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21 de out. de 2012

Trânsito

Existem regras que não podem ser quebradas. Geralmente pensamos nas regras como impostas pela sociedade e para sociedade, assim, a proteção que elas oferecem seria destinada aos outros. Acho que esse é o grande problema do trânsito, o egocentrismo. Ninguém pensa que está atravancando o trânsito, colocando os outros em risco e promovendo um comportamento errado e perigoso, que vai ser imitado pelas próximas gerações.

Algumas regras deveriam estar no Código Nacional de Trânsito e não estão. Algumas normas para fabricantes que reduziriam os acidentes se aplicadas. Vou enumerar algumas que acho essenciais:

1) Não sinalizar convergência seria punido com um peteleco na orelha. Qualquer passageiro no veículo poderia fazê-lo. Reagir seria punido com outro peteleco, dessa vez pela autoridade de trânsito, seguido de uma noite no xilindró.

2) Os veículos deveriam ser equipados com sensores no volante, acima de 40 km/h se o motorista retirasse uma ou as duas mãos do volante por mais de 2 segundos (tempo necessário para se trocar uma marcha), o acelerador seria desativado. Não é opcional usar as duas mãos no volante em alta velocidade. Não me importa se seu carro é automático/hidramático/elétrico/movido a jumento (que é você quando larga o volante para por a mão para fora da janela a 100 km/h). Tem gente que parece cachorro. Os cachorros suam pela língua e portanto quando estão com calor colocam ela para fora para regular a temperatura do corpo, imagino que tem gente que faz o mesmo, com o braço esquerdo.

3) Distância mínima do outro veículo não é opcional. Fica mais difícil ultrapassar estando “grudado” no carro da frente. Você está colocando em risco o seu patrimônio e o dos outros, e até as vidas de inocentes e a sua própria, fiasquento. Um dia ainda teremos computadores que desabilitarão com segurança o acelerador caso o veículo esteja a menos de 10m de um obstáculo.

4) Ligar o pisca alerta não exime a responsabilidade do motorista que coloca em risco os outros parando em fila dupla, tentando uma baliza quase impossível. Andar abaixo da velocidade mínima permitida é tão perigoso quanto andar rápido.

5) Os espelhos não são brinquedos, não são opcionais e devem ser USADOS. Se um motorista não tem capacidade mental de se manter antenado ao seu arredor com os espelhos, se orientar por eles e manter os olhos abertos a todo o momento, ele NÃO PODE DIRIGIR. Isso se aplica a dirigir distraído, com sono, etc.

6) Cinto de segurança deveria ter um sensor que apitasse quando não fosse usado. Mas não esse bip tosco dos carros mais modernos, deveria ter uma buzina ensurdecedora se o veículo ultrapassasse 10 km/h e todos os ocupantes não estivessem usando cinto. Se o veículo não possui o sensor, a regra do peteleco do item 1 se aplica.

Pense nos seus passageiros. Um fato que poucas pessoas sabem é que o passageiro não tem a mesma noção do veículo e das manobras que o motorista, uma coisa perfeitamente normal para o motorista pode fazer um passageiro “se agarrar ao banco” de medo.

Pense nos outros motoristas também, não atravanque o trânsito, não ande nem muito devagar nem como um louco de pressa. Não se coloque em riscos desnecessários, não seja imprudente, sinalize suas ações na condução do veículo.

Acima de tudo, passe essas regras para seus filhos. Vamos criar uma geração que não vai ter loucos no volante matando a si mesmo e aos outros pois querem impressionar alguém, chegar 5 minutos mais cedo ou testar os limites do veículo.

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