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19 de set. de 2005

20 e poucos anos

Cada experiência, uma lição, cada ano, mais e mais lições, espero que tenha aprendido todas até agora.
A vida de todos é repleta de acontecimentos que marcam de alguma forma a maneira como pensamos e sentimos. Nossa maior carga são nossos traumas e nossas boas lembranças, esse fardo nos influencia, dirige por vezes nosso pensamento e tem relevante peso em nossas decisões. Tudo o que fazemos deriva indiretamente do que passamos e marcou nossa tragetória. Hoje falemos um pouco sobre essa tragetória.

Em 20 e poucos anos, eu vive bastante coisa, não foi o suficiente para efetivamente me colocar em uma posição favorável ou me dar estabilidade , nem emocional, nem financeira, mas eu creio que vivi o suficiente para escrever um pouco sobre isso. As experiências foram tantas, boas, ruins, e sempre nos pegamos achando que esta ou é a pior ou é a melhor fase de nossas vidas. No entanto, quem pensa assim geralmente não viveu tudo ainda e é demasiado jovem e imaturo para julgar tais valores. O fato é que nossas emoções, o modo como sentimos, vivemos e pensamos, muda de acordo com a idade, essa verdade é indiscutível, passamos uma constante mudança (não vou dizer evolução pois não é o caso). O que mudamos muda o modo como vivemos e isso influencia na carga que nos impomos diariamente, somos um sub-produto de como nos sentimos no momento e nos sentimos assim devido ao que sentimos anteriormente, numa cadeia que só acaba com nossa morte, mas que mantêm pequenos elos agarrados em outras vidas, pelo modo como influenciamos nelas.

Sendo assim, é fato notório que os anciões e as pessoas que nos cercam que viveram mais do que nós mesmos possuem uma visão de vida bem diferente, mais repleta de experiências, um julgamento mais efetivo baseado em muito mais informações do que nossa mente pueril e intacta quanto as grandes experiências de vida. Claro que falar isso para um jovem é jogar uma pedra sobre a água, ela cria ondas, mas estas se dispersam. O jovem em geral está certo, é decidido, tem estilo, toma suas próprias decisões, mas eu pude comprovar ao longo dos anos que meus pais estiveram certos em grande parte (para não dizer todas) das vezes em que me aconselharam. Como meu pai costuma dizer, um dia eu haveria de lhes dar razão. E ainda convencido de que isso é verdade, ainda assim me apego as minhas decisões emocionais sem base e vou contra eles. É a vida... São as gerações, aprendendo e crescendo, e como diria Elis Regina: "Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais".

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