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17 de jan. de 2014

Uma empresa - sob nova direção

Muitas vezes vi um comércio específico mudar de dono, e vi as mudanças que se seguem, mas em geral, não era nada fora do normal. Existem empreendedores capazes de literalmente dar uma cara nova ao negócio, mas isso não quer dizer que eles mudam os produtos radicalmente, geralmente é uma pitada de marketing e outra de bom senso que acaba mudando o rumo de uma empresa.

Mas não a Motorola. Sempre fui um fã da Motorola, uma gigante das comunicações que se manteve no to 10 durante anos, adotou antes dos outros tecnologias de ponta e apostou alto em novas criações. Mas a Sony, Samsung, LG, HTC, etc também o fizeram, então qual o motivo de falar especificamente da Motorola?

A compra pelo Google.

A Motorola agora é uma "Google Company". E tudo mudou. Mesmo. Ontem chegou meu Moto G, a nova aposta de baixo custo/alto desempenho que a Motorola lança. Antes mesmo de ter um produto com a marca Google, a nova direção já se fez presente mudando os paradigmas da empresa e criando um dos maiores sucessos de venda no Brasil, a linha Razr D, com o D1 e o D3. Smartphones de baixo custo para as massas. Eu sou um feliz dono de um D3, e é um ótimo aparelho. No entanto, ele peca fatalmente em alguns pontos:


  1. O conector do fone de ouvido proprietário. Ou seja, não é qualquer fone que funciona com ele, a maioria inclusive não funciona, e o que vem com ele é uma porcaria que nem para dar de graça serve.
  2. A pilha e sistema Bluetooth toscos. Um dispositivo desconectado forçadamente pode travar o BT no aparelho, forçando um reinício. Usar dois aparelhos ao mesmo tempo trava também, e lá se vai mais um ciclo de reinício.
  3. A pouca memória interna (4GB, 2.3GB utilizável), que acaba levando ao SD, que é um gargalo de desempenho, levando a tempos de boot acima de 2 minutos (mais lento que meu PC com Windows).
  4. O slot micro-USB lateral, que acaba ficando "no caminho" de vários acessórios.
  5. NFC tosco. Não funciona, quando quer, e não tem indicador na barra de status.
Não me entendam mal, eu posso achar defeitos em praticamente qualquer aparelho e o D3 ainda é um ótimo custo x benefício, com bom desempenho, um hardware robusto e muito interessante. Mas como utilizo 99% dos recursos do aparelho, acabo localizando os bugs bem rápido.

Agora, lançaram o Moto G. Outro aparelho com custo x benefício em mente, abaixo (bem abaixo) dos 1000 reais e um primor de hardware. Só que agora, como bem indicado na inicialização, a Motorola é uma Google Company, e o que muda?

Bom, antes de mais nada, meu fone Bluetooth passou a mostrar os nomes das músicas, protocolo que a própria Sony alardeava (meu fone é um MW600) mas nunca tinha visto funcionar, e eu tive vários aparelhos. Tanto Sony quanto outros. O aparelho tem versão de 16GB internos, o menor tem 8GB internos, já é ótimo para um aparelho desse preço, sem SDs a inicialização é bem mais rápida e o aparelho se comporta melhor. O plug do fone é padrão, meu fone Sony não só funcionou, como o botão responde aos comandos. O slot micro-USB fica embaixo, como todo aparelho que se preze. É um primor, e o preço não é salgado para um aparelho quad-core com 1GB de RAM.

Son nova direção, a Motorola se superou, e o Google está de parabéns!

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