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17 de nov. de 2010

Montando meu HTPC

Faz tempo que estava querendo escrever sobre isso, mais como uma maneira de expressar minha labuta em conseguir um Home Theater PC do meu agrado, que atendesse a minha demanda, e sem gastar uma fortuna e meia. Também faz tempo que as modificações necessárias estavam na minha cabeça, mas só agora resolvi colocar a mão na massa, apesar do setup estar “meio” pronto, falta alguns detalhes que estou providenciando.
Tudo começou com uma “doação”. Eu ganhei um Athlon 64 2.6 Notebook (HP zv5470us) do meu irmão, depois que ele rachou a tela LCD no meio tentando trocar a antena wireless. Da desgraça de uns vem a sorte de outros. Eu tinha agora um computador com um certo poder (melhor que qualquer máquina que eu tivesse em casa), mas sem display. Comecei a pesquisar e decidi que era hora de investir e criar um setup de HTPC. Não para olhar TV (até hoje não tenho TV em casa) mas para olhar filmes, DVDs, escutar música, olhar minhas séries.


DISPLAY


Para isso, era necessária uma tela, boa, grande, de alta resolução, para mostrar tudo isso, um computador ligado nela e uma maneira fácil de controlar tudo isso, do sofá. Comecei pela tela. Pesquisando MUITO decidi que iria adquirir uma Samsung, pela tecnologia de processamento de imagens, e pelos reviews extremamente favoráveis. Fugi da tradicional “eu tenho e é ótima”, senão teria comprado uma Panasonic Viera. Resolvi ir para o manual e buscar informações técnicas mesmo. Descobri que precisa de uma Full HD (para fazer a famosa resolução de 1920x1080, menos que isso não me servia. Descobri que precisava de uma LCD, pois LED nem tava acessível, e plasma tinha problemas com ambientes muito iluminados (como minha sala). Descobri que o tamanho de 32 polegadas era o ideal devido a distância entre o sofá e a tela. Descobri que muitas TVs “Full HD” como algumas LG Scarlets, e algumas Sony e Phillips não faziam Full HD quando conectadas com computadores. Essa resolução só era atingida através de HDMI, e não através de cabo VGA. Acabei com a Samsung LN32A550. Ótima tela, não vende mais no Brasil, triste.

TECLADO e MOUSE

Precisava de uma maneira de controlar tudo, sem fio, de longe, passei uma semana com fios USB enormes atravessando a sala, e não era legal. Então comprei um teclado com touchpad embutido. Um Goldship (subsidiária da Leadership, empresa que eu sempre gostei). Funcionou muito bem por um tempo, até que comecei a notar problemas. Recepção. O teclado “se perdia” se não estivesse com a parte da antena (parte de cima do teclado) “apontando” para o receptor. Se houvesse muitos obstáculos, também não era legal. Mas tudo bem, remediei isso roteando um cabo extensor USB e colocando o receptor numa posição boa.

Aí começaram outros problemas. Certas teclas pararam de funcionar. Teclas numéricas como o “0” (zero). Muito chato. Após abrir e verificar, descobri que o teclado tinha uma construção meio “burra”, com alguns componentes conectando a placa por um conector, e outros por outro (as “camadas” do teclado se conectavam por flats diferentes). Um mal contato e eu queria jogar o teclado pela janela.

Resolvi não cometer novamente o erro de comprar um troço barato. Eu já havia investido uma fortuna na tela, resolvi comprar um teclado BOM mesmo. Em minhas pesquisas, cheguei ao Logitech Dinovo Edge. Um teclado muito estiloso, funcional, e com ótimas reviews, e o preço mais salgado que eu já vi em um teclado. No brasil, eu pagaria 1300 reais (sim, mil e trezentos reais) por ele. Resolvi importar um. Saiu por 350 reais. Ótimo teclado, praticamente perfeito. O “touchdisk” dele é ótimo também. A bateria dura muito e até o carregador é bonito na sala.

ARMAZENAMENTO

O HD do notebook não era grande coisa. Não deu nem para o começo. Logo comprei um HD externo USB de 1TB (gaveta com HD Seagate) que se aliou ao meu antigo case com HD de 320GB para formar um duo backup/storage que permanece, em outra forma, até hoje.

Os cases USB eram muito bons, mas detonavam com o processamento, e com a banda de dados dos HDs em operações simples. Resolvi que era hora de um “upgrade”. Adquiri uma placa E-SATA que ligava-se a porta ExpressCard do note, o que aumentou a banda em quase 4 vezes. Também comprei um Venus E-SATA DS3R-PRO, um case duplo com RAID em hardware, e um outro HD de 320GB, deixando esse “duo” com RAID 1 e como meu backup.

Posteriormente, comprei um MTEK DUALCASE e passei a usá-lo como storage, com dois HDs de 1TB também em RAID 1 para segurança.(na segunda porta e-sata da placa).

Agora tinha um backup espelhado em dois HDs de 320GB e um storage de 1TB espelhado também.

Depois, resolvi “inverter” e colocar o MTEK como backup, e o Venus como Storage.

NOVO PC

Após muita otimização, o meu Athlon 64 tocava vídeos em alta resolução (720p, Half-HD) mas não tinha ainda capacidade de tocar vídeos Full HD comprimidos, faltava processamento. Além disso, a placa e-sata era uma ótima adição, mas também não dava toda a banda de dados de um chip sata embutido na placa mãe.

Resolvi que era hora de um novo computador. Após muita pesquisa, um amigo me indicou a linha Core iX, e eu escolhi um custo x benefício médio com um Core i5 661, uma placa mãe Intel DH55TC (micro-atx), 4GB de memória Kingston, 500GB de HD Seagate e um case Micro-ATX da Dr. Hank, modelo CM-7KJ9-DPEB, além de um drive ótico da LG (que é meio barulhento e deve, em breve, ser trocado).

Quando o micro chegou, começaram as modificações. Primeiro, roteei duas portas especificas da placa para a traseira (E-SATA com espelhos micro-atx) para plugar meus HDs externos. Depois de algum tempo, notei que o bicho esquentava DEMAIS, resolvi trocar o cooler stock da Intel por um Zallman CNPS-8700 LED, equipado com um Nanoxia PWMX para controle automático de velocidade da ventoinha e usei pasta térmica de alta performance da Akasa 455 (a base de prata). Tudo para ter silêncio no PC.

Também troquei a ventoinha interna do gabinete (a única) por uma Cooler Gabinete 8cm Enermax Cluster com tecnologias para alto desempenho, baixo ruído e PWM, fixado com parafusos especiais com Vizo Washer (arruelas de borracha absorventes de vibração). Também resolvi usar a Vizo noise dampener (moldura de borracha) no cooler da fonte. Adicionei duas ventoinhas de 4cm slim ao gabinete, infelizmente tiveram que ficar na tampa removível, mas ao menos não precisei furar o gabinete, elas foram fixadas usando fixadores de borracha da Akasa. Só isso diminuiu em 4 graus a temperatura externa, beneficiando principalmente a memória e os reguladores de tensão.

O setup ficou BEM apertado, mas muito frio, silencioso e esteticamente atraente. Utilizando o kit Akasa de organização de cabos, deixei tudo encapaco com espiraflex ou presilhas, tentando maximizar o fluxo de ar. Também roteei os fios dos fans e do HD e drive ótico. O PWMX foi fixado não mais com fita dupla face, mas com duas presilhas, o que garantiu que ele ficasse na direção do fluxo de ar que sai, auxiliando na refrigeração. Os dois fans slim de 4 cm da lateral foram mais complicados. Eles foram ligados no mesmo fio e utilizado um extensor para ligar eles ao header da placa mãe, esticando os fios usando presilhas, de forma que se eu remover a tampa, não vou esticar e possivelmente romper os cabos, e desconectando do header extensor, posso remover a tampa sem mecher no header da placa mãe.

NOVOS PROJETOS

Apliquei manta acústica no gabinete, onde deu, o espaço é bem reduzido e não dá para arriscar não fechar o case, ainda mais que essa manta, uma vez colada, não sai mais, MESMO.

Recentemente queimou a fonte de um dos HDs externos. Passei a utilizar uma fonte AT de computador modificada que meses atrás um amigo de uma eletrônica preparou para mim, com as voltagens e pinos adequados. Agora adquiri uma fonte ATX super slim, que modifiquei para alimentar meus dois cases externos.A fonte Infoway Mini Slim Advanced Mod: Fx 250 S1 It4, foi jateada, pintada de preto, mudado o cooler para um silencioso e fixado com borracha da Akasa também. Depois de vários testes com multímetro, descobri que o cooler dessa fonte é controlado conforme a temperatura (voltagem variável) e ela é MUITO silenciosa. Ponto extra. Todas as soldas e emendas foram encapadas com termo retrátil por segurança.

E aqui, as fotos!




























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