Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

21 de ago. de 2014

Entrevista da Dilma no JN

Resumo da entrevista. Entre parênteses meus comentários pessoais.

entrevistador: Qual a dificuldade em colocar pessoas honestas no cargo para evitar corrupção?

candidata: Fizemos isso e aquilo, implementamos mil medidas.
(não respondeu a pergunta)

entrevistador: Trocar os corruptos adianta?

candidata: Teve quem fugiu renunciando pois é desgastante.
(não respondeu a pergunta e exime quem fugiu de sua responsabilidade pelo cargo).
(aí tenta responder novamente)
candidata: Me atacaram. Teve um cara que foi trocado duas vezes, escolha pessoal minha.

entrevistador: Partido manda nessas escolhas?

candidata: Sim, mas no final quem escolheu fui eu.

entrevistador: E quanto a corrupção no partido? Qual o motivo do partido não ter execrado e sim apoiado esses caras?

candidata: Eu sou presidente, não discuto com o TRF, não falo pelo partido, tenho opiniões pessoais, fico quieta no estilo do meu mentor "não sabia de nada", assim não me envolvo.

entrevistador: E a saúde? Como não melhorou depois de 3 mandados?
(aí sou obrigado a dizer que o Mais Médicos funcionou, bem como o SAMU, mas não resolveu)
candidata: Cita Mais Médicos.
(falácia lógica do "preto e branco", querendo dizer que o problema TODO da saúde era falta de médicos, e não de infraestrutura, hospitais, remédios, equipamento, enfermeiros e agentes de saúde)
entrevistador:aponta a óbvia falha na lógica, desmontando o argumento "preto e branco".
(A presidente então joga outra falácia, a do Espantalho, em que ela torna o problema da saúde uma responsabilidade compartilhada, e depois joga outro Espantalho, sempre evitando o problema de ESTRUTURA, e volta aos médicos).

entrevistador: cita a economia. Temos problemas econômicos, é justo culpar crise internacional ou pessimismo por estes problemas, o governo não tem papel nisso?

candidata: Cita atitudes internas na máquina pública e impostos.
(o Banco Central lutando injetando dólar e dinheiro, fornecendo empréstimos a torto e a direito para fomentar a economia e mascarar o problema, isso não é citado. Por coincidência o BC cedeu 25 milhões hoje para empréstimos)

entrevistador: Seus projetos prioritários.
candidata: "cita o mentor" Milagre econômico! Otimismo! Tá tudo bem! Ótimo!
(outra falácia lógica, apelo à emoção)


Podem defender o quanto quiserem, eu vi a entrevista, e foi isso que eu tirei do que vi...

2 de ago. de 2014

Privacidade

Hoje me deparei com um post no Facebook de uma amiga, reclamando que sua privacidade teria sido invadida quando começou a receber mensagens de um número desconhecido no seu celular em um bar da cidade.

A culpa foi depositada no estabelecimento, que teria fornecido seu número para o indivíduo. Nenhuma evidência foi oferecida deste fato, mas o estabelecimento foi abandonado,  e embora seu nome não tenha sido citado, ficou feio para quem conhece esta pessoa e pergunte onde foi. Lembrando que correlação não é causa, mas vamos assumir por um momento que esta relação existe no caso citado.

A pessoa que reclamou não foi afetada diretamente, apenas manifestou sua indignação com a tal da invasão de privacidade, para alguns comentários depois reclamar dos comentários, já que obviamente alguém não concordou com toda a reclamação e expôs sua opinião. Eu não consigo deixar de pensar que a pessoa atingida tem um perfil, digamos, semelhante com a que reclamou, então, vou assumir certas semelhanças, pedindo desde já perdão por generalizar.

Mais de 3.000 amigos no Facebook. Esta é a conta desta pessoa. Somando-se o efeito amigos de amigos (o post integrava mais duas pessoas e seus amigos como alvo) imagino que no mínimo umas 10.000 pessoas viram esta mensagem (ou podem vê-la, já que o Facebook notadamente não te mostra tudo que acontece nele). Que privacidade existe aí? Você abdicou de sua privacidade aí, não é de se esperar que seu número de telefone seja mais público do que você imagina?

Eu imagino que a mensagem tenha sido via Whatsapp (que está "na moda" agora) pois utiliza seu número de telefone. O whatsapp e vários outros (todos?!) comunicadores instantâneos oferecem block, ignore, blacklist. Ferramentas que não deixam de ser de privacidade. Use-as. Qual a dificuldade, a primeira mensagem seria a última. Sem problema, sem complicação, sem envolver o Facebook. Qual o motivo de continuar recebendo mensagens? Curiosidade, abdicou da privacidade novamente.

E qual foi o prejuízo, causado por estas mensagens? A sensação de falta de privacidade, deve ser a única, já que bloquear a outra pessoa é tão fácil. Ofensa? Coisa pior? Existem meios para atacar isso também.

Aí, o cúmulo, reclamar que reclamaram do seu post! Pois o face é meu e eu publico o que quiser, então engula o sapo e escute o que o outro quiser publicar também. Novamente, ignore e block são serventia da casa. Eu fico indignado. Publicar algo no facebook é tornar aquilo, adivinhe, PÚBLICO!!! Isso mesmo! O Facebook não é seu, é uma ferramenta colocada a sua disposição e tem termos bem específicos. A não ser que você seja o Mark. Se for o caso, desculpe, senão, favor reserve-se o direito de parar de PUBLICAR qualquer coisa, que talvez sua privacidade não será mais atingida.