que força a imaginação. Todos os outros lugares no universo, do qual o nosso PLANETA é menos que um grão de poeira (e nele eu e você também somos pequeninos) não tem um você, nem um eu. Nem nada remotamente parecido, provavelmente.

Vamos tentar reduzir a escala, para não forçar tanto e depois aumentar ela novamente, para situar-nos melhor. O fato de você poder ler e interpretar esse texto, em nosso planeta, já é uma improbabilidade. Nesse século de computadores, internet, cidades e governos não teocráticos, despóticos e/ou tiranos, essa liberdade é uma dádiva. Se você, como eu, é brasileiro, vive em um país que não possui guerras contra outras nações, não tem terremotos, tornados ou tsunamis. Nossas tragédias continuam tragédias, mas se você não foi atingido por uma enchente, chuva de granizo ou até um raio nos últimos tempos, não dá para mensurar a sorte!

Se não foi assaltado, tomou uma bala perdida ou está acima da linha da miséria, quisera, na classe média! Que privilégio, que tempo ótimo para se viver, que canto espetacular do planeta para se criar um filho, que planeta incrível, cheio de vida, em uma localização tão privilegiada em nosso sistema solar.

Quando você se lamentar da vida, pense em quem não viveu, e quem vive em condições deploráveis, aqui mesmo, em nosso pequeno grão de poeira suspenso no universo. Pense nos excluídos, párias e perseguidos. Nos deficientes, sobreviventes e ignorantes. E passe a viver sua vida sem nunca mais tirar isso da cabeça. Pense também que atingir de forma positiva ao menos UM destes seres como você, ou providenciar a outra pessoa uma felicidade, apenas uma, mesmo que momentânea, também é uma improbabilidade, e fique feliz com as coisas que chegam a você.

7 de out. de 2014

Virtualização, Linux e o futuro da Informática

Essa semana um projeto engavetado por muito tempo saiu da gaveta. Temos um pequeno servidor que roda, entre outras coisas, um serviço de HTTP. Esse servidor é na verdade um notebook antigo (Pentium 4, 512 MB de RAM, 40GB de HD) que estava "encostado" alguns anos atrás. Foi "ressucitado" instalando nele o Linux (utilizei o Gentoo) e funcionou muito bem, por alguns anos, até que resolveu começar a encrencar.

Esse tipo de hardware antigo é sucetível a problemas físicos (calor principalmente), e ele ficava ligado literalmente 24/7, então o problema é exacerbado pelo constante funcionamento das ventoinhas, que acumulam poeiras nos dutos, o que faz com que os heatpipes não conduzam tão bem o calor para fora do notebook. O acúmulo de calor, o desgaste de componentes físicos como o HD e o fato de ficar largado em um canto fazem com que, eventualmente, essa máquina padeça de uma lentidão crônica, e quando isso afeta os serviços prestados por ela, a irritação do administrador de sistemas começa a crescer.

o hardware onde tudo rodava tinha seus 8 anos. Já era velho quando começou a ser usado para este fim, e agora, mais 3 anos depois, deu o que tinha que dar. Não é preciso ser um gênio para saber que um computador moderno modesto leva vantagem de 30 para 1 numa comparação de poder computacional. Em resumo, estou usando um servidor que tem 1/30 da capacidade de processamento do meu computador.

A solução para quem analisa isso é óbvia. Virtualização. Desde que as máquinas começaram a acumular tanto poder computacional que os outros gargalos dominaram as razões de um sistema ser lento (entrada e saída, disco, memória, rede), a virtualização faz com que possamos utilizar um hardware físico para rodar vários hardwares virtuais. Com servidores é mais útil, pois é possível rodar vários serviços completamente separados, gerenciar via software. Atualizações, backups e segurança são mais robustas em ambientes virtualizados. A gama de usos é incrível e cresce a cada nova versão dos hypervisors e hosts. A possibilidade de rodar um sistema operacional inteiro faz com que problemas de compatibilidade sejam resolvidos e provê alternativas ao refactory e a manutenção de versões obsoletas e/ou com problemas.

Resolvi então "migrar" esse servidor para uma máquina virtual. Nessa hora o fato do SO ser Linux no servidor ajuda muito. O host é Windows e a ferramenta escolhida foi o VMWare Player (gratuito e facílimo de usar para o básico).

Criei um disco virtual de 120GB e com o auxílio de uma imagem ISO virtualizada como CDROM contendo um programa de cópia de dados (DiskCopy) e um conversor IDE->USB ligado ao HD original do notebook transferi todos os dados do disco do notebook diretamente para o disco virtual. A virtualização moderna é tão impressionante que disponibiliza o hardware conectado ao host (discos removíveis, impressoras, rede) ao guest sob demanda. Tentei bootar o sistema. Kernel panic. O problema é que virtualizadores modernos assumem padrões modernos como standard, e a máquina onde rodava aquilo ali era para lá de antiga. Ele criou o disco virtual como SCSI (nem SATA, SCSI mesmo), enquanto o disco original era IDE. Depois de trocada a opção, o sistema bootou e os serviços funcionaram. Uma olhada no kernel para mudar alguns drivers necessários e o sistema estava completamente funcionando.

Adeus lag, o sistema guest teve uma melhora de performance na ordem dos 300% e a possibilidade de se guardar o estado do sistema e restaurá-lo a vontade é simplesmente fenomenal. Isso ilustra o abismo, a disparidade monumental entre hardwares com poucos anos de diferença. Também ilustra a flexibilidade do Linux, que num ambiente completamente diferente, se comportou muito bem e precisou mínima intervenção para ficar completamente operacional.

Uma ótima experiência e mais conhecimento adquirido.

26 de set. de 2014

Elements - The Game

Eu sempre gostei de jogos, na adolescência tinha mais tempo e podia me dedicar HORAS a um jogo, "virar" ele, detonar, descobrir todos os segredos. Hoje em dia jogos tem que ter certas condições para que eu jogue:


  1. Tem que ser casual. Eu não tenho tempo nem vontade de gastar horas seguidas em um jogo. Uma partida não pode durar mais que alguns minutos, senão corro risco de perder a esposa, negligenciar o cachorro e me frustar.
  2. Tem que gravar o progresso. OK, então eu jogo algumas partidas. Duas coisas DEVEM acontecer: Eu tenho que ficar melhor no jogo, o jogo deve lembrar que eu sou bom nele. Não precisa necessariamente ter um sistema de salvamento, usuário e senha, mas algum registro tem que existir.
  3. Tem que ter algum tipo de multiplayer, nem que seja assíncrono. O melhor de um jogo é se tornar bom nele, e de nada vale se não puder contar para alguém ou tirar sarro.
  4. Tem que exigir certa destreza mental. Pode ter partidas melhores ou piores, mas tem que depender de mim, não da velocidade do processador e placa de vídeo.
  5. Tem que ser "abandonável". Se a vida real chama, eu tenho que ir. Ferre-se o jogo. Se eu não perder nada e não for penalizado por isso, melhor.
No final, FPSs ainda ganham (Unreal, CS) em muitos requisitos, mas encontrar um amigo para jogar é complicado. Eis que eu achei o Elements: elementsthegame.com.

Baseado em cartas e turnos, você cria um deck entre 30 a 60 cartas, com 12 possíveis elementos e cartas neutras, cada carta "custa" um certo número de quanta de um certo elemento, sua "marca" gera um quantum por turno, e você usa pilares, pêndulos e outras cartas para gerar mais. 100 HP e uma variedade de AIs para jogar contra.

Meu atual deck foi criado por uma usuária para batalhar contra o último nível, mas invisto mais no nível 4, onde ele tem mais sucesso. Você pode ganhar cartas raras, ou fazer up das cartas (todas as cartas do meu deck são ups).


É um ótimo passatempo, tem infinitas combinações (cada jogo é diferente), tem PvP assíncrono e síncrono (campeonatos, que eu ainda não participo). Vale a pena.

19 de set. de 2014

Ciência, fé e as novas gerações

Ciência é conhecimento. Embora muitas pessoas definam coisas totalmente desprovidas de conhecimento como ciência, indicando seu estudo, aqui me refiro a ciência como os produtos do método científico. Ou seja, para ser ciência precisa ser baseada no método científico. Qual o motivo? O conhecimento adquirido através desse método evolui com o tempo, não é imutável, e é a base para quase todos os avanços disponíveis hoje em dia.

Tudo que usa eletricidade é ciência, por exemplo. Podes imaginar tua vida sem eletricidade? Pilhas, baterias, transformadores, alternadores, dínamos, todos dispositivos envolvidos na transformaçãi e disponibilização de energia para tornar sua vida melhor.

Suas roupas, cosméticos, móveis. Tudo produzido a partir de máquinas, cujo funcionamento é baseado em ciência. Mesmo que tudo fosse produzido a mão, ainda assim, seria conhecimento adquirido através de observação e teste.

Mesmo uma criança é um natural cientista. Ele testa, extrapola limites, brinca com sua imaginação e curiosidade. É necessário muita escola e doutrinação para matar o cientista que existe dentro de toda criança. Muitas figuras de autoridade ditando regras absurdas, não observáveis, não testáveis, para encher uma cabeça infantil de culpa e matar seu instinto avidamente curioso.

Então, quando a ciência disser algo, acredite nela. Se não houver evidência científica, não tome como verdade. Já falei sobre fé aqui, sobre a negação da observação de maneira que a crença possa ser mantida. Quando respostas fabricadas respondem suas perguntas, se perde a busca do conhecimento que nos levou a essa revolução tecnológica que vivemos. A cada "amém" dá-se mais autoridade a uma figura que nunca levou a nenhum avanço. A cada "experiência pessoal" se perde a curiosidade de enteder o universo. A cada guru, padre, pastor, rabino ou profeta, perdemos milhares de mentes que poderiam conceber grandes avanços em vários campos, melhorando nossa vida.

Quando você levantar de sua cama produzida industrialmente, colocar seus chinelos, usar sua escova e pasta de dente, tomar café, pegar seu carro e ir trabalhar, lembre-se: as pessoas que inventaram tudo isso não o fizeram através da fé, mas sim através de perguntas, busca de conhecimento científico e experimentação. Foram as dúvidas de suas mentes e não as certezas de sua fé que levaram ao avanço. Entenda que a ciência proporcionou praticamente tudo que você usa. Lembre-se que assim que a ciência, curiosa e atrevida, tentou fazer perguntas cujas respostas prontas da fé não respondiam com o rigor necessário, ela foi maltratada, abandonada e perseguida. Não cometa a mesmo erro.

Não podemos mais ser hipócritas a ponto de utilizar todos os avanços e ainda assim marginalizar a ciência quando ela questiona instrumentos de dominação baseados em crença.

Eu sempre digo, respeito as pessoas, tolero suas crenças, mas tente preservar a curiosidade de seus filhos, não imponha a eles suas crenças. Não doutrine suas crianças. Não deixe a fé matar a curiosidade. E principalmente, não mate as perguntas com respostas baseadas em fé. Não imponha suas verdades enlatadas, baseadas em crenças, para perguntas cujas respostas estão lá fora, esperando para serem encontradas. Sua criança pode um dia nos levar a essa resposta, e criar algo realmente incrível, imponente, lindo, deixando como herança para todos os seus descendentes: conhecimento científico.

21 de ago. de 2014

Entrevista da Dilma no JN

Resumo da entrevista. Entre parênteses meus comentários pessoais.

entrevistador: Qual a dificuldade em colocar pessoas honestas no cargo para evitar corrupção?

candidata: Fizemos isso e aquilo, implementamos mil medidas.
(não respondeu a pergunta)

entrevistador: Trocar os corruptos adianta?

candidata: Teve quem fugiu renunciando pois é desgastante.
(não respondeu a pergunta e exime quem fugiu de sua responsabilidade pelo cargo).
(aí tenta responder novamente)
candidata: Me atacaram. Teve um cara que foi trocado duas vezes, escolha pessoal minha.

entrevistador: Partido manda nessas escolhas?

candidata: Sim, mas no final quem escolheu fui eu.

entrevistador: E quanto a corrupção no partido? Qual o motivo do partido não ter execrado e sim apoiado esses caras?

candidata: Eu sou presidente, não discuto com o TRF, não falo pelo partido, tenho opiniões pessoais, fico quieta no estilo do meu mentor "não sabia de nada", assim não me envolvo.

entrevistador: E a saúde? Como não melhorou depois de 3 mandados?
(aí sou obrigado a dizer que o Mais Médicos funcionou, bem como o SAMU, mas não resolveu)
candidata: Cita Mais Médicos.
(falácia lógica do "preto e branco", querendo dizer que o problema TODO da saúde era falta de médicos, e não de infraestrutura, hospitais, remédios, equipamento, enfermeiros e agentes de saúde)
entrevistador:aponta a óbvia falha na lógica, desmontando o argumento "preto e branco".
(A presidente então joga outra falácia, a do Espantalho, em que ela torna o problema da saúde uma responsabilidade compartilhada, e depois joga outro Espantalho, sempre evitando o problema de ESTRUTURA, e volta aos médicos).

entrevistador: cita a economia. Temos problemas econômicos, é justo culpar crise internacional ou pessimismo por estes problemas, o governo não tem papel nisso?

candidata: Cita atitudes internas na máquina pública e impostos.
(o Banco Central lutando injetando dólar e dinheiro, fornecendo empréstimos a torto e a direito para fomentar a economia e mascarar o problema, isso não é citado. Por coincidência o BC cedeu 25 milhões hoje para empréstimos)

entrevistador: Seus projetos prioritários.
candidata: "cita o mentor" Milagre econômico! Otimismo! Tá tudo bem! Ótimo!
(outra falácia lógica, apelo à emoção)


Podem defender o quanto quiserem, eu vi a entrevista, e foi isso que eu tirei do que vi...

2 de ago. de 2014

Privacidade

Hoje me deparei com um post no Facebook de uma amiga, reclamando que sua privacidade teria sido invadida quando começou a receber mensagens de um número desconhecido no seu celular em um bar da cidade.

A culpa foi depositada no estabelecimento, que teria fornecido seu número para o indivíduo. Nenhuma evidência foi oferecida deste fato, mas o estabelecimento foi abandonado,  e embora seu nome não tenha sido citado, ficou feio para quem conhece esta pessoa e pergunte onde foi. Lembrando que correlação não é causa, mas vamos assumir por um momento que esta relação existe no caso citado.

A pessoa que reclamou não foi afetada diretamente, apenas manifestou sua indignação com a tal da invasão de privacidade, para alguns comentários depois reclamar dos comentários, já que obviamente alguém não concordou com toda a reclamação e expôs sua opinião. Eu não consigo deixar de pensar que a pessoa atingida tem um perfil, digamos, semelhante com a que reclamou, então, vou assumir certas semelhanças, pedindo desde já perdão por generalizar.

Mais de 3.000 amigos no Facebook. Esta é a conta desta pessoa. Somando-se o efeito amigos de amigos (o post integrava mais duas pessoas e seus amigos como alvo) imagino que no mínimo umas 10.000 pessoas viram esta mensagem (ou podem vê-la, já que o Facebook notadamente não te mostra tudo que acontece nele). Que privacidade existe aí? Você abdicou de sua privacidade aí, não é de se esperar que seu número de telefone seja mais público do que você imagina?

Eu imagino que a mensagem tenha sido via Whatsapp (que está "na moda" agora) pois utiliza seu número de telefone. O whatsapp e vários outros (todos?!) comunicadores instantâneos oferecem block, ignore, blacklist. Ferramentas que não deixam de ser de privacidade. Use-as. Qual a dificuldade, a primeira mensagem seria a última. Sem problema, sem complicação, sem envolver o Facebook. Qual o motivo de continuar recebendo mensagens? Curiosidade, abdicou da privacidade novamente.

E qual foi o prejuízo, causado por estas mensagens? A sensação de falta de privacidade, deve ser a única, já que bloquear a outra pessoa é tão fácil. Ofensa? Coisa pior? Existem meios para atacar isso também.

Aí, o cúmulo, reclamar que reclamaram do seu post! Pois o face é meu e eu publico o que quiser, então engula o sapo e escute o que o outro quiser publicar também. Novamente, ignore e block são serventia da casa. Eu fico indignado. Publicar algo no facebook é tornar aquilo, adivinhe, PÚBLICO!!! Isso mesmo! O Facebook não é seu, é uma ferramenta colocada a sua disposição e tem termos bem específicos. A não ser que você seja o Mark. Se for o caso, desculpe, senão, favor reserve-se o direito de parar de PUBLICAR qualquer coisa, que talvez sua privacidade não será mais atingida.

31 de jul. de 2014

Phantom Virologia

Eu sou um expert mundial em phantom virologia. Phantom virologia é o estudo dos phantom vírus, entidades responsáveis por todos os desequilíbrios orgânicos conhecidos como doenças. Povos antigos chamavam estas entidades de demônios, energia negativa ou fantasmas. Tratamentos reconhecidos mundialmente como acupuntura, homeopatia, cristais e tantos outros acabam utilizando os princípios universais da energia para tratar e curar sintomas causados por phantom vírus, sem que seus criadores e praticantes notassem a existência destas entidades.

Um phantom vírus é uma entidade etérea, formada por energia negativa concentrada, que pode ou não assumir forma física ou controlar formas de vida inferiores (vírus, bactérias). Eles podem ser encontrados em qualquer lugar e são atraídos por pensamentos negativos, energia negativa acumulada ou desequilíbrios entre os pólos energéticos corporais causados por situações cotidianas.

A medicina tradicional não consegue tratar estes problemas, pois a indústria farmacêutica e os médicos em geral procuram apenas lucro, sendo de seu interesse que as pessoas continuem doentes. Eu criei um método para rastrear e eliminar estas entidades, restaurar o equilíbrio energético e criar um escudo protetor de energia positiva capaz de prevenir novas infecções. Estas infecções não podem ser detectadas por nenhum método tradicional, e seu médico provavelmente chamará de bobagem, mas não se deixe enganar, milênios de pesquisa de povos antigos comprovaram meus estudos, os ancestrais apenas não tinham acesso a toda a informação. Eu estudei os maias, os índios, os orientais, os alquimistas, psíquicos, médiuns, canalizadores e xamãs e fui mais a fundo, concentrando estes estudos, localizando seus pontos em comum e chegando a uma base científica sólida, que nos últimos anos foi comprovada através da física quântica e dos conceitos de matéria e energia revelados pela comunidade científica mundial.

O ser humano não foi criado para sofrer, todos os sofrimentos advem do fato de termos nos afastado dos conceitos primordiais de energia e nos exposto a estas entidades nefastas. Você pode se livrar de qualquer mal que o aflija simplesmente seguindo conselhos práticos e fáceis, e mudando sua forma de pensar. Você é o responsável pelas doenças, desequilíbrios emocionais e financeiros que o afetam, por ter deixado estas entidades tomarem conta de sua vida.

A cada dia mais pessoas descobrem a alegria de se ver livre destas entidades, levando uma vida saudável e feliz, seguindo conselhos fáceis e práticos, sem livros, sem vídeos, sem complicações, apenas uma conversa amiga e você entenderá tudo que precisa para levar uma vida plena e realizada em todos os sentidos.

Parece ótimo não é. Pena que é tudo uma mentira. Eu inventei estes conceitos agora, enquanto escrevia este texto, e usei clichês básicos:

1) A cura para tudo, ao alcance de todos.
2) Se alguém disser que estou errado, está errado (e ganhando com isso).
3) A culpa é sua, se meu "tratamento" não funcionar, é porque você não o seguiu direito.
4) Uso a ciência como base, no entanto não demonstro nenhuma base científica.
5) Tudo que é etéreo, indetectável, não pode ser testado, está além de crítica.
6) Tudo é simples e fácil, tenho todas as respostas, e qualquer um pode entender, embora conceitos de diferentes ciências, todas altamente complexas, estejam sendo usados, prá que ser um expert? Ser um guru é BEM mais fácil.
7) Todos os seus problemas resolvidos, quase como as Organizações Tabajara.

Algumas besteiras que se encaixam, até citei algumas no texto: homeopatia, acupuntura, suplementos dietéticos, dietas mirabolantes, qualquer coisa que diga "energia" mas nunca a defina, qualquer coisa não testável, indetectável, cristais, médiuns, psíquicos, conversas com "outros planos", reencarnação, espiritismo, demonologia, possessões, e finalmente, religião. Nada bate um ser onipotente, onisciente e onipresente.

25 de jun. de 2014

Copa, passado, presente e futuro

Tudo depende da perspectiva, relatividade e subjetividade. Até a ciência depende dos dois primeiros. Então, como posso eu, um cara que foi contra a realização da Copa do Mundo no Brasil torcer pela seleção?


Tudo que temos é o presente, é nele que tomamos decisões e é nele que sofremos as consequências das escolhas do passado. Isso não significa que devemos deixar de ter uma mente aberta, olho no futuro, nem esquecer as experiências passadas.

No presente, temos copa, temos jogos, temos horários diferenciados em dia de jogo da seleção. No passado eu falei bastante sobre o futuro da copa, mas não estamos lá ainda. Agora, nesse exato momento, a competição se desenrola e eu sigo o trem do tempo, sem poder "pular fora". Então eu torço. Torço pela seleção, torço por menos acidentes, menos selvageria e que pelo menos algumas das obras superfaturadas via MP sobrevivam e continuem servindo a população brasileira. E aí já vamos para o futuro, feito de conjecturas, e incerto.

Se as experiências anteriores nos ensinassem algo, é que esse tipo de evento pode ser uma coisa tão boa quanto ruim. Mas meses antes, já dava para notar que foi para lá de ruim. Sem o devido planejamento, captação de recursos e iniciativa privada, os cofres públicos arcaram com toda a despesa. Ou seja, nós! Nós pagamos!

A taça não é nossa, ainda, mas a dívida, essa sem dúvida é nossa, só nossa, prá sempre!

16 de jun. de 2014

Desculpe, pirateei o seu conteúdo!

Eu tento fazer a coisa certa. Sempre tive muita educação em casa, meus pais me ensinaram desde muito cedo a ser honesto, principalmente comigo mesmo. Criei a tal da consciência, bichinho xarope que fica suspirando indecências no ouvido: "devolva o troco a mais", "não jogue lixo no chão", "limpe o cocô do cachorro na rua", "dirija de maneira a não atrapalhar os demais".

Então, desde que tive emprego (e com ele, renda) tento não me deixar levar pela facilidade de cometer pequenas infrações, mesmo no mundo virtual.

Comprei o Windows, comprei o Kaspersky (meu antivírus) com licenças para todos os dispositivos que uso, comprei o pacote Office (Home & Student). Compro apps para o smartphone e tablet, livros no Google Play, assino o Deezer para música e o Netflix para filmes, pago o Crunchyroll para ter acesso aos meus animes e mangas. Enfim, eu gasto uma grana tentando ser honesto.

Mas aí o estúdio não lançou aqui ainda. O episódio não foi licenciado. A música não tem acordos. O filme ou a série não estão disponíveis na minha região, saem duas semanas depois aqui ou fazem parte de uma venda casada cheia de inutilidades que eu nem quero usar (TV por assinatura). O jogo "saiu de linha"  e não é mais vendido, ou é lançamento e custa 1/10 do valor total do console. O DVD custa mais caro que o aparelho que o toca. O show nunca veio para meu país, e o DVD vendido no Brasil está em baixa resolução. O CD custa 120 reais em pré-lançamento aqui, e 20 reais na Argentina (qual o motivo? Impostos!). Enfim.

Isso aconteceu recentemente com um documentário, vi a propaganda no Facebook, tentei comprar: seu país não é autorizado para distribuição deste conteúdo. Comprei um console de 149 dólares e paguei 330 reais de imposto sobre ele. Tentei ver um filme, o Netflix não tem licença com esse estúdio. Aí fica difícil.

Um pouco de ganância (dos empresários, das distribuidoras, do governo) e muita incompetência me levam, sim, a piratear conteúdo. Séries, filmes, jogos, músicas, anime.

Quando o Dattebayo Brasil parou de legendar o Naruto pois o Crunchyroll começou a distribuir ele em simulcast para usuários pagos, eu fui o primeiro a assinar. Qual o motivo de tanto entrave, em um mundo globalizado? Não vou culpar apenas o governo e sua "mordida quase fatal de leão", vou culpar TODO MUNDO. Eu QUERO ser honesto, pagar pela sua arte, mas vocês não me deixam escolha. Eu quero consumir dentro do meu país e ajudá-lo a crescer, mas mesmo COM impostos, lá fora é mais barato. Aí eu importo!

Ninguém pensa que, se lançar barato, vai ter mais vendas. Quem iria comprar compra igual, e quem antes não ia pode pensar em comprar! Apostar um pouco na honestidade das pessoas. Existem tantas experiências boas nesse sentido, como os "pay what you want" e os "humble bundle". Existem projetos colaborativos em que as pessoas entram com entusiasmo como o Indiegogo ou o Kickstarter. Eu realmente não entendo o motivo dos "grandões" não apostarem nesse mercado! Isso envolve lançamento digital global, simulcast, envolver as pessoas em seu produto. Já pensou se houvesse um fórum virtual OFICIAL de "Game of Thrones" que você pagasse 1 dólar por mês para se inscrever? Quantos milhares iriam se inscrever. Insight dos diretores, chats com os atores, posts secretos dos personagens. Tantas opções. Eles preferem lançar um DVD que ninguém vai comprar a não ser viciados doidos (que nunca mais vão assistir).

Então, me desculpem, criadores de conteúdo. Enquanto vocês não me derem opção, vou continuar pirateando sua arte.

11 de jun. de 2014

HTPC, discos, memória

Meu HTPC é uma relíquia, completou 4 anos mês passado e já escrevi algumas vezes sobre ele. Nos últimos meses, acontecimentos levaram a mudar as configurações e acabei fazendo alguns upgrades nele.


Eu cometi um terrível engano ao comprar o cooler para o processador do HTPC na época. Adquiri um Zallman (líder mundial e a marca em que mais confio no ramo) mas me enganei no número do modelo, e acabei comprando um que utiliza tecnologia antiga (3 pinos com sensor de rotação) enquanto a placa mãe DH55TC tem suporte a esse tipo de tecnologia apenas para o cooler de gabinete. O cooler do processador usa PWM (4 pinos com modulação de amplitude de pulso). Adquiri um Nanoxia PWM que "converte" o sinal de 3 para 4 pinos. Então algum tempo atrás o conversor queimou. Achei melhor investir em uma solução permanente e adquirir o cooler (dessa vez o correto) novamente da Zallman.

Aí meu irmão resolveu montar o HTPC dele (diga-se de passagem, ficou melhor que o meu em alguns aspectos), mas o case que ele comprou veio com uma fonte que parecia querer alçar vôo. Ele comprou então uma fonte externa ultra potente, mas ela não funcionou com a placa mãe (vai entender). Ofereci para ele uma troca então, eu utilizaria a fonte dele e modificaria a fonte do meu HTPC para se tornar "externa" (cabos mais compridos). Funcionou, por um tempo. Um ano atrás a fonte externa resolveu "reinar" e acabou parando de funcionar. Novamente, hora de investir em uma solução permanente. Comprei uma Seasonic (ótima marca) SS-300TFX com PFC ativo, que depois de alguns "ajustes" serviu na baia onde a anterior ia. Ufa.

Como já mencionei antes, tive problemas com discos e resolvi fazer uma gambiarra com um dos meus gabinetes MTEK. Pois bem, vários meses depois, chegaram as peças necessárias da China e eu COMPLETEI O PROJETO! É estranho para mim completar qualquer coisa. Agora tenho um case com RAID1 de hardware e dois HDs de 320GB espelhados, e um case alimentando meus HDs que se comportam como internos, espelhados via software (sync, não RAID). Basicamente liguei um regulador DC para conseguir os 5V necessários para os HDs, filtrar os 12V também necessários e prevenir curtos, liguei isso a fonte 12V do case e após alguns tweaks dois cabos SATA saem do case para ligar a extensores que estão ligados direto na placa-mãe. É feio, mas funciona perfeitamente (e fica escondido).

Aproveitei para trocar ambas ventoinhas dos cases (estavam fazendo barulho) e torná-las externas (sim, inverti a posição delas), assim posso fazer manutenção nelas mais fácil. Uma ventoinha comum vai no máximo dois anos antes de ser necessário lubrificar ela em nossa região de terra vermelha e poeira.

O último upgrade foi remover o HD de 500GB interno e trocá-lo por um SSD da Kingston de 120GB. Esse foi o upgrade que mais refletiu em performance, o tempo de boot chegou a reduzir em 500% e a rapidez e fluidez geral do sistema melhoraram dramaticamente. Não é o melhor comparativo, mas o IEW (Índice de Experiência do Windows) do HD anterior era 5.1, e do novo é 7.6. O backup então, está MUITO mais rápido. Isso que estou usando uma interface SATA2. Em uma SATA3 provavelmente seria ainda melhor. Fica para daqui uns anos, quando trocar a placa mãe e processador (talvez memória?!). Fica a dica, o melhor upgrade em termos de custo x benefício é colocar um SSD em seu PC.

A memória foi o upgrade mais barato e simples, mas também ajudou bastante na performance. Foi de 4GB para 8GB, e apesar de ser exatamente o MESMO tipo de memória, o pente mais novo tem metade da altura do velho. A informática evolui constantemente. O HD novo que substituiu o queimado de 1TB também é mais fino, leve e silencioso que seu antecessor.

O interessante é que já tive falhas catastróficas de hardware (discos queimados, perda de dados) e os backups sempre me salvaram, nunca perdi dados sem recuperação nesses 4 anos.

9 de jun. de 2014

Não me mandem pornografia!

Depois que o Whatsapp foi lançado (ou, melhor dizendo, depois que instalei ele), redescobri algo que por muito tempo achei que estava extinto: envio de pornografia para amigos.

Em uma época remota, não era fácil achar esse material para quem não conhecia o Altavista, o Google ainda não era o que é hoje e o Netscape era o navegador que competia com o Internet Explorer. E nessa época, amigos enviavam a outros pornografia, geralmente PPS (slideshows do PowerPoint), fotos e vídeos. Eu, por me enquadrar no grupo que sabia navegar na Internet nunca gostei dessa prática. No entanto, passaram vários anos, e eu achei que o pessoal tivesse parado de enviar esse tipo de coisa (ao menos para mim). O que constatei é que eles ainda enviam, mas eu filtro a maioria destes emails e acabo nunca os vendo. Um simples filtro: se for desse cara e tiver anexo, vai para a caixa "Bobagem". O motivo é que esse tipo de mensagem polui a tela, pode causar problemas de relacionamento pessoal e profissional e portanto não quero ser surpreendido por um nome de anexo ambíguo ou mensagens vazias, apenas com os anexos, tocando em tela cheia em casa no HTPC ou no serviço. Você não imprimiria estas fotos e enviaria a seus amigos via correio, e esse é o tipo de analogia que se aplica a emails pessoais. Se o cara tiver algo importante a me dizer, vai enviar um email com texto, explicando.

Enfim, hoje em dia existe uma INFINIDADE de pornografia digital, gratuita, acessível. Basta um navegador equipado com navegação anônima (sim, você não quer seus parentes vendo o que você acessa em alguns casos), um Antivirus pago bom, bom senso e Internet para navegar por toda a putaria digital sem riscos.

Então qual o motivo de ainda enviarem isso? Whatsapp é pior ainda, pois tem como alvo aparelhos móveis, o que potencializa o dano causado pela mensagem errada na hora errada. Basicamente se você quiser, você vai na Internet e olha, e não envia para ninguém, não armazena em seu dispositivo para que isso seja indexado de alguma forma e fique disponível para os dedos furiosos e curiosos de menores de idade ou visitas. Eu chego a conclusão que tem a ver com autoafirmação. Você quer provar que é "macho" e envia isso para que os amigos saibam que você é heterossexual.

Não sou hipócrita, eu olho sim! Como diria o Creed: "We all know sex sells and the whole world is buying". Mas o faço de maneira que posso largar meu navegador, smartphone ou tablet para a noiva, sobrinhos ou sobrinhas usarem sem medo do que será acessado. Acho que é o mínimo. E não preciso provar nada para ninguém, então não passo adiante.

Então, lá vai o pedido: não me enviem pornografia! Obrigado!

4 de jun. de 2014

Eu e a Informática

Eu sou um técnico de Informática.

Trabalho com computadores, consertando o software, hardware, configurando e preparando eles para o uso. Eu também lido com servidores, infraestrutura de rede, multimídia, telefonia, comunicações e aparelhos eletrônicos em geral.

Não tenho formação em nada, mas tenho conhecimentos avançados em hardware, software, eletroeletrônica e redes. Sou um entusiasta, gosto de testar coisas novas e estou praticamente 99% do meu tempo online. Passo muito tempo na frente de um computador, smartphone, tablet ou aparelhos similares.

Eu também tenho um cachorro, eu corro, gosto de jogar basquete, gosto de jogar truco, tomo vinho e gosto de estar com os amigos, família e com minha noiva.

Tenho alguns princípios básicos, que embora sejam praticamente sempre aplicados a Informática, são tão amplos que podem ajudar em outros campos:


  1. Tenha sempre backup.
  2. Tenha sempre backup, do backup.
  3. Não se desespere, o que não tem conserto ficará assim, e o que tem será feito, em seu tempo, e não antes.
  4. Utilize o item 3 com prudência, existem emergências, e estas devem ser encaradas como tal.
  5. Não suba as expectativas, as surpresas terão um impacto condizente com sua expectativa. Se você esperar algo bom, e vier algo ruim, a decepção será grande, se esperar algo ruim e vier algo bom (raro) você ficará exaltado, mas se estiver neutro, encarará a situação ruim de frente e ficará muito feliz com o que vier de bom.
  6. Você não muda as pessoas, mude como você as encara.
  7. Se não está quebrado, não quebre!
  8. Se está quebrado, não quebre mais ainda!
  9. Se você sabe o que está fazendo, tenha orgulho disso.
  10. Se não sabe o que está fazendo, caia fora!
  11. Tenha opiniões, são a única forma de definir-se, e ficar desinformado atualmente é triste.
  12. Busque informações para formar suas opiniões, e mude-as se ficar provado que estão erradas ou defasadas.

Tente ser feliz, tente fazer o que te agrada, assim você será uma pessoa melhor, um profissional melhor e talvez atraia alguém para dividir a felicidade.

12 de mai. de 2014

O celular que explodiu

Não sou pai ainda, mas conheço amigos e até parentes ligados em tecnologia que tem filhos, e obviamente os filhos deles usam os gadgets (smartphones, tablets, notebooks) e seus carregadores, a maioria sem supervisão.

Então quando a notícia de um smartphone Samsung Galaxy S2 explodindo apareceu, fiquei desconfiado. Infelizmente o aparelho estava com uma menina de 7 anos, chamada Ariana Aitzhan, que sofreu uma queimadura terrível, e terá que passar por cirurgia plástica. Espero, sinceramente que ela se recupere completamente.

A maioria das notícias que vi focou suas manchetes em dois fatos:

  1. Um smartphone da Samsung explodiu.
  2. Uma menina de 7 anos estava utilizando o smartphone, quando ele explodiu.

E ninguém viu o óbvio motivo do acidente: a BATERIA NÃO ERA ORIGINAL.

Quer dizer, a menina não sabia que a bateria não era original, que baterias possuem químicos potentes dentro delas, e que ela PODE sim, explodir. A Samsung obviamente testa exaustivamente suas baterias (e todas as outras empresas também). Agora, a falsificada não é testada, é produzida de forma barata, sem controle de qualidade, e culmina com um acidente terrível como esse.

Então, de quem é a culpa? Da criança, obviamente é que não, até onde sei utilizar um smartphone não é problema. Da Samsung? Óbvio que não, visto que a bateria utilizada no dispositivo não era da empresa, ela não testou, não certificou a segurança dela. Sobrou quem? Os pais. Não sei qual deles é o consultor tecnológico familiar, mas um deles comprou e colocou no smartphone esta bateria, em detrimento da original, provavelmente para economizar algum dinheiro. Uma criança pagou um terrível preço pela negligência.

A Sony por exemplo, usa telas de vidro mineral em alguns smartphones, e coloca na frente da tela uma película acrílica que impede que, no caso de queda, vidro afiado voe, causando acidentes. Muita gente remove essa película sem se preocupar com os possíveis acidentes. Não é difícil, a cada dia se prova que o corpo humano é frágil, e uma sequência de eventos aparentemente inocente pode ser fatal. Basta lembrar do caso do homem que morreu em seu casamento, quando uma tulipa quebrou em seu bolso em um tropeção, cortando a veia femural.

Da mesma forma, smartphones "genéricos" são vendidos aos milhares, sem garantia, sem procedência, sem proteção e sem testes. Muitas pessoas compram estes aparelhos, deixam seus filhos usarem eles, com baterias também de procedência duvidosa, muitas vezes carregando na cabeceira da cama durante a noite.

Eu não sou de assumir riscos, mas poderia apostar que todos os acidentes desse tipo possuem o mesmo ponto comum: hardware ou software (sim, baterias novas tem software) não original, com defeito ou modificado.

O mesmo acontece com veículos "tunados". Um engenheiro estuda uma vida para fazer um carro, com segurança e responsabilidade, e um "arigó" corta ou retira as molas para ficar mais "transado". Depois uma porcaria dessas causa um acidente, e não sabem o motivo. Películas muito escuras, canos de descarga modificados (causando poluição sonora e do ar), peças não originais, e essa "arma" pode causar terríveis acidentes.

Pense nisso da próxima vez que for economizar ao comprar acessórios.

15 de mar. de 2014

Não há como escapar. A fé está em todos os lugares: na música, nas redes sociais, no dia a dia das pessoas. Todos parecem ter fé, dizem para os outros terem fé. Aparentemente a fé é a solução para tudo.

Eu me sinto extremamente desconfortável com isso. Talvez por falta de fé.

Eu não sou religioso. Depois de estudar muito tempo as definições, me descrevo como um ateu. Embora alguns digam que existir uma palavra para definir um "não" algo é ilógico, eu defino ela de maneira mais contundente. Além de não acreditar (não ter fé) em divindades, eu ainda peso as evidências e afirmo que, baseado no atual conhecimento, assumir que elas não existem é uma posição confortável. Até que alguém me prove o contrário, essa é a teoria que prevalece.

Mas voltamos a fé, afinal de contas, o que é f'é? Segundo a Wikipedia:

 (do Latim fides, fidelidade e do Grego πίστη pistia) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.
Então, acreditar sem provas, confiar absolutamente na idéia ou fonte de transmissão (seja uma pessoa, um livro, ou uma pedra). No entanto, idéias são criações humanas. Seus transmissores são humanos, de uma forma ou outra. Uma pessoa doente pode ouvir vozes revelando verdades absolutas para ela. Um corrupto pode inventar mitos para exercer controle sobre os impressionáveis. Como ter fé em qualquer idéia se ela é inerentemente humana?

Assim, possuir fé é acreditar em um ser humano que teve uma idéia. Se ele afirma que essa idéia não veio dele, mas de algo superior, é uma religião. Um esquizofrênico afirma que psicografou um livro. Qual a diferença entre ele e o louco gritando sandices na rua? Um é mais calmo e educado que o outro. A diferença entre uma péssima idéia e outra plausível não deveria ser quem apoia ela, como ela é expressa ou quem a está expressando, e sim o peso da evidência.

Além disso, existe a falta de educação. E não estou falando comer de boca aberta, dirigir como se fosse a única pessoa no mundo ou jogar lixo no chão. Estou falando do sucateamento do ensino, da pregação que domina nossas escolas. Alguém já se perguntou o motivo de algumas das "melhores" escolas pertencerem a ordens religiosas? Que lugar melhor para destruir com a dúvida e promover a fé que entre nossas crianças?

E a pseudociência? Usar termos científicos para definir algo que não se sabe explicar é irresponsável. Isso vem acontecendo demais. A ciência funciona, então seus termos "emprestam" credibilidade a teorias toscas e conceitos ridículos. Tem gente ganhando a vida pregando essas imbecilidades ou usando estes termos erroneamente. É triste ir numa palestra e a palestrante dizer que a "física quântica" explica algo, ou um famoso dizer que a "energia" explica isso. Não quer dizer que não haja uma explicação destes fenômenos. Só significa que estas pessoas são preguiçosas demais para ir buscar e explicar esses conceitos. É mais fácil emprestar credibilidade da ciência do que fazer ciência em si. É que a ciência é uma faca de dois gumes. Você tem uma teoria e tenta prová-la, e no processo, consegue provas... Provas de que sua teoria está errada! Isso acontece o tempo todo. Conceitos caem e outros são adotados. Essa é a diferença entre a fé e a ciência, um cientista admite o tempo todo a possibilidade de estar errado. A dúvida é uma constante na ciência, é o que impulsiona as descobertas e motiva a busca. E o que é fé? Ainda da Wikipedia:
 acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, é impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo.
Então a próxima vez que um idiota dizer que você tem "fé" na ciência, por favor não se abstenha. A ciência funciona e é o motivo de você estar lendo isso, na Internet, na tela, de um computador, alimentado por energia elétrica.

E o que a fé trouxe? Estagnação científica... Deixo vocês com a EXCELENTE explicação do Dr. Michio Kaku, físico teórico, quando perguntado sobre deus, religião e pobreza.


27 de jan. de 2014

Corrida, estatísticas e gadgets

Eu já mencionei em post anterior que corro pelos gadgets. Na verdade nem tanto apenas por eles, mas pelas informações que eles passam. De que adianta o cara bufar, suar prá caramba e não poder acompanhar se melhorou a performance? É meio contra-mão sair todo dia para correr e ficar cuidando no relógio ou pior ainda, contando quadras. Pior que isso é fazer uma estimativa mal feita e cantar de galo nas redes sociais: tantos quilômetros em tantos minutos. Balela, show me the GPS track. Já vi gente vangloriando de um percurso com média 4:15 / quilômetro. São doidos, ou maratonistas, ou foram de bicicleta...

Enfim, acompanhar sua performance na corrida não é tudo, é necessário zelar pelo seu bem estar físico. Não adianta nada sair correndo feito um doido, competindo com gente de pesos, medidas e condições físicas diferentes, e considerar isso um esporte. O mínimo que deve ser feito (é o que faço) é monitorar o batimento cardíaco, para evitar esforços desperdiçados ou perigosos. Para isso uso um Polar Wearlink Bluetooth, conectado ao smartphone. O smart em si registra o percurso via GPS (altitude, velocidade e posição geográfica), o app de monitoramento (no meu caso, o Endomondo, mas já usei vários outros, como o Sports Tracker, o HRNavi+ e o Runtastic) registra todos os dados e cria gráficos e estatísticas que servem para você monitorar a sua performance e tentar melhorar a cada treino.

Sem isso fica meio tosco "correr uns km". Pode até fazer mais mal do que bem. Nunca me lesionei nesses treinos, só sofri nas primeiras duas semanas os efeitos do acúmulo de ácido lático nas pernas, depois, o esforço é natural e só resta para o outro dia queimar mais calorias via "afterburner" e nenhuma dor.

Hoje li que um ritmo de 5:20 / km é ideal. Estou a pouco meno de 1 minuto deste tempo (6:15) e pretendo chegar lá ainda esse ano. Devagar e sempre, meus melhores tempos tem constantemente melhorado em alguns segundos, e desde que no dia eu esteja me sentindo bem, não há motivo para piorar. Mesmo hoje, depois de pular dois dias a mais de treino, consegui tirar uns segundos do tempo de 3km. O objetivo é chegar aos 5km, e depois partir para os 10km, mas isso vai demorar bastante.

O ideal é manter o ritmo, as vezes falta vontade, mas é ligar a música e botar o tênis e a vontade vem.

21 de jan. de 2014

Ter razão

Quantas vocês você já disse para alguém: "você tem razão!". Já pensaste o que realmente quer dizer esta frase? O que afinal de contas quer dizer "ter razão"?

Uma análise superficial pode indicar que a pessoa teria (parafraseando o Prof. Girafales) causa, motivo ou circunstância para afirmar ou agir de certa forma. Mas a maioria das vezes ter razão é confirmar o convencimento, ou seja, confirmar que os argumentos apresentados (e contrários as suas afirmações) por sua contra parte estão corretos (em detrimento das suas próprias afirmações). Pode-se ainda exaltar a correção da afirmação prestada, reconhecendo sua importância para a situação em pauta.

Correção, verdade, justiça. São conceitos discutidos constantemente na filosofia, mas geralmente não é o caso da verdade que indica que a pessoa tem razão. O poder de convencimento indica que algo foi capaz de mudar o pensamento do outro. Se antes você tinha uma opinião, diante de argumentos você agora tem outra, concordante com o que seu parceiro de discussão afirmava. Ele tinha razão. Razão vem do latim "ratio", expressando uma relação. Relações são o que nos torna racionais (cunhado a partir do mesmo termo). Relacionamos informações o tempo todo para tirar conclusões.

Mas como ele ganhou a razão? Na verdade ele nunca ganhou ela, ele apenas convenceu você. Ele sempre teve razão, as provas pesavam mais para as afirmações dele do que pesavam para as suas, de forma que, quando ele as apresentou, suas afirmações caíram por terra. Ou ainda, ambas as afirmações tinham o mesmo poder de convencimento, no entanto não haviam ferramentas para testar as hipóteses de forma a derrubar uma delas, e da ciência vem o conhecimento necessário para testar e uma delas passa, então, a ter razão. Seu conhecimento agora é relacionado ao tema de forma a definir e convencer, por mérito.

Quando nos definimos como seres racionais, temos obrigação de relacionar informações e conhecimento para tomar decisões. Não é facultativo. Ninguém precisa se tornar um expert em tudo, mas quanto mais informação você tiver, mais base suas decisões terão. Hoje não há desculpa para tomar uma decisão pois todos pensam assim, ou pois um líder, guru ou ídolo pensa assim. Se você deu razão para algo, deve tê-lo feito a partir de uma base, conhecimento, relacionando isso a uma verdade, a uma hipótese que pode guiar e construir mais conhecimento a partir dela.

Senão, perca a razão, e dê ela aos outros.

17 de jan. de 2014

Uma empresa - sob nova direção

Muitas vezes vi um comércio específico mudar de dono, e vi as mudanças que se seguem, mas em geral, não era nada fora do normal. Existem empreendedores capazes de literalmente dar uma cara nova ao negócio, mas isso não quer dizer que eles mudam os produtos radicalmente, geralmente é uma pitada de marketing e outra de bom senso que acaba mudando o rumo de uma empresa.

Mas não a Motorola. Sempre fui um fã da Motorola, uma gigante das comunicações que se manteve no to 10 durante anos, adotou antes dos outros tecnologias de ponta e apostou alto em novas criações. Mas a Sony, Samsung, LG, HTC, etc também o fizeram, então qual o motivo de falar especificamente da Motorola?

A compra pelo Google.

A Motorola agora é uma "Google Company". E tudo mudou. Mesmo. Ontem chegou meu Moto G, a nova aposta de baixo custo/alto desempenho que a Motorola lança. Antes mesmo de ter um produto com a marca Google, a nova direção já se fez presente mudando os paradigmas da empresa e criando um dos maiores sucessos de venda no Brasil, a linha Razr D, com o D1 e o D3. Smartphones de baixo custo para as massas. Eu sou um feliz dono de um D3, e é um ótimo aparelho. No entanto, ele peca fatalmente em alguns pontos:


  1. O conector do fone de ouvido proprietário. Ou seja, não é qualquer fone que funciona com ele, a maioria inclusive não funciona, e o que vem com ele é uma porcaria que nem para dar de graça serve.
  2. A pilha e sistema Bluetooth toscos. Um dispositivo desconectado forçadamente pode travar o BT no aparelho, forçando um reinício. Usar dois aparelhos ao mesmo tempo trava também, e lá se vai mais um ciclo de reinício.
  3. A pouca memória interna (4GB, 2.3GB utilizável), que acaba levando ao SD, que é um gargalo de desempenho, levando a tempos de boot acima de 2 minutos (mais lento que meu PC com Windows).
  4. O slot micro-USB lateral, que acaba ficando "no caminho" de vários acessórios.
  5. NFC tosco. Não funciona, quando quer, e não tem indicador na barra de status.
Não me entendam mal, eu posso achar defeitos em praticamente qualquer aparelho e o D3 ainda é um ótimo custo x benefício, com bom desempenho, um hardware robusto e muito interessante. Mas como utilizo 99% dos recursos do aparelho, acabo localizando os bugs bem rápido.

Agora, lançaram o Moto G. Outro aparelho com custo x benefício em mente, abaixo (bem abaixo) dos 1000 reais e um primor de hardware. Só que agora, como bem indicado na inicialização, a Motorola é uma Google Company, e o que muda?

Bom, antes de mais nada, meu fone Bluetooth passou a mostrar os nomes das músicas, protocolo que a própria Sony alardeava (meu fone é um MW600) mas nunca tinha visto funcionar, e eu tive vários aparelhos. Tanto Sony quanto outros. O aparelho tem versão de 16GB internos, o menor tem 8GB internos, já é ótimo para um aparelho desse preço, sem SDs a inicialização é bem mais rápida e o aparelho se comporta melhor. O plug do fone é padrão, meu fone Sony não só funcionou, como o botão responde aos comandos. O slot micro-USB fica embaixo, como todo aparelho que se preze. É um primor, e o preço não é salgado para um aparelho quad-core com 1GB de RAM.

Son nova direção, a Motorola se superou, e o Google está de parabéns!

9 de jan. de 2014

Exercícios

Eu sou um preguiçoso. É um fato, inegável e tão verdadeiro quanto meus outros defeitos: falar demais, sempre ter razão e ter opinião sobre tudo. Eu sou um chato. Em resumo.

Mas voltando a preguiça, eu não fazia exercícios. Exercícios são tediosos, eu sentia que esse tempo só me rendia dor e sofrimento, muito provavelmente pois nunca fiz exercícios direto desde minha adolescência quando o vigor juvenil me permitia tantas atividades que a forma física vinha como uma vantagem de simplesmente não parar quieto.

Com a idade, a coisa vai mudando, o acúmulo de gordura abdominal foi o que me levou a pensar: minha nossa, meu metabolismo não é mais o mesmo. Não me entendam mal, eu sou um curioso e leio muito. Eu SEI que deveria ter começado a me exercitar e mantido o programa desde muito cedo, mas infelizmente não o fiz. Eu assisti documentários sobre alimentação, exercícios e suas vantagens e mesmo assim não me animei a começar até que a pochete acumulou e, finalmente, cheguei aos incríveis 83 kg. Para quem pesava 69 com 23 anos, é bastante, acreditem. 8 anos depois, várias roupas não serviam.

Vamos fazer um flashback, só para efeito ilustrativo. Eu não compro roupas. Fora algumas camisetas de show e algumas relacionadas a informática, eu não lembro antes de 6 anos atrás ter comprado roupas (isso tudo mudou com a união estável). Eu ganhava roupas, de aniversário, geralmente. Desde minha adolescência eu tinha e tenho ainda alguns dos mesmos casacos, camisetas e bermudas, substituídos convenientemente quando um deles desintegra. Então meu aumento de peso não passou despercebido, gradual e constante. Ele foi um choque. E ainda assim eu não me exercitei. Comecei a regular melhor a alimentação, e consegui estabilizar meu peso nos 80kg. É uma relação peso x altura mediana e saudável (tenho 1,78 de altura). Mas a pochete persistiu.

Então o que levou este sedentário que vos fala a adotar um programa de exercícios, começar a caminhar e depois correr? Antes de mais nada, ter um cachorro.

Ter um cachorro é muito interessante, pois é como um despertador para sedentários. Seu cachorro te lembra diariamente que você tem que SAIR DO SOFÁ e levá-lo para passear. Ele tem que fazer suas necessidades, e um cachorro é muito específico com suas necessidades. Ele pode andar uma quadra para fazer cocô, e mijar em cada quadrado de grama no caminho inteiro. E depois ele vai querer andar mais, para cheirar cada canto que ele cheirou ontem, para ver se não mudou, e mijar em cima se mudou. Além disso, um cachorro exercitado é um cachorro saudável, e se você quer mantê-lo por muito tempo, você vai ter que desistir do sedentarismo completo e cuidar dele. Isso envolve levá-lo até a praça, jogar bolinha, cuidar, limpar e caminhar. E no caso da Luna (minha Schnauzer Miniatura) isso equivale a 3km de caminhada (no mínimo) TODO DIA, ou algum tempo jogando bolinha na praça para ela correr o equivalente.

Meu peso foi para 77kg (muito bom) com essas caminhadas. A progressão natural era começar a correr. E eu descobri um motivador: Gadgets. Eu, com meu interesse em gadgets eletrônicos, fiquei abismado com a gama de acessórios que um corredor pode ter. E tudo ajuda na performance. É o melhor uso de um eletrônico que eu já vi. Juntei algumas coisas que eu já tinha, comprei outras e pude monitorar minha performance. AGORA SIM estamos conversando. Quando em duas semanas seu batimento cardíaco estabiliza durante um exercício e começa a diminuir, você SENTE a diferença, enxerga no monitor, nos gráficos, e se anima a continuar e melhorar. Não sou nenhum atleta, mas fui jogar Paintball esses dias e não senti a natural dor no outro dia pelo esforço, resultado do treinamento, e isso me empolga ainda mais.

Um fone bluetooth para controlar a música (não consigo correr sem música), um frequencímetro cardíaco bluetooth, o celular e uma armband e a corrida vira um prazer, 40 min de êxtase com minhas músicas favoritas dia sim, dia não (até que eu tenha preparo para todo dia). O aparelho monitora minha frequência cardíaca e me avisa se estiver muito alta ou muito baixa por um tom (não preciso nem olhar para a tela).

Mantendo um programa de exercícios de 3 vezes por semana, você pode se manter saudável. A maior parte da "queima" propriamente dita se dá entre o final do exercício e o dia seguinte, quando você emagrece simplesmente por estar vivo (isso é fato científico, efeito "Afterburner"). Se puder manter todo dia alguma atividade, esse efeito pode tornar-se permanente.

Recentemente notícias irromperam a mídia sobre como quadruplicou o número de obesos no país. É um sinal de doença, uma que atinge famílias inteiras, afinal, os filhos imitam os pais. Eu quase caí nessa vala. Fica a dica, se eu, um informata sedentário, consegui, qualquer um consegue.