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29 de dez. de 2014

Há navegadores por todos os lados

Há navegadores por todos os lados
Há navegadores em tudo que eu vejo

Navegadores são uma boa parte da minha vida online. Na verdade é o primeiro aplicativo a ser aberto no meu computador, tanto em casa quanto no trabalho. Os sistemas estão cada vez mais migrando para a web, não há volta. Mas os navegadores não foram criados para serem esse "Jack of all trades" que estão fazendo com eles. Eles foram feitos, simplesmente, para interpretar texto e renderizar ele em um formato legível.

Mas os tempos mudam, os navegadores tiveram que se adaptar, e no final das contas, hoje são extremamente complexos e complicados.

Além dos naturais padrões que evoluem e levam a novas versões, os navegadores hoje possuem extensões, são aplicativos especiais que aumentam as funcionalidades e capacidades do navegador. Eles podem auxiliar o navegador ao se comunicarem com outros aplicativos rodando no sistema, podem modificar o comportamento ou ainda interpretar conteúdo especial (como vídeos, dados de banco, etc) para facilitar a navegação.

Vou brevemente falar sobre os 3 navegadores mais usados pela galera do PC.

Após vários testes, desisti do Internet Explorer. O motivo é muito simples, e também é o maior atrativo dele. Ele é integrado ao Windows. Sendo integrado ao sistema, e o Windows sendo famoso por ter como padrão o usuário administrativo para tarefas diárias, ele se torna muito vulnerável. Se sou o admin, qualquer coisa que rodar com meu usuário pode fazer qualquer coisa. Outros navegadores tornam esse comportamento mais difícil, mas o IE entrou na onda muito tarde, e se tornou um vetor especialmente fértil de malware. Além disso, obrigar o uso de um navegador específico foi o padrão no Windows até a versão 7, o que me afastou mais ainda do uso. O fato de alguns sistemas só rodarem nele, precisarem exceções de segurança e mil e uma configurações acabam tornando a vida do admin de sistemas um inferno com o IE. e, mesmo sendo nativo, ele não é o navegador mais rápido que existe. As extensões são instaladas de forma críptica, inacessível e difícil de administrar, tornando o IE o alvo mais fácil de exploradores de falha, e dificultando a vida mesmo dos usuários mais ávidos.

O Firefox é um ótimo navegador, rapidamente copia o que os outros tem de bom e cria com certa frequências novas tendências com idéias inovadoras, mas ele é um monstro devorador de recursos. Recentemente incorporando coisas que vem como padrão em outros navegadores faz tempo, o FF se torna cada vez mais atrativo, e cada vez mais pesado. O Firefox foi o pioneiro das extensões e até hoje possui uma biblioteca de extensões imensa e extremamente útil. Eu abandonei o Firefox pelo elevado uso de recursos e por não ter sincronização na época.

O Chrome é minha atual opção. Muito antes do Firefox, o Chrome já guardava as configs e espelhava elas em outras estações (sincronização). O Chrome também tem uma ativa comunidade de desenvolvimento e é o navegador do Google. Para quem como eu centraliza grande parte de sua vida online na gigante das buscas, é um passo quase natural. A compartimentalização também foi uma característica que o Chrome implementou desde o início e funciona muito bem, seus plugins e extensões rodam em processos separados. Se um deles se comportar mal, pode ser destruído sem comprometer o restante das páginas. Muito bom para quem usa diversos sistemas ao mesmo tempo.

Mas o Chrome não é perfeito. Por muito tempo não pude adotá-lo como padrão, e utilizava o Firefox, por um motivo muito simples: DPI. Dots per Inch ou PPP (pontos por polegada) é a densidade de informação contida na tela. No Windows, modificar essa configuração permite utilizar o sistema em monitores extremamente grandes, redimensionando o conteúdo de forma a garantir a legibilidade em telas muito grandes. No meu caso, uso quase o dobro do normal para uma TV de 42 polegadas. O detalhe é que alguns programas não respeitam essa configuração, o Chrome era um deles. O Firefox já redimensionava todo o conteúdo, inclusive as páginas e menus. O Chrome foi adotar esse padrão meio tarde. Quando ele adotou, passei a usá-lo como padrão em todas as minhas estações.

Outro grande problema do Chrome são as fontes. Embora em meu HTPC nunca tive esse problema, no notebook da patroa as fontes não são renderizadas corretamente pelo Chrome com DirectWrite e era necessário desativar esta opção. Pior que isso era que resolvia, mas as fontes ainda ficavam pouco legíveis. O Facebook parecia sofrer mais do que outros sites desse problema (embora ele aparecesse em outros). A solução veio depois de VÁRIAS horas de pesquisa e envolve uma extensão (hehehe) que modifica a fonte utilizada:

https://chrome.google.com/webstore/detail/change-font-family-style/aabledekpjmoghdjnpnhfkfpmjifklpb

Bastando ir nas opções da extensão e trocar a família por "Arial" (uma ótima fonte, na minha modesta opinião).

O Banco do Brasil e a CEF exigem, para acesso ao home banking, que certas extensões sejam instaladas. No caso da CEF não tem como fugir do GDB, um plugin maldito que se instala nas entranhas do Windows e é impossível de remover (motivo pelo qual prefiro acessar pelo smartphone, ou pelo notebook da patroa, onde o plugin está instalado). O Banco do Brasil usa um plugin (o mesmo, inclusive) também, mas funciona no Linux sem plugin utilizando Java. Eu prefiro Java do que esse plugin maldito, então uso a extensão Chrome User Agent Spoofer para fazer o BB pensar que estou no Linux e usar o sistema de segurança Java ao invés do maldito plugin que se instala no Windows. Funciona muito bem. Instalo a extensão, crio um novo spoof denominado "Chrome Linux" com a string: "Mozilla/5.0 (X11; Linux x86_64) AppleWebKit/537.36 (KHTML, like Gecko) Chrome/34.0.1847.137 Safari/4E423F" e configuro a lista de Spoofs permanente para incluir:


www.bb.com.br
www.bancobrasil.com.br
www2.bancobrasil.com.br

Com o spoof Chrome Linux. Funciona muito bem.