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1 de nov. de 2011

Lula, a crise financeira e o inimigo

Quem lia ou leu meu blog alguns anos atrás lembra que eu tinha uma frase título, que se perdeu ao longo dos anos, envolvia palavras como "diarréia mental", posteriormente trocado para "vômito cerebral" e depois removido. Pois não é que voltou? Um pouco modificado, mais leve, mas voltou. Assim, para comemorar, vou falar sobre POLÍTICA. Yes! Polêmica é comigo mesmo.

O Lula está com câncer. É uma notícia terrível para a família dele, e não vou dar uma de Stallman falando sobre a morte de Jobs. Doença não é brincadeira e não desejo isso para ninguém mesmo... Mas, não gosto do Lula. Pronto, falei. Já que meu querido Rio Grande do Sul seria governado pelo PT e eu não sou burro, a Dilma era a única opção, e convenhamos, ela ia ganhar, de qualquer maneira, mas ainda assim, não gosto do cara.

O Lula foi eleito por ignorantes, aproveitou um plano econômico de sucesso para dar ao país um pouco mais da política do pão e circo ao qual já estávamos acostumados e esse é o seu legado, compartilhado agora por Dilma. O plano econômico ao qual me refiro é o Plano Real, que o Lula e o PT atacaram com força total! O resultado do plano no entanto foi extremamente benéfico, aumentando o poder de compra da população. O Lula aproveitou então para aumentar o salário mínimo (coisa que qualquer presidente faria, pois não depende de "vontade") e lançar seus programas de diminuição da miséria como plataforma eleitoral (bolsas e ajudas monetárias).

Vejam bem, fui convencido muito tempo atrás que essas ajudas são, no final das contas, boas, pois nesse caso, os fins justificam os meios (afim de diminuir a linha da pobreza a a miséria absoluta distribuir dinheiro por méritos ridículos como número de filhos). Claro que isso foi usado como plataforma para reeleger o Lula e posteriormente eleger a Dilma, e aí é que entra o "pulo do gato".

Assim como o Lula lançou esses programas, também foi mentor das ajudas financeiras a bancos falidos, responsável pela maior "sujeira" já detectada na política brasileira (mensalão, que para variar acabou em pizza) e controle estatal de indicadores econômicos (ninguém estranha o motivo do dólar não ter deixado o real na poeira por tantos anos?) através do Banco Central.

O problema é que entre as falcatruas, compras de influência, nepotismo, empreiteiras e agências reguladoras, faltou dinheiro para manter (ou ampliar) os programas eleitoreiros. Isso era previsto e foi com certeza analisado por Lula (ou, convenhamos, pelo PT, acessores, etc). Tudo convergiu na Dilma, que foi eleita com um histórico terrível, e da mesma forma que o Lula, erguida à presidência por uma massa ignorante. Ela é a "cara má" do governo, responsável por buscar fundos para manter os programas e a falcatrua, e como fazer isso? Criando superávit, e como fazer isso? Achando um bode espiatório! Perfeito! De onde o Estado pode tirar dinheiro, sem abalar a opinião pública e ainda de lambuja criar um novo "inimigo público número um"?

Era necessário tirar a culpa da crise econômica mundial que está chegando rapidamente ao Brasil de onde ela vem mesmo. Dos banqueiros e da política econômica que resguarda especulação e aposta, com títulos podres e dívidas estatais gigantescas sendo engolidas pelo sistema.

Além disso, precisamos de mais "circo" agora que nosso futebol mundialmente famoso é um fiasco mundialmente famoso com salários astronômicos e nada de gol. Venham as Olimpíadas e a Copa do Mundo!

O culpado então foi achado (ou inventado, como queiram)! Os servidores públicos! Lembrando que servidores públicos são professores, policiais, agentes de segurança, saúde e transporte, além da previdência, Ministério Público, judiciário! Mas eles focam apenas nos "marajás" que eles mesmos criaram para beneficiar o nepotismo e usar o superávit de décadas passadas. O funcionalismo público lutando contra a falta de aumentos que não cobre a inflação, e a presidenta culpando os funcionários por querer um direito seu. Ninguém falou nada quando os congressistas aprovaram seu próprio aumento, não, aí teve interesse político. Esse cenário se repete nos Estados, com o poder Estadual criando subsídios e problemas para repassar perdas salariais de ANOS para seus próprios funcionários.

Marquem minhas palavras. A Copa vai deixar um rombo que vai nos assombrar pelas próximas décadas, uma Olimpíada vai sucatear a União e se não houver aumento, nossa saúde, educação e justiça serão também jogadas na vala comum, restando ao povo clamar mais esmolas para um governo corrupto. Enquanto isso, greves (como a dos Correios e dos Bancários) vão irromper aos montes, e teremos que ter outro lutando pelos direitos dos trabalhadores, pois o PT, depois que provou o poder, só tende a piorar.

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