Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

19 de dez. de 2016

Egocentrismo e o trânsito

Quanto mais observo a sociedade, mais percebo que as pessoas em geral não notam a fragilidade e a beleza de nossas aglomerações humanas. A relativa paz em que vivemos é fruto de muita evolução, e ainda assim várias pessoas tentam destruir essa paz. Não só isso, nossas regras, implícitas e explícitas, parecem ser quebradas apenas pela rebeldia de ser "do contra". Eu vejo isso a cada dia, em todos os lugares, e isso me assusta. Chegou ao ponto do "normal" ser quebrar a regra, e não obedecê-la.

Cada indivíduo parece pensar apenas nele mesmo. A falta de empatia e bom senso é tanta que perco a esperança de melhoras pois novas situações absurdas se apresentam diariamente. No trânsito, na fila do supermercado, no trabalho, no estudo e na rua.

Pequenas infrações que atrapalham as vidas das outras pessoas e poderiam ser facilmente evitadas. Transgressões insignificantes que parecem se acumular em uma parede intransponível de mediocridade, egocentrismo e falta de educação.

E no trânsito? Meu nêmesis, o trânsito! Onde as pessoas liberam suas bestas interiores (sejam elas leões ou antas) e agem da maneira mais tosca possível. Criando situações perigosas, em total desconsideração pelo bem estar dos outros, sua segurança e integridade. Invadem pista contrária, não sinalizam, conversões erradas, manobras perigosas, trapalhadas diversas. Nunca ouviram falar em curvas em "L" (esqueceram da auto escola). Não sinalizam, ou pior, sinalizam errado. Não usam seus espelhos e não sabem as regras básicas de trânsito, como por exemplo, curvas a esquerda em vias duplas.

Dias atrás vinha eu em uma via preferencial, sinalizei que faria curva a esquerda (invadindo a pista de sentido contrário). Uma camionete trafegava no sentido contrário, e queria fazer também uma conversão a esquerda. Simples. Se os dois motoristas cuidarem suas velocidades, ambos podem cruzar-se e efetuar a conversão sem nunca esbarrarem. Mas esse senhor PAROU O CARRO em sua via, sinalizando COM A MÃO para que eu passasse a sua FRENTE (invadindo sua pista, ficando de frente com ele e interrompendo o trânsito na via). E ficou nervoso pois não aceitei fazer essa CAGADA no trânsito, buzinou e proferiu impropérios como SE ESTIVESSE CERTO!

Pessoas estacionando mal, fazendo manobras proibidas colocando todo mundo em risco, trafegando devagar demais, rápido demais, sem sinalizar, sem obedecer as regras. As regras estão lá por um motivo, para que TODOS saibam o que estão fazendo, possam antecipar os movimentos do outro e todos fiquem em SEGURANÇA!

Ser adulto


Estou beirando meus 35 anos, mas nunca me achei um adulto. Talvez por não me comportar como um "adulto" normal se comportaria muitas vezes, ou por achar o conceito todo de "adulto" um tanto hipócrita, e talvez até repressivo.

Mas algumas vezes, por momentos ou períodos inteiros, eu soube o que é ser um adulto. E consigo, por estes momentos, definir o que é ser adulto.

O primeiro momento foi intercalado. Foi quando decidi que precisava me sustentar e resolvi investir na única capacidade que tinha: a intelectual. Precisava usar isso ao meu favor, e fazer alguém me pagar para exercer uma profissão. Aí outros adultos me encorajaram e auxiliaram tremendamente a escolher o caminho. Decidi prestar concursos. Aí foi uma fase de estudo, muito estudo, noites passadas lendo conteúdos, dormindo até literalmente babar e manchar a folha impressa por jato de tinta. Aí prestar as provas e aguardar o resultado. Desse momento até eu ser chamado para exercer o cargo que ainda ocupo, eu sei que fui um adulto pelo stress tremendo que tomou conta de mim. A expectativa e a carga de responsabilidade autoimpostas que levaram a estudar mais do que a vontade. Nunca havia precisado chegar a esse ponto. Desde o ensino fundamental e médio, até pelo fracasso na primeira universidade e "levando" a segunda. Nunca foi necessário. Agora não só era necessário, era uma obrigação. E depois, quando aprovado, ao fazer os testes admissionais e assinar a posse, me senti um adulto, pela pressão de um novo trabalho e a sensação de que não sabia nada.

O segundo momento foi quando minha esposa anunciou que estava grávida. Infelizmente o destino não permitiu que a gravidez continuasse, mas nesse momento, eu me senti um adulto (ou como eu imagino que um adulto se sentiria).

Cada momento em que acordo cedo, sem vontade, por uma obrigação, seja ela educacional, moral ou profissional, é um momento em que me sinto um adulto. Eu não reclamo, e faço.  É a leveza de ser um adulto que permite lidar com essa situação com naturalidade ao invés de rebeldia.

Ser um adulto é ter a consciência de que acordar cedo, estudar e trabalhar proporcionam os momentos que valem a pena serem vividos. As férias, os encontros, os acidentes, as festas. Se nossa vida for uma festa interminável, que valor há nela? Se seu trabalho melhora a sociedade e te traz um mínimo de realização, vale a pena.

Trocamos tempo (de vida) por dinheiro, e esse dinheiro nos compra o que não podemos produzir, serviços que não queremos ou podemos fazer, e facilidades que não conseguimos sozinhos. Essa compra é uma troca, permite que estas pessoas que produzem, servem ou facilitam façam o mesmo com outras pessoas, em ramos tão diferentes. Isso é sociedade. Todo momento de tranquilidade, paz e contemplação tem como preço o trabalho (de alguém). Ser adulto é saber que esse trabalho é SEU para desfrutar. É poder usar (ou até perder) tempo sabendo que é um "juro" de seu investimento de tempo baixando a cabeça nos estudos ou correndo atrás da máquina no emprego.

3 de mai. de 2016

Técnico de Informática bonzinho



Fui acusado de ser um técnico malvado. Recusando os pedidos dos usuários de primeira, sendo crítico ou mal humorado. Reconheço, o sou. Mas não sou dissimulado, ou hipócrita, e, portanto, no mais recente episódio, como em qualquer outro que venha a luz, deixei bem claro os motivos. Eles existem, em abundância.

A sociedade vive a revolução tecnológica. Somos cada dia mais dependentes da tecnologia em todos os sentidos. Eu vivi a era de ouro da tecnologia, o boom das dotcoms, sua queda vertiginosa, o investimento de capital fluindo para a Internet como um rio para o mar. Eu vivi a mudança do real para o virtual, do telefone para o mensageiro instantâneo, e me adaptei surpreendentemente bem. Eu me sinto bem com a tecnologia, a entendo, e embora tenha atuado por anos fora do círculo tecnológico acadêmico, e tendo apenas recentemente ingressado novamente nessa aventura, eu sempre me mantive ativo, atualizado e ligado as novas tecnologias.

Em contrapartida, a população em geral cada vez entende menos de tecnologia. Não entendem como ela funciona, é criada, as evoluções e revoluções constantes da ciência que nos proporcionam as comodidades da era digital. Em verdade, há tantos que criticam essa nova fase mundial, saudosistas pelo contato humano abandonado. Críticos das crianças que tem acesso a mais informações na ponta de seus dedos que todas as bibliotecas públicas municipais combinadas - dos tempos considerados por eles áureos e felizes. Mesmo quem é empolgado pelas novas tecnologias não faz um hábito de entender como elas funcionam minimamente. É comparável a ter um carro, mas não saber a função da bateria, ou do tanque de combustível. Os saudosistas se revoltam contra essa necessidade de novos conhecimentos para manter-se ativo, e os empolgados entendem o mínimo necessário para com desenvoltura utilizarem as ferramentas tecnológicas em sua vida ou seus respectivos campos profissionais.

E no meio, os técnicos. Não somos os cientistas que criam, nem os engenheiros que projetam (na maioria) no mais baixo nível. Somos a interface entre a maioria absoluta da população (que apenas usa a tecnologia) e um mercado agressivo, com jargão próprio, evolução constante, obsolescência programada, artimanhas e gambiarras. Entendemos a tecnologia como poucos, não somos mais "o menino da informática" ou "o cara da TI". Não somos formatadores pirateando software por 50 reais. Não somos os recarregadores de cartuchos de impressora nem os configuradores de WiFi. Somos profissionais extremamente qualificados, em constante corrida contra o vertiginoso avanço da tecnologia que nos obriga foco, estudo e atualização constante. E também somos o suporte técnico. E somos os amigos, colegas e familiares.

Quando alguém me pede algo relacionado à tecnologia, as sinapses disparam e um juízo de valor é imediatamente compilado levando em consideração as variáveis disponíveis. É assim que pensamos, pois é assim que programamos computadores para pensar. A resposta, até que mais informação seja adquirida, é essa. Não nos censure por perguntar, precisamos de mais dados. Não pense que estamos de má vontade, somos técnicos, não milagreiros. Existem limites para a tecnologia, e existem limites para quem a utiliza. Algumas perguntas têm resposta afirmativa para nós, mas precisamos levar em conta a experiência e desenvoltura tecnológica do interlocutor para responder. Sim, tem como fazer, mas exige uma curva de aprendizado, um software especializado caro, um conhecimento prévio complexo que você não possui. Então, para você, agora, nesse contexto, a resposta é não. Precisamos nos proteger da cobrança dos que não entendem e censuram. Precisamos proteger o usuário dele mesmo, evitando que a organização que nos contrata seja prejudicada. É a dura realidade. Precisamos evitar que erros sejam novamente cometidos, ainda mais quando eles são óbvios, informados ou decorrentes de uma ação que deveria ser sumariamente evitada.

A informática é uma ciência exata, governada pela Física e a Matemática. Os computadores, fora algumas limitações, são em geral exatos, fazem cálculos e exibem resultados. Não deveriam dar problema, deveriam ser previsíveis. Então, o que nos fez chegar a "era do suporte"? Qual o motivo de existirem tantos bugs, problemas, comportamentos imprevisíveis e dificuldades? Existem dois principais: o primeiro é o hardware, o segundo é o software. O hardware, devido à microcircuitos integrados e suas particularidades, dificilmente poderá ser consertado no local. Sua falha também acarreta quase que sempre sua substituição, se ele for o armazenamento de dados, não há muito que fazer. O hardware é tranquilo, difícil é explicar quando ocorre perda de dados.

Agora, o software. Entendam, popularizar a informática levou a um processo de dumbing down da ciência e tecnologia, a fim de torná-la mais acessível. Para tornar qualquer pessoa capaz de utilizar seu software, a interface tem que ser melhorada, simplificada. O processo de programação desse software muda, pois exigências como qualidade, previsibilidade e tolerância (presentes ainda fortemente em outros setores, como indústria e forças armadas) são deixadas para trás em favor da velocidade de desenvolvimento, facilidade de utilização e menor curva de aprendizado. Terminamos com computadores que precisam ser reiniciados ou "formatados" (como odeio essa palavra), smartphones que travam, apps que se perdem e sites da web que se confundem em suas próprias informações. Tudo isso considerado pelo status quo como um preço baixo a se pagar pela facilidade, acessibilidade, velocidade de desenvolvimento e integração. E esse tipo de software treinou a geração "next, next, finish", que abomina segundos perdidos lendo a mensagem de erro, que repete a mesma ação esperando um comportamento diferente, que tenta "reiniciar" antes de qualquer coisa (e pior, funciona) e que não tem nem ideia do mais básico conceito, fundamental para utilizar aquela ferramenta, e se justifica com o lamentável: não sou dessa área.
E no meio ficamos nós. O suporte. O "menino da informática".

Tenho notícias. Você é "dessa área". Se eu tenho uma chave teste para rede elétrica, eu não sou um eletricista, mas tenho que saber como ela funciona, sob pena de levar um choque. Se eu não sei para que serve o radiador do veículo, a chance de ter problemas de arrefecimento aumenta exponencialmente. São conhecimentos básicos sobre assuntos complexos que nos permitem trocar lâmpadas, usar uma furadeira, sintonizar um rádio ou TV. Essas coisas são parte da nossa vida e entendemos como elas funcionam. Qual o motivo de não ser assim com computadores e smartphones? Eles são parte de nossa vida cotidiana, mas ninguém entende nada sobre eles. De verdade. O suporte técnico deveria lidar com o comportamento inesperado do software e hardware, não com o comportamento inesperado do usuário. Por vezes tenho que ser psicólogo, consultor sobre postura e oftalmologia. Eu dei aula de informática em classes do maternal (sim, 4 anos de idade) até a quarta série (10 anos). Agora tenho que explicar para adultos coisas que seus rebentos aos 4 anos já sabem. São dois tipos de pessoas que acham que não precisam saber nada sobre o assunto e se justificam, pois: não nasceram nessa época ou não são desse campo do conhecimento. Carl Saga já dizia:

“Vivemos numa sociedade intensamente dependente da ciência e da tecnologia, em que quase ninguém sabe algo sobre ciência e tecnologia.”

Então se sou "malvado", é para:

  1. Obrigar você a percorrer a curva de aprendizado sobre a tecnologia, para não ser tão dependente de mim.
  2. Impedir que você cometa os mesmos erros, afetando a sua produtividade, e a minha.
  3. Mostrar a informação óbvia, perdida em meio aos cliques e ENTERs automáticos, e que mostrava não apenas o problema, mas a solução.
  4. Impedir que a organização que me paga sofra com problemas na relação do usuário com a máquina.
  5. Mostrar que uma ação indevida foi tomada, mesmo que você jure que não o fez, para evitar que o faça novamente.
  6. Retirar a "mística" da informática, que parece levar alguns a crer que tudo é possível, de graça, e em tempo hábil, relembrando que é uma ciência.
  7. Impedir decisões que vão causar mais trabalho e dor de cabeça, por não terem base técnica, não importa quão boa a ideia pareça.
  8. Lembrar que sou um profissional, que estudou e estuda muito para manter-se atualizado, vive disso, e portanto, não está sempre a disposição.
  9. Mostrar a solução óbvia, mais simples e disponível, para um problema que antes não existia, ou que era solucionado com uma gambiarra.
  10. Poupar-me de adentrar outra área, geralmente das ciências humanas, como psicologia, para prevenir ou mitigar problemas com relação ao uso do computador.

Espero que tenha sido claro. Muito obrigado.

18 de fev. de 2016

Modem e a Internet

Em minha casa uso como provedor a Oi (antiga Brasil Telecom), através da ADSL, com uma conexão de 15mbps que funciona bem a maior parte do tempo. Tenho certas vantagens, sempre morei perto da central telefônica e peguei um pacote por um preço muito bom. Assim, eu resisto a trocar pela Internet via fibra ótica e mantenho meu número de telefone comprado via venda casada quando eu ainda era burro o suficiente para cair nesse tipo de golpe.


A ADSL tem vários problemas, alguns não me afetam (distância da central, qualidade da linha) e outros sim (hardware necessário).

No caso, meu maior problema sempre foi o modem. No início, a própria provedora do serviço te fornecia um modem roteador, uma porcaria que mal aguentava duas máquinas conectadas e que tinha vários problemas de configuração padrão, com uma interface web muito ruim. Depois, vieram os 2em1 modem-roteador, que são uma falha dupla, colocaram mais funções em um hardware que mal conseguia fazer o básico antes. Até hoje tem gente que resolve parcialmente o problema separando o modem e o roteador, mas não configura o modem para agir apenas como modem, resultando em performance perdida e vários outros problemas.

Eu tenho tudo configurado corretamente. Tenho um modem separado, configurado em modo bridge, com os circuitos virtuais desnecessários desativados, com NAT, firewall e outros serviços desabilitados, com acessos remotos bloqueados e que basicamente faz o que um MoDem deve fazer (modular e demodular o sinal). Tenho também um roteador BOM, que na época foi caro, e hoje aguenta o tranco apesar de acumular anos. Também o configurei muito bem, ele roteia o tráfego diretamente ao modem para que possa acessar o modem, mas tudo em uma VLAN separada, sendo assim não me preocupo com broadcasts chegando ao modem sem necessidade.

O meu problema é o modem. Hardware porcaria. Nunca achei um que pudesse chamar de "bom". Todos tem vários defeitos. A maioria não tem arrefecimento passivo suficiente, portanto esquentam prá caramba, deteriorando as partes internas e eventualmente falhando. Eles também possuem fontes de alimentação muito porcarias, que na maioria das vezes são fracas e sujeitas a falhas. Fora eles agregarem muitas ferramentas inúteis e que o hardware não é capaz de aguentar se demandado com frequência. Alia-se a esses problemas o fato que as linhas ADSL em geral sofrem de problemas crônicos com perda de pacotes e erros de CRC, que aumentam conforme o tempo ligado do modem aumenta, muito provavelmente por falta de memória interna e de circuitos de prevenção e controle de erro.

Então cheguei a ter que trocar de modem duas vezes ao ano. E me irritei.

Abri o modem, e localizei os capacitores estufados responsáveis pelo péssimo funcionamento. Troquei eles. Usei uma faca aquecida para cortar um pedaço da parte superior da carcaça, onde prendi um cooler de computador de 80mm de perfil baixo, provido de um controle de velocidade, liguei isso a placa do modem, em uma via com 9v.

Isso ajudou imensamente, mas ainda há o problema dos erros de CRC, que só são resolvidos quando o modem é reiniciado, cheguei a conclusão que a única maneira de resolver era periodicamente reiniciar o modem. Para isso, utilizo a interface de linha de comando (CLI) dele, que é acessada via telnet, e um software fantástico chamado TST (Telnet Scripting Tool). Ele permite fazer scripts com comandos telnet. Assim, toda madrugada, o script acessa o modem e gera um relatório de erros da linha, e depois reinicia o modem.

Nos testes tudo funcionou perfeitamente, agora só espero que isso resolva meus problemas e eu pare de perder a paciência com o bendito modem.

1 de fev. de 2016

Óculos

Eu uso óculos de grau. É muito chato, sou descuidado com as lentes e estas acabam sempre riscadas e detonadas, até a armação sofre com amassados e acidentes. Se pudesse, não usaria óculos de grau, mas óculos de sol, esse sim é uma necessidade. Meus olhos são sensíveis a luz, eu fecho meus olhos diante de brilhos fortes. Minha sala no trabalho tem iluminação direcionada, por ter sido utilizada anteriormente por uma agência bancária, sendo assim, desligo as luzes diretamente acima de mim. Em casa, passo a maior parte do tempo no escuro, eu gosto assim.


Óculos de sol vem em todas as formas, cores e preços, mas sempre prezo por óculos de boa qualidade, para evitar danos aos olhos. Investi sempre muito dinheiro, e já penei por ter perdido um óculos caro, ter quebrado um novinho ou ter riscado ele.

Um dia, conversando com um grande amigo que trabalha com agricultura, pergunto sobre proteção ocular, e ele me fala sobre os seus óculos. Inclusive me empresta eles. Depois de anos, aprendi a verificar as lentes, e a lente era excelente. O corpo, praticamente uma peça só de policarbonato com anti-risco. O óculos é considerado um Equipamento de Proteção Individual (EPI), portanto tem classificação conforme a ABNT, também tem filtro UVA e UVB (essencial) e bloqueia 84% de transmissão de luz. O único porém é a visualização lateral, que esbarra no desnível criado para o encaixe do nariz, e distorce a imagem nos cantos internos das lentes. Nada que desfaça o produto, mas detalhe ausente em outros óculos. Um encaixe confortável e firme.

Eu pratico corrida, me considero uma pessoa ativa, esse modelo ficou muito bom para a prática de esportes. Agora, o susto veio quando perguntei o preço. Lembrando, essse óculos é um EPI, construído para tomar porrada, e ser substituído. O preço médio dele é R$ 15,00. Uma média de 20x mais barato que o modelo que uso.

Comprei dois para testar, ótimo óculos, continuo comprando eles quando perco ou estrago um.

Aí me pergunto, será que esses outros óculos valem todo esse dinheiro?

Aí pesquisando sobre o óculos, a empresa fabrica muitos outros modelos, destinados a proteção industrial e prática de esportes, inclusive para lentes corretivas, máscara de rosto (para paintball ou airsoft) e outros modelos mais esportivos. Todos com certificação ABNT e proteção UVA e UVB.

www.supersafety.com.br

Fica a dica!

22 de jan. de 2016

Infraestrutura

As pessoas que me conhecem no trabalho imaginam minha casa como é minha sala do serviço. Uma "bagunça organizada" com fios, placas, conversores, adaptadores e MUITOS computadores, notebooks, impressoras, estabilizadores, réguas e equipamentos de rede em geral. Elas também pensam que devo gastar muito dinheiro com eletrônicos e gadgets.


No entanto, em casa eu tenho o setup mais simples possível. E constantemente penso em simplificá-lo mais ainda.

Eu tenho uma TV LG de 42 polegadas, 3D (pelo refresh rate), adquirida a 1 ano, que substituiu a minha velha Samsung 32 de guerra (que tem seus 6 anos de uso). Essa é a única tela independente que tenho em casa. Minhas TVs nunca são caras, pois o critério de escolha sempre é o mesmo: tipo de tela, resolução máxima e taxa de atualização. Não me importa se ela é smart, tem wifi, subwoofer ou outras firulas. Esses painéis acabam sendo muito mais baratos.

A tela equipa meu HTPC, único desktop que possuo, que vai completar 6 anos em abril. É um Core i5 661 (sim, um Clarkdale) com 8GB de RAM, 120GB em um SSD Kingston v300 em uma Intel DH55TC. A RAM original de 4GB foi dobrada 1 ano e 9 meses atrás, dois meses depois desse upgrade substituí o HD interno por um SSD. Nesse micro tenho ainda ligados mais 4 discos e um gravador de DVD, totalizando 2.8 TB de armazenamento com vários backups. Ele fica obviamente na sala, e merece atenção redobrada com acústica, desempenho térmico e limpeza.

Ligado ao HTPC eu tenho um conjunto Creative Soundblaster 5.1 amplificado ligado via canais analógicos direto. Um cabo HDMI joga o vídeo para a TV. O HTPC também está equipado com dongles BT, WiFi (recentemente desativado, voltei a usar ethernet), teclado (um Logitech Dinovo Edge), o LightPack (retroiluminador da TV) e um sintonizador de TV digital com antena.

Temos dois smartphones: o meu Moto X Play de 32GB recentemente adquirido (black friday 2015) e o velho e bom Moto G primeira geração da esposa. Tenho um tablet pouquíssimo usado (velho e bom Samsung GalaxyTab 2 7 polegadas).

Temos dois notebooks, o meu para uso na faculdade (um Core i3 da Qbex, com HD de 500GB e SSD de 32GB usando Intel Rapid Storage), e o velho Positivo Core i3 da esposa, que ano passado ganhou como upgrade um HD híbrido Seagate Momentus XT de 500GB com cache de 8GB. Como podem ver, eu não compro equipamentos caros, a não ser que eu veja um custo x benefício fenomenal neles (caso do Dinovo Edge) ou consiga comprar usado com ótimo preço (caso do conjunto SoundBlaster). Depois que a Intel entrou no mercado com seus SoCs completos, tudo melhorou, é difícil comprar gato por lebre e portanto as marcas de entrada se tornam boas opções. Problemas de hardware são raros, senão inexistentes, e o software eu conserto.

Tenho uma impressora multifuncional HP 2436 Wifi, por causa da faculdade, e porque scanner é uma maravilha, via rede então, show de bola. Outro equipamento eletrônico (pode ser visto como parte do inventário) são as câmeras. Uma Sony Cybershot antiga, e uma Canon SX-510 HS superzoom compacta. vários fones de ouvido (4, 1 deles BT, 3 com fio, 1 intra-auricular) e uma Aquarius Aqua (caixa de som BT a prova dágua). Vários pendrives e cartões de memória (esses sim são variados).

A Infraestrutura de rede é sustentada por um modem podrinho TP-Link (poderia ser qualquer outro, assim que chegam eu desabilito qualquer serviço neles, coloco-os em uma subrede separada e destivo todas as opções de roteamento e administração remota (DNS, DHCP, NTP, Firewall). O roteador é um WRT54G-TM, da Linksys. Ótimo aparelho, comprado em 2010 para substituir meu WRT54GL. Confiram as diferenças na Wikipedia. Novamente, esse aparelho mereceu desembolsar uma grana, mas vale cada centavo (equivaleria hoje a R$ 400,00).

Todos esses equipamentos (tirando o tablet, que está em desuso) são usados praticamente diariamente (talvez meu notebook esteja meio "esquecido", motivo: férias). Além disso trabalham em sincronia e conectados, e não me dão dor de cabeça (é só ver a idade de alguns deles).

Então esse é, resumidamente, todo o inventário dos eletrônicos lá em casa. Como podem ver, não é nada de outro mundo, aposto que muitas pessoas que não trabalham na área tem muito mais equipamentos.