Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

24 de out. de 2007

Naruto

Alguns anos atrás eu era viciado em séries de desenhado animado japonês tais como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, Shurato, etc. Depois vieram mais séries, como Samurai X, YuYu Hakusho e outras, mais recentes.

Esse ano eu descobri mais um anime que vale a pena olhar. Pena que foi meio tarde, afinal, ele estreiou em 2003. Naruto.

Eu não vou descrever a série, afinal de contas, a Wikipedia fez isso melhor do que eu jamais faria, e também não vou ficar divagando sobre as sagas. Ao invés disso vou dizer o que me chama a atenção na série.

Eu me identifico muito com o Naruto, especialmente a versão mais velha dele (Shippuuden). Ele é viciado em macarrão instantâneo (Lamen ou Ramen), ele é fanfarrão e crianção e literalmente "se acha". Faz amigos muito rápido, e inimigos também. Confia demais e é desastrado, atrapalhado e empolgado demais. Mas o que mais chama atenção é que ele é PERSISTENTE. Ele nunca desiste, a não ser quando seu corpo simplesmente não se meche mais. Ele é vulnerável, não invencível... Pelo contrário, ele toma laço e muitos episódios acabam com ele no hospital todo quebrado. Ainda bem que a vila Shinobi onde ele mora tem excelentes ninjas médicos.

Eu vejo isso faltando em muita gente, esse espírito de luta, essa vontade impassível de vencer, de superar e crescer, e nisso Naruto é uma lição de vida.

E quem diz que é besteira olhar desenho, e que eu devo crescer. Notícia: melhor olhar desenho e aprender alguma coisa que olhar ou fazer qualquer outra coisa e não aprender nada.

10 de out. de 2007

Morreu atropelado pelo caminhão... De informação.

Ás vezes eu tenho vontade de explodir com algumas pessoas e falar umas verdades bem alto, para ver se as palavras entram nos ouvidos e o cérebro delas "acorda" para a realidade.

A globalização está aqui. Ela já se instalou e pouco me importa ou importa ao resto do mundo o quanto você se indigna por essas terríveis multinacionais que estão dominando tudo. Ninguém se importa, acorde. A globalização é uma espécie de "plaina", nivelando sem dó o nosso mundo, separando quem quer se adaptar e evoluir de quem estagnou.

Estar em casa e em todo lugar é uma necessidade, sei disso pois estou "online" 33% da minha vida. Estou diariamente 8 horas na Internet, no MÍNIMO, podendo chegar a 10 ou 12hs. Metade do meu dia. Motivo? Suporte, ajuda, colaboração. Não temos mais o direito de sermos ilhas e de nos auto-sustentar como se não houvesse mais ninguém vivo no planeta. Quem tentar seguir para este lado vai sucumbir.

Eu vejo todo dia pessoas se dando bem, e ultrapassando quem está em um modelo antigo de trabalho, no qual pisar e aniquilar seus adversários ainda funcionava. Hoje em dia, compartilhar conhecimento e informação, ter fontes é o segredo para não ficar perdido. Motivo: não somos mais capazes de sozinhos acompanhar todas as mudanças que o mundo apresenta, e ao mesmo tempo precisamos acompanhá-las para nos manter vivos no mercado de trabalho.

Eu falo isso tudo baseado no fato de que os níveis sociais atingidos por esta mensagem não são os mais baixos. Motivo? Lá a coisa continua como sempre esteve. O que está ocorrendo é exatamente o fenômeno que eu previ quando estava na faculdade em 1999. Os velhos raposões de ontem estão caindo em desgraça por não acompanhar as mudanças que o sistema impõe para executar melhor as tarefas. Enquanto isso, a nova geração, faminta por informação e cada vez mais disposta a sacrificar um pequeno período de suas vidas para garantir sua superioridade de conhecimento, sobe níveis e forma as famílias do século XXI. Não adianta ser hipócrita ao ponto de pensar em utopia.

Meu velho pai cruzou um caminho penoso e cheio de desafios para levar eu e meus irmãos onde estamos. Ele deu o passo inicial, colocou as pedras no caminho para que não pisássemos nos espinhos. Nos foi guia indo em direção a formação profissional e intelectual e hoje estamos aqui. Prontos para a tecnologia crescente que inunda nosso universo.

Não se iluda, não importa sua idade, profissão. Você eventualmente vai entrar em contato com computadores nessa nova realidade que vem se apresentando nos últimos 20 anos. Você pode encarar de duas maneiras: ou você conhece esse "bicho" o suficiente para usá-lo, ou alguém que o saiba vai derrubar você.

Ah, mas eu não preciso saber nada sobre isso... Isso é a TUA profissão, não minha.

Essa frase, minha nossa, escutei-a tantas vezes. Minha profissão é CONSERTAR o computador, e não te ensinar a usar. Por isso existem manuais, comandos padrão, protocolos, etc. Para que você não precise de professor para usar a ferramenta. Faz parte do teu serviço usar as ferramentas que o teu empregador oferece!