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Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

26 de mar. de 2025

Já verificou o wearout do seu SSD hoje?

A modernidade nos levou à uma sociedade conectada em que a tecnologia cada vez mais faz parte do cotidiano. Apesar disso, cada vez menos pessoas entendem de fato de tecnologia. Os cursos específicos esvaziam-se, ligados à STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics), se provam muito difíceis para uma geração acostumada à satisfação imediata e recompensas fúteis, sem esforço. Paradoxalmente, muitas destas comodidades vem diretamente da tecnologia que eles usam, mas não entendem.


Então, nos primórdios havia os HDDs, spinning rust, discos de metal magnetizado acumulando informação. Um pináculo para a época, hoje continuam mais baratos e acessíveis e ainda muito usados para dados de pouco acesso (backups de longo termo, por exemplo) e/ou auxiliados por tecnologias de armazenamento mais novas, mais rápidas.

E então vieram os SSDs (Discos de Estado Sólido). Memórias em chips de silício, sem partes móveis, mais silenciosos, energeticamente eficientes e principalmente, rápidos. Muito rápidos. Em média de 4 a 5 vezes mais rápidos que os HDDs. E se tornaram o padrão. Primeiro usando o protocolo dos HDDs (SATA) e um fator de forma também compartilhado com os HDDs de notebook, de design mais fino, mais eficientes. Posteriormente veio o padrão NVME. Agora os discos se ligam diretamente ao processador ou chipset através de trilhas PCIe. Aí a coisa foi de 25 vezes para até 70 vezes mais rapidez em comparação aos HDDs mais modernos.

Um sopro de vida em um mundo em que o armazenamento é o maior gargalo, onde sobra processamento e a memória pode ser auxiliada pelo armazenamento. Virou padrão. Chips pequenos, leves e rápidos. É só alegria.

E se passaram alguns anos.

Agora começaram os relatos. Meu computador não liga mais. Cadê meus dados.

Poucas pessoas tem backups, e muitas não tem ideia de como recuperar algo. E os SSDs tem um detalhe chamado Wearout. Em SSDs isso é o desgaste natural que ocorre porque cada célula de memória só pode ser apagada e regravada um número limitado de vezes antes de parar de funcionar. SSDs têm células reservadas que entram em ação para substituir as que param de funcionar, mas quando essas reservas acabam, o SSD pode ficar instável, mais lento ou até parar de funcionar.

E com os computadores contando com sistemas operacionais modernos que escrevem logs de tudo, sistemas de segurança como antivirus escrevendo bastante, mesmo parado seu computador está o tempo inteiro escrevendo no disco, desgastando estas células.

Desde que soube deste fato observo com cuidado meus sistemas com SSD. Uso o CrystalDiskInfo para isso. E deixo ele rodando para me avisar de eventuais problemas. O disco principal do meu servidor doméstico atingiu 25% de wearout (um quarto das células reservadas gastas) e foi substituído por segurança.

E você, já verificou o wearout do seu SSD hoje?

30 de jul. de 2024

Afterlife - 28 anos depois

 Lá pelos idos de 1996, 1997, eu ganhei de presente dois jogos que marcaram minha adolescência. Ambos rodavam no DOS, e ambos eram difíceis para caramba. O primeiro, Privateer 2 - The Darkening, estrelando nomes como Clive Owen e Cristopher Walken. O segundo, diretamente da LucasArts - Afterlife.

Não cheguei a jogar mais Privateer 2, primeiro por não ter mais um joystick, e segundo por ser um simulador longo.

Mas alguns anos atrás, eu mergulhei atrás do Afterlife. Eu lembro nitidamente do sofrimento de nunca ter ganho lucro nesse jogo quando era adolescente. Não cheguei nem perto de "terminar" ele. Então quando retornei ao jogo, quase 20 anos depois, resolvi que ia "terminar". E o fiz. Depois de MUITO esforço. Agora descobri que ele estava na Steam. E comprei.

O que antes me levou alguns dias, fiz em algumas horas. Lucro no jogo. Nenhum aviso. Agora eu ENTENDO os conceitos. Como era difícil quando eu era mais novo.

Isso é um atestado fantástico da maneira como nossa mente muda ao longo dos anos. Prá melhor.

Ainda faço um tutorial em Português!

31 de mai. de 2024

Tech Tip 1 - HP SmartArray P410i HBA mode

Its funny how things evolve fast in the I.T. world. Less than 15 years ago, if you wanted a fast, reliable and consistent storage, your best bet would be a server with a RAID Sata/SAS card. They were expensive and often came with expensive licenses too.


HP has its SmartArray line up, and its consistent, to this day. A few years later, software like ZFS came along and those old, specialized pieces of hardware are now only for newer generation of storage on big servers, and the industry shifted to software solutions while the craze about homelabs and local servers expands. And I'm stuck with old servers that need repurpose.

So someone donated me a HP Proliant DL380 G6, that came with a P410i SmartArray controller and 8 2.5 bays. Nifty piece of hardware, Intel Xeon (older) with some ECC memory, great networking, dual PSUs, useless iLO 2 management interface and 4 USB ports that don't boot anything bigger than 8 gigs.

So, in order to take advantage of various features, I needed access to the raw drives connected to the controller. This old controller doesn't support HBA mode officialy, but there are hacks that can turn it on. Basically you compile a program to set a nifty bit in the controller NVRAM. In order to do that, you first need to upgrade the controller driver, not an easy task, but far from "technical". I used the instructions HERE.

After upgrading and setting the HBA bit mode, you need the right kernel patch do be able to access the drives. What usually happens is: your controller is in HBA mode, but the driver that comes with the kernel (HPSA) doesn't see the drives (better yet, it sees them and explicitly hides them from the OS). Here comes the web for the rescue: https://github.com/99dimitris/hpsahba has the patch needed for direct access. You just need to symlink the right kernel version and run a script, this downloads and patches the DKMS module, and you'll get access to the drives. This wasn't easy to find, and here comes Google to the rescue again: THIS post from Proxmox foruns saved me. And now ZFS works out of the box, and this nifty server can once again "serve", either with a Proxmox, or TrueNAS install.