Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

27 de mar. de 2015

Contra fatos não há argumentos

Procuro me cercar de pessoas que aceitam a controvérsia. Uma opinião contrária bem fundamentada é um estímulo importante no processo de aprendizado, exercita a argumentação e pode até mudar sua opinião. Já tive essa experiência várias vezes, e até lembro dos episódios e das pessoas que me convenceram, eternamente grato pelo exercício mental.


Mas contra fatos não há argumentos.

Um exemplo. Um parente meu é favorável ao governo e eu sou contra. Somos extremamente diferentes. Eu, servidor público de carreira, e ele um empresário autônomo. Duas realidades bem diferentes, ele tem mais idade e viveu experiências bem diferentes das minhas. A argumentação nesse caso é um ótimo exercício, mas provavelmente não vai levar ao convencimento, pois a diferença das realidades e percepções referentes ao governo de nosso país são muito diferentes entre indivíduos que não possuem muitos traços em comum.

Veja bem, não quer dizer que não possamos conversar e argumentar sobre isso. O diálogo com ele inclusive é muito estimulante! Embora seja contrário a algumas de suas posições, respeito sua pessoa e tolero suas idéias, escuto seus argumentos, peso eles (embora, confesso, parcialmente, pela própria natureza humana), sempre com civilidade.

São opiniões diversas, subjetivas, inerentes a experiência de cada um.

Agora, fatos cientificamente comprovados não estão abertos a opinião. Se um cientista tem uma opinião contrária a um fato atual, ele vai criar uma hipótese diferente e tentar prová-la. Ou ainda vai analisar as provas que o fato possui procurando erros (sim, acontece). A prova depende do caso, mas a ciência testa e atesta sua ignorância o tempo todo. Até que o resultado seja provado falso, o fato permanece. A ciência não é imutável, mas é a maior certeza existente sobre a realidade. O único norte que temos, ferramenta indispensável para descrever, prever e modificar o mundo. O consenso é preferível, mas a controvérsia é indispensável na ciência. Ela provoca, questiona e desafia. Muitas vezes vence, se tornando o novo fato, e se torna o novo alvo da controvérsia. Um processo infinito, bonito e que nos deu tanta evolução. Não importa o poder monetário, a força política ou o consenso não científico, se a prova for frágil, ela será derrubada! E derrubar essa prova é um salto de carreira que pode significar a diferença entre um prêmio Nobel e uma vida de pesquisa infrutífera. Não é à toa que essa busca tem ávidos concorrentes.

Então, sua opinião não tem o mesmo privilégio do fato científico, nem a minha, nem a de ninguém, até que se prove. E o fardo da prova é assumido por quem afirma, não por quem duvida. Quem duvida tem acesso a prova, e precisa afirmar sua hipótese para descreditar a outra. Mas é muito mais fácil afirmar sem provar, ou usar evidência anedótica, ou ainda experiência pessoal. Isso não é ciência. Provas concretas são verificáveis. Essa produção de prova é o ápice do método científico. Ela nos levou a lua, ela alimenta seu microondas e leva a Internet até você. O resto é conjectura, opinião, ou até mesmo mentira, e não deve ser levada em conta.

Podemos até discutir sobre política, futebol e gostos pessoais. Mas discutir fatos científicos é um exercício infrutífero, discutir teorias conspiratórias é uma perda de tempo. Duvidar da ciência que nos permite viver mais e melhor é dar um tiro no pé, e pode causar danos irreparáveis.

15 de mar. de 2015

Coxinhas e Petralhas

Tenho pavor de generalizações. O mundo é mais complexo que duas opiniões divergentes, e quase todas as pessoas possuem dúvidas dentro de suas argumentações que seus contrários preenchem muito bem. Enquanto isso, me parece que a generalização é o ataque favorito nas redes sociais hoje em dia.

No dia 13, movimentos sociais saíram as ruas para apoiar o governo. No dia 15, multidões fizeram o mesmo para protestar contra o governo. E nesses dois grupos temos semelhantes. Gente que se polarizou por pressão ou necessidade, mas que dentro de si tem dúvidas sobre sua posição. Enquanto isso, os radicais fornecem rótulos e gozações para definir os grupos, de ambos os lados.

Eu sou um exemplo de que essa regra tem várias exceções. Vejo pessoas que eu sei serem polarizadas pela "esquerda" levantarem os horrores da ditadura como uma arma contra a mudança de governo. Acontece que eu sou a favor da mudança do governo, e contra a ditadura. Levantam o impeachment como um dos pontos das manifestações, mas eu sou avidamente contra o impeachment. Acho que seria um terrível erro, condenando a democracia como uma falha estatística, em que a opinião da maioria não vale, quando a maioria toma a decisão errada. Mas sou a favor de protestar, avisar ao governo que não toleramos corrupção e queremos mudanças, uma reforma política séria. Sou a favor da Petrobras, mas contra os que a roubaram descaradamente, e agora presidem as CPIs que investigam seus próprios crimes. Sou contra a intervenção política no judiciário, nos rendendo julgamentos fajutos ou midiáticos. Sou contra a impunidade, que soltou ladrões do povo, condenados, que agora desfrutam os frutos de sua iniquidade no conforto de suas casas.

Enquanto isso, idiotas assam coxinhas na praça, e abestados gritam "petralhas" a plenos pulmões na rua e nas redes sociais.

Fora todos os motivos citados anteriormente, ainda tem a mentira. A desonestidade é uma apunhalada do governo, não só em seus opositores, mas em seus próprios eleitores. Motivo pelo qual a aprovação da presidente caiu tanto, seus próprios partidários estão contra ela. Isso é diretamente ligado a promessas não cumpridas. Foram tantas mentiras, e foram tão rápido pegas (3 meses) que levou a quebra de confiança. E confiança é difícil de resgatar.

Com essa quebra de confiança aliada a falência das instituições políticas, as pessoas menos avisadas recorrem ao "quadro branco" como forma de tentar consertar tudo isso. Intervenção militar para acabar com essa podridão. Confesso que é uma ideia tentadora, mas um erro que custaria nossa soberania, podendo se provar pior que a crise política que nos assola. A pior democracia ainda se sobrepões a melhor ditadura.

E aí chegamos a outro ponto. Ditaduras. Nossa democracia foi conquistada a ferro e sangue, e seria um retrocesso abrir mão dela, mas o populismo está se provando um sistema falho e polarizado de governo. Suas idéias alinham-se (assim como o PT) ao socialismo e a ditadura do proletariado. Só há um problema: o proletariado é contra o empresário burguês que cria os empregos que o proletariado precisa. As estreitas relações entre a ditadura cubana, a venezuelana e o Brasil me assusta. Os movimentos sociais empunhando facões que nunca cortaram seu sustento me assusta. O fato dos caminhoneiros tomarem bala de borracha e bomba de efeito moral, mas os movimentos sociais com suas invasões não serem tratados da mesma forma me assusta. A palavra "exército" me assusta quando dita por políticos de grande influência sobre organizações que não são parte do defensor da soberania nacional, o Exército Brasileiro.

Acima de tudo, me assustam os polarizados, os fanáticos e os que, mesmo com todas as suas dúvidas, assumem uma posição para não ficar desprovidos de um grupo apoiador.

13 de mar. de 2015

Música

Eu escuto mais músicas em inglês que em português. Não é que não goste da nossa produção cultural nacional (embora os filmes sejam péssimos), mas sou mais atraído por conteúdo do que por melodia. Naturalmente não gosto de funk, sertanejo universitário (o sertanejo de raiz é ótimo), hip hop, alguns rocks nacionais sem conteúdo. Gosto de gauchesca, acho nossa produção inspiradora, e gosto de rock e metal (sinfônico ou melódico, na maioria das vezes).

Não me emociono facilmente, sou um Sonhador Realista. A única exceção é música. Vídeos, paisagens, nada me emociona como a música. Com emocionar eu quero dizer aquela sensação única de não conseguir segurar as lágrimas. E nesse quesito a música reina absoluta no meu emocional. Este texto foi inspirado na minha reação com a música "Sagan" da banda NightWish. Existem outras, do próprio Nightwish, e bandas como Within Temptation, Iron Maiden, Metallica, Disturbed, Live e Blind Guardian. Recentemente novas bandas conseguiram minha admiração. A Great Big World, One Republic, Imagine Dragons e o incrível DJ Avicci.

Só para dar um exemplo do que é uma música de verdade, vou citar Blind Guardian - Mordred's Song. Ela conta a história de Mordred, filho bastardo do Rei Artur, fadado a usurpar o trono de seu pai por uma sequência de eventos e uma história envolvendo destino, mística e influência. Ele é o verdadeiro "vilão" da lenda. Essa música no entanto é sua versão. Ela conta como ele se sente preso pelo seu destino, como a solidão e o ódio constituem sua personalidade. É uma mistura de seu legado real de força, liderança, e seus medos, obscuridade, tornando-o frio. Conta como ele espera finalmente cumprir seu destino e ser libertado. Seu destino é tomar o lugar do seu pai, e ele o cumpre, e é libertado, pela morte (os dois perecem juntos).

Então fica difícil gostar de músicas que falem sobre festa, cerveja, mulher, um amor não correspondido, as frivolidades diárias e a luta do cotidiano. Existe tanta inspiração nessas outras bandas e músicas, tanta admiração pela arte e cultura em si, sem precisar expor o corpo, apelar para os vícios e mazelas humanas diárias. Acho interessante escutar uma música como Amaranth do NightWish, e descobrir que Amaranth é a representação simbólica da imortalidade, uma flor que nunca murcha. Mesmo Turn the page, do Metallica, que conta a constante provação de estar em turnê, passando de local em local. Iron Maiden com suas referências poéticas, míticas e históricas, como The Loneliness of the Long Distance Runner, ou Flight of Icarus. Mesmo Imagine Dragons, com It's Time, um ode a mudança significativa na vida.

Enfim, aqui destrinchei meus gostos musicais. Já tinha tocado esse assunto quando falei sobre a descartabilidade da cultura em "Descartável", mas até onde lembre nunca citei as bandas e músicas preferidas.

12 de mar. de 2015

Dois meses de corrida

No final do ano retrasado resolvi me dedicar a corrida. Foi uma decisão simples, é um exercício completo, não atrapalha demasiado minha rotina e ainda previne doenças cardíacas (tenho histórico familiar). Além disso permite utilizar a tecnologia para monitorar, planejar e executar o exercício (e escutar música boa no caminho todo).


Treinei prá valer desde janeiro de 2014, e em maio estava em ótima forma, apreciando mais a corrida, quando chegou o frio. Parei de monitorar por um tempo, e no final de julho resolvi ir jogar basquete. Embora já tivesse concluído que a corrida não auxilia tanto em outros esportes, imaginei que um melhor condicionamento cardiorrespiratório não ia me deixar na mão tão fácil. Aí veio a lesão.

Rompi um músculo da panturrilha, a tal da Síndrome da Pedrada. Nunca havia me lesionado a ponto de ficar de molho, muito menos com muletas, por mais de alguns dias. Estava encarando um prognóstico de várias semanas. A lesão, aliada a um péssimo acompanhamento médico, me deixou quase 1 mês de muletas, e quando finalmente voltei a andar, mancava muito. Uma nova opinião médica me garantiu que, dado tratamento adequado, a lesão não só já estaria curada, mas eu estaria de volta aos treinos. Fiquei indignado com meu médico anterior, mas o novo me garantiu que algumas sessões de fisioterapia e tempo e eu estaria de volta a prática esportiva.

Tínhamos uma viagem marcada para Porto Alegre para o show do IRA!, uma passada no Festival do Japão (sou fã da cultura oriental) e algum tempo depois uma viagem para o Mendoza (Argentina) e Santiago (Chile) para finalmente conhecer a neve. Tive que acelerar as sessões de fisioterapia de 1 mês para 15 dias. Esse agito, e a constante companhia e suporte da minha noiva foram a melhor recuperação que eu poderia esperar. Na volta da viagem, algumas caminhadas e a dor foi sumindo.

No final do ano resolvi tomar vergonha na cara e comecei a correr, devagar, conhecendo meus limites novamente. Agora completo mais de 2 meses de corrida novamente. Mais de 30 treinos, sem lesões. A perna direita ainda tem uma certa "resistência" causada provavelmente pela noção de que ali foi a lesão e meu receio, mas fisicamente não impõe limites. O objetivo é uma rústica no final do ano, na confraternização anual do meu trabalho, e não fazer feio. Até lá comecei a correr 4 km, 3 vezes por semana, e espero passar até abril para 5km, 4 vezes por semana, para em novembro começar a treinar para 10km.

Agora é força e foco para não deixar o inverno esfriar a ideia. Inverno é triste.

1 de mar. de 2015

Argumento de autoridade e a nova geração

Imagine a cena: milhares de anos atrás, um humanóide primitivo e sua cria se esgueiram pela densa floresta procurando comida. O pai, nos seus 28 anos (um idoso para a época), e sua cria com 12, quase um adulto. O pai escuta um barulho e grita para alertar sua cria, os dois fogem em disparada para um abrigo seguro. O filho nunca escutou ou viu nada. Ele confia em seu genitor, e por isso respondeu sem questionar ao seu aviso, e foi para a segurança. Sem argumentar, sem questionar. Os argumentadores e questionadores são comidos pelas feras que espreitam, e não passam seus genes adiante.

Somos programados para acreditar na autoridade. Dos pais, dos professores, dos anciãos. Isso foi uma vantagem evolutiva significativa. A religião é o ápice do argumento de autoridade, pois representa o argumento da autoridade máxima (um todo-poderoso criador).

Mas ao longo dos milênios, a humanidade aprendeu bastante. A ciência, a tecnologia e a sociedade nos protegem, nos fazem reinar absolutos no planeta e impulsionam tempos bem diferentes dos primórdios de nossa espécie. Hoje o argumento de autoridade falha, e vai continuar falhando, cada vez mais.

Hoje o conhecimento corre por vias ultra-rápidas que os anciãos acham difícil utilizar, mas suas crias nasceram e cresceram nesse meio. Hoje um filho desmente o pai facilmente, basta o pai falar uma bobagem. "As crianças de hoje são mais inteligentes". Não é bem assim. Hoje, o questionador, o argumentador, esse é o líder. É o buscador do conhecimento, que gera riqueza e tem sucesso genético. Com o crescimento da informática nas últimas duas décadas, o salto gigantesco criou uma geração que desafia seus genitores. Protegida por uma sociedade moderna e que anseia por avanços científicos, esses jovens acham na Internet conhecimento abundante, e rapidamente questionam que autoridade seus pais merecem, já que não dominam o que para eles é tão básico, banal.

E essa diferença tende a aumentar. Filhos questionadores, argumentadores, e pais despreparados, que não sabem lidar com seus rebentos, sedentos de saber. Primeiro, pois não tem a curiosidade que eles possuem, segundo, pois não sabem usar as ferramentas disponíveis, terceiro, por não educarem para a busca constante (e conjunta) do saber.

Daí surge o conflito inevitável de gerações, e com a falha do argumento por autoridade, surge a violência, a tentativa de dominação e o clamor pelo respeito as velhas autoridades. E com eles vem a raiva, a indignação, a revolta, e mais violência. Lares dilacerados por esse conflito se multiplicam, e poderiam ser facilmente evitados, com educação, compreensão, amor e a busca incessante de conhecimento. Quantos rebeldes se voltam as drogas e desvios em claro desafio a autoridade que eles não mais respeitam. A família dissolvida pela incapacidade de compreender, aceitar e tentar nivelar as diferentes velocidades em que operam pais e filhos. Os remédios para "hiperatividade", os anti-depressivos e a falta geral de objetivos.

Passou da hora de derrubarmos as autoridades antigas: os xamãs, padres e pais despreparados, e exaltarmos as novas autoridades: os professores preparados, os pais que incentivam, respondem e buscam conhecimento junto com seus filhos. Esses, futuros cientistas, desbravadores, e quem sabe professores também. Preparados e afoitos por melhorar o mundo. Valorizar estes pais e profissionais, de forma a aumentar a sede de conhecimento.

Isso começa pela paciência e humildade. Duas características que todo genitor deveria possuir. Paciência para responder os questionamentos, para arrastar os argumentos, para passar adiante conhecimento. E humildade para reconhecer que não sabe tudo, e se juntar a busca, atividade que reúne o velho e o novo desbravador com o mesmo objetivo.

Crowdfunding, logística e brasil

Primeiro post de 2015. Até parece que tenho milhares de seguidores.

Enfim, vamos falar sobre o Brasil. Eita país tosco. Não que o Brasil em si seja tosco, o povo é que é, e cada povo tem o governo que merece, resultando nessa coisa que chamamos de país.

Eu sempre fui fã do Crowdfunding. Você tem uma ótima ideia, levou ela até o limite financeiro que podia, não quer ter que entrar na onda dos empréstimos, quer lançar com margem de lucro pequena e vender pacas. Você "pega emprestado" de seus clientes. Eles "compram"  um produto que ainda nem existe de você. Dependendo da quantidade comprada, o preço vai diminuindo (produção em massa fica cada vez mais barata por unidade) e seu lucro vai aumentando. O resultado: um produto único e clientes satisfeitos. A parte ruim: atrasos, possibilidade de enganação e viver num país de merda.

Mas como assim?

Viver no Brasil é um pesadelo logístico. A Receita Federal e os Correios se juntam em um balé descoordenado que resulta em atrasos, perdas, impostos altíssimos, taxas absurdas, mais atrasos e completo descaso com o contribuinte/consumidor.

Aí você compra seu produto de crowdfunding. Sucesso, o produto é completado e enviado para sua residência. Aí começa a jornada. Quer dizer, um sonho saiu do papel e se tornou realidade, mas seu país conspira para matar essa ideia com um atraso absurdo para entregar o produto em sua casa. Isso quando não se tem que ir nos Correios pagar o absurdo de impostos para retirar. E isso meses depois de milhares de clientes ao redor do globo já estarem usando o produto.

Não precisa ser crowdfunding, pode ser eBay, compras internacionais de qualquer tipo. Você adiciona os impostos e tudo, e ainda assim, só vai ver sua compra (SE ela chegar) daqui 6 meses. Se for tecnologia, pode dar adeus, pois estará ultrapassada.

Tudo pois os Correios são monopólio. Veja, isso não é raro, raridade é a INEFICIÊNCIA que esse monopólio possui. Aliado a Receita Federal, os Correios lidam com mercadoria internacional da maneira mais BURRA que existe. Centralizada, despreparada, lenta e aleatória.

Para fugir disso, você pode ter que morrer com envio via courier. Funciona, mas é mais caro, e veja só: eles tem um serviço direto com a aduana, e chega rápido. Como assim? Taxado mas rápido. Entendam, eu gostaria de pagar imposto, se a bendita mercadoria chegasse, digamos, em 2 semanas. 10 dias úteis é tempo prá caramba. Os couriers, com volume menor, conseguem, como os correios não conseguem? Eles CONSEGUEM, só que sua mercadoria chega, e fica na fila, esquecida pela Receita e Correios, e eles empurram a culpa um para o outro. Duas porcarias de serviços atrasando sua vida.

Esse é um dos motivos desse país estar na merda e afundando mais. Serviço público ineficiente, monopólios cheios de corrupção, maracutaia e despreparo (Petrobras, Correios). Uma liderança sem visão (protecionista, de reserva de mercado). E um povo que elege quem ele mesmo retirou da vida política por corrupção (Collor) e procurados pela Interpol (Maluf). Povo ignorante, mantido na ignorância por esses mesmos espertos que elegem.

Agora, com 16 anos de PT no poder, damos adeus a oposição, e vamos no rumo da Grécia. Nosso país aguenta repetidos ataques, e só não despenca pois é mesmo gigante. Pela própria natureza. No entanto, uma hora essa poluição corrupta e despreparada, que governa por interesses ao invés de objetivos difusos, acaba com a natureza. E aí veremos tempos (ainda mais) tenebrosos.