Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

23 de abr. de 2010

ABNT e as tomadas

Qual a moral de um bando de idiotas decidir, do nada, que todos os plugs de tomadas devem ser trocados.

Pior ainda, para um padrão que de padrão não tem nada, pois não é nem parecido com nada que tínhamos, ou poderíamos prever. Agora prédios novos tem que colocar esse sistema ridículo de tomadas. E novos aparelhos, esses sim, podem ser colocados nessas novas tomadas. O problema? OS OUTROS APARELHOS. Ou seja, a sua TV, o som, o modem, o computador, o telefone sem fio, a geladeira, tudo.

E os babacas que criaram esse padrão dizem que é para o futuro, pois é mais seguro. De que adianta o futuro, se AGORA todos os aparelhos com mais de um ano e/ou importados vão ter que usar um adaptador? Esse adaptador vai diminuir, obviamente, a segurança. E tudo vai ter que usar adaptador.

Numa recente reforma em um prédio, o poder público teve que licitar, além da reforma, 75 adaptadores para tomada, UM para CADA tomada do prédio. Motivo? Pois nossos computadores não tem essa tomada nova ainda. Nossos estabilizadores, impressoras, monitores, equipamentos de rede, terminais, etc, nada tem essa tomada nova.

O país já é uma merda, pois nenhuma tomada nossa tem o terceiro pino (terra), agora vai ser pior, pois onde for trocado, vai se colocar uma tomada que TEM o pino, mas ele vai estar desconectado, por absoluta falta de aterramento na maioria absoluta das residências.

Tudo por que um engenheiro e um bando de idiotas se reuniram e decidir ir contra todo o estabelecido no resto do mundo.

Sejamos diferentes.

Qualquer incêndio causado pelos adaptadores deve ser cobrado da União. Por colocar essa regra imbecil.

19 de abr. de 2010

Novo HTPC

Eu costumava dizer que eu tinha um HTPC, mas não era verdade. Eu tinha um notebook com a tela quebrada ligado através da saída de vídeo secundária a minha TV da sala. Por muito tempo (mais ou menos 16 meses) ele serviu muito bem ao seu propósito, no entanto, nunca foi uma máquina rápida, não fazia jus ao dispositivo de vídeo (TV Full HD) ou aos conteúdos em Full HD que a web proporciona. Eu até incrementei ele. Inicialmente, dois discos USB de 320GB, isso só contribuiu para deixar a máquina ainda mais lenta, então investi alguns reais num gabinete e-sata para HDs que fazia RAID em hardware (para tentar aliviar um pouco a carga e aumentar a velocidade). Tive que adquirir para isso uma placa ExpressCard E-Sata com duas portas. O gabinete custou uma mini fortuna (quase 500 reais, um Venus DS3R-PRO, sem discos), mais alguns reais em discos. E logo percebi que não seria suficiente, então adquiri um outro gabinete, muito parecido (menos robusto, menos refrigerado e sem gavetas removíveis, mas metade do preço, da MTEK) para ligar na outra saída. Agora com 1.3TB de armazenamento, e ainda sem o poder de processar um vídeo acima de 720p e tendo que fazer malabarismos configuracionais para que o Athlon 64 2.8 conseguisse tocar um Half HD. Sofrimento.

Então, um mês atrás me convenci que era hora de montar um computador. Pesquisei muito, e até onde meus conhecimentos me levaram, a escolha óbvio parecia ser um quadcore. Quatro núcleos seria um baita avanço. A questão custo benefício me levou para a AMD, seria um Phenon II X4 9xx (nem lembro mais), com 4GB de RAM, e uma placa ATI (seria a combinação lógica, afinal, AMD e ATI). HD não me importa, já que tenho 1.3 TB em discos externos espelhados.

Em termos de controle, um HTPC geralmente teria um controle remoto no estilo de DVD-Players e TV por assinatura. Mas eu acho eles muito limitados. Escrever este texto levaria um ano num daqueles. A solução lógica foi um teclado bluetooth, com mouse embutido. E nesse quesito, após sofrer com um Goldship, resolvi desembolsar uma grana, comprei um Logitech Dinovo Edge. Além de controlar COMPLETAMENTE o PC (ele tem um touchpad integrado), ainda ganho teclas multimídia, e uma digitação fluida com um dos melhores teclados que já usei. Além de ser lindo, claro, completando meu conjunto Black Piano com uma base muito elegante.

Fui atrás, e descobri que é MUITO caro montar uma máquina como se quer. Sem falar que gabinetes bonitos para HTPC são uma fortuna. Quase custam o mesmo de um processador. Além disso, não parecia uma solução muito barata. Sairia em torno de 3000 reais montar uma máquina de fato boa. Os processadores AMD precisam de uma fonte parruda, e refrigerar toda essa naba não ia ser fácil sem ensurdecer todos na sala.

Resolvi procurar conselhos. Conversei com um amigo (valeu Arno!) que também trabalha com computadores (só que no setor privado) e ele me deu a dica! Core iX! Depois de ler um pouco as reviews e estudar benchmarks, decidi que ia ser um desses. Um Clarkdale para ser mais exato. Não demorou muito até decidir pelo Core i5 661, e com a pesquisa descobri que tudo que eu aprendera nos meus cursos estava caindo por terra. Prá que northbridge? O Clarkdale integra na CPU o controlador de memória, e ainda de lambuja vem um um processador GRÁFICO (GPU) integrado, tudo com uma dispersão térmica mínima e baixo consumo, e capaz não só de Full HD, mas aliado ao chipset H55 da Intel, 7.1 no áudio também. Tudo isso por menos de 1000 reais (placa mãe + processador) e dispensando uma placa de vídeo dedicada (passei da minha época de jogar jogos de última geração no computador, por isso comprei um Wii, e no futuro, se quiser HD em jogos, posso conseguir um PS3).

Então, com a ajuda do Jean da Perlin Computadores (Av. Brasil, em frente a Justiça Federal, em Santo Ângelo - RS) consegui as peças, processador, memória, HD, gravador de DVD, placa mãe. E ele ainda me conseguiu um lindo gabinete Dr. Hank Micro-ATX que ficou fenomenal no meu rack (parece um daqueles antigos VCRs, todo black piano, com fonte de 250W reais) e que fornece bem mais energia do que o computador necessita. Me entregou o computador MONTADO e já com o sistema instalado, esperando minha chave para ativar completamente. Serviço de quem entende da coisa.

Embora com dois núcleos, o i5 661 é um processador poderoso. Aliado a GPU Intel HD Graphics integrada, consegue dar toda a experiência do Windows 7 Ultimate 64 bits que escolhi (valeu novamente Arno, eu iria me arrepender de colocar o 32 bits) para habitar meu HD Samsung de 500GB. Esta semana instalo um leitor de cartão black piano universal que vai adicionar mais uma USB dianteira as duas existentes, e mais 2GB de memória 1333MHz da Kingston.

O sistema todo roda com pouca energia e esquenta muito pouco, apesar de nosso verão horrível. Tocar 3 vídeos Full HD ao mesmo tempo levou o processador a meros 24% de uso. A performance é muito boa mesmo.

Novamente quero expressar meus agradecimentos ao Jean, da Perlin e ao Arno que também trabalha lá, pela presteeza e paciência com este power-user chato que vos tecla.


Em breve fotos da montagem.