Uma empresa - sob nova direção
Muitas vezes vi um comércio específico mudar de dono, e vi as mudanças que se seguem, mas em geral, não era nada fora do normal. Existem empreendedores capazes de literalmente dar uma cara nova ao negócio, mas isso não quer dizer que eles mudam os produtos radicalmente, geralmente é uma pitada de marketing e outra de bom senso que acaba mudando o rumo de uma empresa.
Mas não a Motorola. Sempre fui um fã da Motorola, uma gigante das comunicações que se manteve no to 10 durante anos, adotou antes dos outros tecnologias de ponta e apostou alto em novas criações. Mas a Sony, Samsung, LG, HTC, etc também o fizeram, então qual o motivo de falar especificamente da Motorola?
A compra pelo Google.
A Motorola agora é uma "Google Company". E tudo mudou. Mesmo. Ontem chegou meu Moto G, a nova aposta de baixo custo/alto desempenho que a Motorola lança. Antes mesmo de ter um produto com a marca Google, a nova direção já se fez presente mudando os paradigmas da empresa e criando um dos maiores sucessos de venda no Brasil, a linha Razr D, com o D1 e o D3. Smartphones de baixo custo para as massas. Eu sou um feliz dono de um D3, e é um ótimo aparelho. No entanto, ele peca fatalmente em alguns pontos:
- O conector do fone de ouvido proprietário. Ou seja, não é qualquer fone que funciona com ele, a maioria inclusive não funciona, e o que vem com ele é uma porcaria que nem para dar de graça serve.
- A pilha e sistema Bluetooth toscos. Um dispositivo desconectado forçadamente pode travar o BT no aparelho, forçando um reinício. Usar dois aparelhos ao mesmo tempo trava também, e lá se vai mais um ciclo de reinício.
- A pouca memória interna (4GB, 2.3GB utilizável), que acaba levando ao SD, que é um gargalo de desempenho, levando a tempos de boot acima de 2 minutos (mais lento que meu PC com Windows).
- O slot micro-USB lateral, que acaba ficando "no caminho" de vários acessórios.
- NFC tosco. Não funciona, quando quer, e não tem indicador na barra de status.
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