Comportamento, ciência, tecnologia, direito, política, religião, cinema e televisão, alguma controvérsia, algum bom senso, e um pouquinho de besteira, para dar um gostinho...

17 de jan. de 2011

Ilustres colegas

Tenho somente simpatia pelos coitados que trabalham nesta mesmo profissão que escolhi. Claro que trabalho no setor público, o que aumenta os prazos e as responsabilidades (mas também o pagamento) e me permite tomar tempo para resolver situações complicadas. Entendo que outros profissionais prezem a rapidez e a EFICÁCIA do conserto e não EFICIÊNCIA (ou seja, que funcione, agora, e tá tudo bem). O problema é que eventualmente eu encontro um equipamento que teve um destes técnicos anteriormente fuçando nele. É um desastre. Aí entram os "formatadores", que serão alvo posteriormente.

Eu, como técnico, estudei muito, antes de começar a trabalhar onde trabalho hoje, eu fui da iniciativa privada, estagiário, interno, funcionário, responsável pelo setor e até gerente de projeto. Então eu entendo como a história funciona. Faça funcionar, receba o pagamento, espere dar pau, repita as anteriores. Mas eu sempre fui contra isso. Talvez por isso nunca tenho me dado muito bem nessa área, eu queria que a coisa funcionasse, sempre, do mesmo jeito. Se nada mudasse, o troço deveria funcionar (mudanças incluem raios, trocas de local, cabos puxados, e também outros técnicos fuçando onde não devem). Um cliente meu deveria passar alguns anos sem me procurar. E quando procurasse, o equipamento deveria ser trocado. Esse é até hoje meu lema.

Então, o problema não é consertar algo. É consertar algo que alguém tocou antes. É ter que se preocupar com o que diabos o cara fez. E eu vejo muito isso. O cara não sabe como a coisa funciona, então o que ele faz? Ele vai fuçando em tudo quanto é lugar, muda valores, ele quer que FUNCIONE! Rápido. Para que ele possa atender o próximo, e ser pago. E por incrível que pareça, isso FUNCIONA! De tanto fuçar, uma hora a coisa começa a funcionar. Mas quando parar. Meu amigo, sai de baixo.

Então eu peço aos meus colegas, principalmente aos ilustres desconhecidos que eu encontrei, em parte, em configurações ferradas em um sistema: NÃO FUÇEM ONDE VOCÊS NÃO SABEM!

2 comentários:

Caio Verídico disse...

Aí maninho, voltando ao mundo do blog depois de um tempo, tenho a satisfação de encontrar os ótimos posts que me dão muito prazer em ler no teu blog. Essa tua ideia de fazer a coisa funcionar sempre é, infelizmente, utopia no mundo em que vivemos. Mas, tenhamos esperança!

P.S.: tira o cedilha do "fucem", rapá!

Caio Verídico disse...

Atualizações, por favor. Que falta de respeito.