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13 de mar. de 2015

Música

Eu escuto mais músicas em inglês que em português. Não é que não goste da nossa produção cultural nacional (embora os filmes sejam péssimos), mas sou mais atraído por conteúdo do que por melodia. Naturalmente não gosto de funk, sertanejo universitário (o sertanejo de raiz é ótimo), hip hop, alguns rocks nacionais sem conteúdo. Gosto de gauchesca, acho nossa produção inspiradora, e gosto de rock e metal (sinfônico ou melódico, na maioria das vezes).

Não me emociono facilmente, sou um Sonhador Realista. A única exceção é música. Vídeos, paisagens, nada me emociona como a música. Com emocionar eu quero dizer aquela sensação única de não conseguir segurar as lágrimas. E nesse quesito a música reina absoluta no meu emocional. Este texto foi inspirado na minha reação com a música "Sagan" da banda NightWish. Existem outras, do próprio Nightwish, e bandas como Within Temptation, Iron Maiden, Metallica, Disturbed, Live e Blind Guardian. Recentemente novas bandas conseguiram minha admiração. A Great Big World, One Republic, Imagine Dragons e o incrível DJ Avicci.

Só para dar um exemplo do que é uma música de verdade, vou citar Blind Guardian - Mordred's Song. Ela conta a história de Mordred, filho bastardo do Rei Artur, fadado a usurpar o trono de seu pai por uma sequência de eventos e uma história envolvendo destino, mística e influência. Ele é o verdadeiro "vilão" da lenda. Essa música no entanto é sua versão. Ela conta como ele se sente preso pelo seu destino, como a solidão e o ódio constituem sua personalidade. É uma mistura de seu legado real de força, liderança, e seus medos, obscuridade, tornando-o frio. Conta como ele espera finalmente cumprir seu destino e ser libertado. Seu destino é tomar o lugar do seu pai, e ele o cumpre, e é libertado, pela morte (os dois perecem juntos).

Então fica difícil gostar de músicas que falem sobre festa, cerveja, mulher, um amor não correspondido, as frivolidades diárias e a luta do cotidiano. Existe tanta inspiração nessas outras bandas e músicas, tanta admiração pela arte e cultura em si, sem precisar expor o corpo, apelar para os vícios e mazelas humanas diárias. Acho interessante escutar uma música como Amaranth do NightWish, e descobrir que Amaranth é a representação simbólica da imortalidade, uma flor que nunca murcha. Mesmo Turn the page, do Metallica, que conta a constante provação de estar em turnê, passando de local em local. Iron Maiden com suas referências poéticas, míticas e históricas, como The Loneliness of the Long Distance Runner, ou Flight of Icarus. Mesmo Imagine Dragons, com It's Time, um ode a mudança significativa na vida.

Enfim, aqui destrinchei meus gostos musicais. Já tinha tocado esse assunto quando falei sobre a descartabilidade da cultura em "Descartável", mas até onde lembre nunca citei as bandas e músicas preferidas.

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